quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Prisioneiros de suas proprias mentes

Olá lamartine,

Vamos a reflexão da semana da Marlene:

"Os seres humanos não são prisioneiros do destino, mas apenas prisioneiros de suas próprias mentes."

Bem colocado tema para a reflexão.

Não somos prisioneiros do destino, visto que o traçamos todos os dias, procurando executar o que temos em nossas mentes e temos o livre arbítrio para decidir qual o caminho a seguir e modificar o que nos parece uma pré disposição a seguir (destino), que é imposto pelo meio em que vivemos e pelas pessoas com quem interagimos.

A única fatalidade em nossas vidas é a morte, essa não podemos optar quanto ao seu término, mas que, já que não sabemos quando chegará o fim da nossa existência, que busquemos ocupação(trabalho digno), procuremos cuidar da nossa mente (alimentando-a com vibrações positivas) e do nosso corpo(não o condenando a viciação: álcool, fumo, drogas, gula, sexo desvairado, etc) para assim contribuirmos com uma existência mais duradoura e saudável.

Grande abraço,

Colega X

Cara Colega X,

Que bom que você continua a me provocar, positivamente...

Não gostar de ser inconveniente é o que almeja a esmagadora maioria das pessoas que conheço, porém, acredito que um numero significante (não me peça pra quantificar) se acha nesta situação incomoda: em quem colocar a responsabilidade sobre a vida? Coloco em Deus por causa do destino, ou coloco em mim mesmo que por consequencia estarei colocando em Deus, já que me criou? Ou na vizinha, ou na tia, na mãe, no pai, no marido ou na esposa, no Lula, etc?

Deixando a metafísica de lado, existe um outro ponto que é o seguinte: Emoção e motivação. O sujeito motivado dedica emoção, paixão ao que faz e naturalmente os frutos obtidos tendem a ser contabilizados para si como autor das proezas (causas internas). Já a falta de motivação poderá mais facilmente conduzir ao fracasso. Mas o ser humano não gosta de se sentir um fracassado, exceto se manter a aparência possa auferir vantagens, então atribui tal situação ao destino ou causas externas.

Podemos constatar isso com nossos próprios alunos, entrevistando-os sem alerta-los, após o recebimentos das avaliações. Quem se dá bem regularmente nas provas, atribui a si próprio e suas qualidades as razões do sucesso. Já aqueles que não conseguem chegar lá, os motivos mais freqüentes são externos: "o gato morreu", "minha tia tá doente", "a professora não gosta de mim", ou então "ela me persegue", etc.

Ter a real medida de mim mesmo, nem tão grande quanto gostaria (prepotente) nem tão pequeno quanto seus medos (tímido, vacilante, baixa auto-estima...), ou seja me conhecer, é de fundamental importância e para isso preciso ser honesto consigo mesmo. E isso doi, as vezes muito, mas me afasta da infância emocional em direção a maturidade. Isso não respeita muito a cronologia humana.

Então, quando isso (Os seres humanos não são prisioneiros do destino, mas apenas prisioneiros de suas próprias mentes) se aplica a mim mesmo, como percebo? Quando começo a dar muitas justificativas para minhas falhas, ao invés de estar fazendo algo para resolve-las. É fácil? Não, e as vezes peço ajuda. Crescer dói e implica em assumir responsabilidades.

No meu orkut tem um negocio escrito que é assim: "Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que ‘normalidade’ é uma ilusão imbecil e estéril." (Oscar Wilde).

Pode ser que alguém esteja sendo severo demais consigo mesmo, sabe como? Quando se refere a um elogio como sendo “demasiado” ou quando se policia em excesso a “não encher o saco” ou “não ser inconveniente”. Talvez não tenha percebido o quanto pode contribuir. Que as coisas que faz ou diz podem ser boas e enriquecer a “alma” outras pessoas.

O saudoso Friedrich Nietzsche diz: "A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez. Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade. Viver quer dizer ser cruel e implacável contra tudo o que em nós se torna fraco e velho. O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo".

Então, renove-se sempre.

Um abraço,

Lamartine

P.S. Vou pensar um pouco mais sobre gula, sexo, trabalho, morte enquanto descanso preguiçosamente ...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

TRAPAÇA MORTAL - Os Casos do Dr. Liebermann

06 de fevereiro

Meus caros,


Apos terminar a leitura do agradabilíssimo presente que recebi da colega Aglaia, a título de amigo secreto, eis que, procurando livros didáticos para minha filha, descobri um novo título que recomendo.

Trata-se de romance policial como lances inteligentes e investigativos em um cenário da Viena do início do Séc. XX onde um médico, Dr. Max Liedermann, seguidor de Freud, ajuda um inspetor de polícia a resolver um misterioso crime. Espiritismo, trapaça, crimes contra mulheres podem ser encontrados em sua páginas e mais a descrição minuciosa de eventos climáticos e de uma série de ambientes sociais como cafés, restaurantes e praças que, de forma contagiante, envolve do leitor numa trama emocional, difícil de se livrar.

O autor desta obra, Frank Tallis, inglês e professor de Psicologia, é um dos psicanalistas mais renomados do Reino Unido. Já havia escrito vários livros e trabalhos científicos premiados pela Europa, mas é incentivado a entrar neste universo literário. Elogiado pela crítica especializada onde só posso endossar e acrescentar que de fato é uma leitura empolgante.

Além disso uma das especialidades de Frank Tallis, reconhecida na Europa é no tratamento do Transtorno Obsessivo-Compulsivo, e me recordo que foi assim que li o livro. Mas isso é outra história.

TALLIS, Frank. TRAPAÇA MORTAL - Os Casos do Dr. Liebermann: As aventuras de um detetive freudiano. Ed. Record. Rio de Janeiro. 2007

Abraço

Lamartine

Qual ética e risco?

30 de janeiro de 2008
Tudo começou com um e-mail que incluía o ensaio "Ética e risco" que foi publicado em 4 de junho de 2006 - encontrado em http://cienciaemdia.zip.net/arch2006-06-01_2006-06-30.html

Estou encaminhando um texto intitulado ÉTICA E RISCO que foi publicado na folha de São Paulo em junho de 2006.
Ele certamente auxiliará nas nossas reflexões para a elaboração do código de conduta ética para os servidores da instituição.

Atenciosamente,
Presidente da comissão de ética do ...


Muito interessante este texto. Traz um assunto muito pertinente aos dias atuais, pena que o autor tenha se limitado nas informações.
Como Sociólogo tão bem formado e relacionado, é de se estranhar no texto a falta de uma análise que parta do geral e se encaminhe ao particular. Quem sabe se abordasse a ética na sua própria profissão/formação, principalmente quando no exercício de cargos públicos, como presidência da república, e daí ampliasse sua análise até o operariado, especialmente a ética na ascensão política. Não é apenas ao cientista que falta o “compromisso com princípios éticos mais altos”. Será que tal afirmação não deveria atingir de forma mais ampla a sociedade? O autor tratou de assuntos de alto nível e se esqueceu que no morro o traficante coopta soldados e oficiais das forças armadas. A ética nasce da educação e não de formação.
O autor não se deu ao trabalho de uma simples consulta ao banco de dados de patente do INPI ou de publicações científicas da CAPES ou do CNPq. Quem sabe pudesse chegar a outra conclusão, que neste país, meio que na contra-mão, quem faz pesquisa é o setor público, as universidades públicas e não a grande empresa que tem sua “ética” focada provavelmente no mercado e na competitividade. Este provavelmente é mais um motivo pelo qual o Brasil está tão distante tecnologicamente, mesmo que em algumas áreas se destaque. Para nossos colegas daqui do Cefet-Ba, duas oportunidades ótimas para obter informações privilegiadas. Bastou ter assistido a exposição de alunos de PIBIC no seminário de Iniciação Científica de 2007 ou a uma das monografias do curso de Especialização em Gestão Pública em janeiro de 2008, que fez um raio “x” dos grupos de pesquisa e da produção intelectual tanto do país como desta Instituição. Certamente se chegaria a uma conclusão diferente da exposta pelo autor.
Quando o autor diz “Muita gente boa acredita que as práticas científicas atuais criam incentivos para desvios de conduta como a fraude, a fuga do controle social e a submissão de todas as linhas e estratégias...” não cita quem é essa “gente boa” e quantos compõe o grupo dos “gente boa”. Gente boa pra quem? Em todas as esferas de atuação humana, sabe-se que os defeitos de caráter de alguns vão se manifestar. É desagradável quando se classifica o todo pela postura de alguns. Nós, servidores públicos atuantes, sabemos como é desagradável os comentários depreciativos acerca da profissão, quando o “justo paga pelo pecador”.
A salvação da humanidade, que estava a cargo da religião, foi assumida pela ciência positivista, e está longe de acontecer. O que se tem de fato é a ampliação da expectativa de vida do ser humano desde o Iluminismo, bem como diminuição da mortalidade infantil, possibilidades de tratamento mais sofisticados de doenças, etc. Devido a isso, quais os problemas a nível planetário desse aumento todo? Cabe aos estudiosos da dinâmica das massa humanas trazer algumas respostas. Daí poderíamos ter um panorama mais fiel em que o cientista, como ser humano, está inserido e portanto, faz também suas escolhas, como a Pós Doutora Ana Claudia [lessinge@unicamp.br] do Departamento de Genética e Evolução, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), quando comenta o autor...

[ana claudia] Sobre nós, pesquisadores das ciências naturais, seu comentário foi: 

"São os mais refratários a qualquer norma de conduta, que consideram ingerência externa, ou tentativa de restringir a liberdade de pesquisa. O nome de Galileu lhes aflora tão fácil quanto rapidamente aos lábios." Sério que você acha isso? Dessa forma generalizada e contexto vago? Parece um pouco gratuito escolher caricaturar o cientista (de uma area, aliás hiper-diversa, que congrega, por exemplo, tanto os defensores e quantos os críticos da pesquisa genômica; tanto os "marketeiros pró" quanto "militantes anti" transgênicos; tanto pesquisadores reclusos em suas pesquisas particulares, quanto àqueles que buscam incluir a dimensão social em seus esforços de pesquisa; tanto o que faz pesquisa para e fora do Brasil, quanto quem acredita que possa realizá-la para e dentro do País; tanto o cientista que vive exclusivamente para a auto-promoção, quanto quem se emociona em produzir e divulgar conhecimento, etc)

Talvez o naturalista Darwin, se estivesse entre nós, pudesse ver seu objeto de estudo também nessa dinâmica social-econômica, sendo que na sua época Marx e Engels não tardaram em reconhecer e explorar o materialismo radical de A origem das espécies (1859), época em que o materialismo era mais ofensivo que a evolução. Quem sabe Nietzsche ache isso tudo muito normal, à luz da sua intitulada Moral de Escravo de Alem do Bem e do Mal (1886), todos que se sentem submissos a algo, contestando, criticando, lutando, etc, está na verdade, no íntimo desejando estar lá, naquela posição de mando ou de controle possuidor da Moral de Mestre.

José Lamartine de Andrade Lima Neto

O currículo da comentarista é encontrado em:

Reflexão da Semana e a subnutrição da alma.

23 de janeiro

Apesar da publicação em janeiro de 2008, esse papo aconteceu em junho de 2007...

"Reflexão da Semana"

"Quando a idade avançada chegar, aceita-a, ame-a. Ela é abundante em prazeres se souberes amá-la. Mesmo quando tenhas alcançado o limite extremo dos anos, estes ainda reservam prazeres."

Uma semana de muita Paz, Amor, Luz e Harmonia !

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Marlene,

Desta reflexão, lembrei de uma expressão que não sei se rio ou choro:

"A infância não, pois passa rápido. A juventude também não já que é breve.
O bom mesmo é a velhice que é pro resto da vida"

Uma boa semana
Lamartine

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Olá Lamartine,

Nem conheço você e nem a Marlene, mas fico grata aos dois quando nos mandam reflexões da vida, nos falam em subnutrição da alma.

Pode parecer que faço o tipo alienada do mundo (das injustiças sociais, do congresso nacional vergonhoso(Renam Calheiros que o diga),etc, etc), e eu dando importancia as reflexoes da semana......ainda sou do tipo que acredita que mesmo diante a tantas desgraças( viu o horror que aconteceu em Salvador, onibus andando 4Km em contra-mao sob pressão de assaltantes bem jovens desgovernados...horrivel) eu acredito na força maior de cada um em modificar o seu mundo, falo do seu mundo interior, na busca por aprender, se melhorar como pessoa, buscar novos caminhos.

Vou de dar o meu exemplo:
Eu nasci lá no interiorzinho da minha amada terra (... mil perdões em manter o anonimato da colega...)
A minha intenção ao te escrever tudo isso, não é ser arrogante, mostrar que adquiri conhecimentos, de modo algum.....busquei aqui te dar o meu exemplo de vida, justificando o meu encanto pela busca do ser humano em se melhorar, sem passar por cima de interesses alheios.

Educação é o caminho, árduo, lento....falo para os meus alunos: tenham paciência e estudem, aproveitem esse tempo para aprender, não percam tempo durante a aula com conversas dispersas fora do contexto mostrado, questionem, busquem o aprendizado.

Abraço,

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Cara Colega,


Pois então... Que bom que me falou de sua trajetória. Também tenho um caminho percorrido, as vezes meio tortuoso é bem verdade.

Como você, também fico indignado com as coisas do mundão. Chego a pensar que é da natureza humana mentir, enganar, “se dar bem” e coisas do tipo, como um bando de animais vivendo em uma espécie de selva moderna, onde vale a lei da sobrevivência e da adaptação Darwiniana. Sentimentos distorcidos e opção por não pensar, o imediato acontece como protegido por um “pensamento mágico”. Dormência emocional.

Os animais na busca da sobrevivência têm seus comportamentos que visam enganar os predadores ou o predados, dependendo de que lado se está. Faz parte do jogo da nossa vida evitar passar por ruas escuras, não se meter com pessoas violentas (pra não correr riscos), cuidar da prole pelo apego e porque a sociedade assim o exige (ninguém pensa na sobrevivência genética) e mais uma série enorme de coisas.

O que se vê é que parece que existe dois tipos de seres humanos: aqueles que agem como animais, inconscientes e a mercê das patologias sociais decorrentes de grandes aglomerados urbanos. E aqueles que optaram por outro caminho, mesmo neste ecossistema, como se soubessem que mesmo convivendo com outros “bichos” (humanos ou não), tem uma responsabilidade que vai alem do ato de sobreviver como se aqui fosse só uma selva. Tem a responsabilidade de evoluir, para onde, ninguém tem certeza, não no sentido biológico, já que estamos no topo da escala, mas para além.

O desenvolvimento da moral e ética é algo que os bichos não têm, na verdade são amorais. Apenas fazem o que precisam fazer e não pensam se é certo ou errado. Aí está a diferença, e as palavras de Rui Barbosa vem bem a calhar quando disse que “só há um caminho e uma salvação: a justiça e a lei”. Ora, se quem cria a lei não obedece, então que exemplos podem dar com seus formidáveis discursos de palavras vazias. Como acreditar nas pessoas que falam uma coisa e fazem outra, vivendo em eterna contradição, onde se sentem acima do bem e do mau, onde as regras de convivência e respeito não existem, agindo também como amorais. Não é a política, ou o cargo, ou o poder que corrompe as pessoas. Estas situações apenas as revelam.

Pode-se pensar que as coisas ocorrem na vida como um processo inexorável que empurra em direção a algo ou algum lugar. Quando acontece, só é possível sentir que se estar em um rio seguindo sua correnteza. Não seguir este curso de rio é lutar contra um fluxo. As oportunidades sempre estão na frente e isso não envolve dinheiro, fama, poder, nada disso. Mas não me pergunte o que é, pois também não sei. Deve dar em um mar, e mar lembra abundância, mas até chegar lá, procura-se aproveitar a viajem, as paisagens, os perigos, as pessoas, aquelas que estão neste rio, ou em outro rio. E contemplar aqueles que estão na margem, uns de costa, ignorando, outros com medo de dar o primeiro passo, outros sendo encorajados e tomando sua decisão de vir junto. Decisão, planejamento e destino são bem distintos e um não garante o outro.

Decisão de viajar, não de chegar, pois é conseqüência. Aproveitar o processo e não o destino, que nem se sabe que existe, mas de alguma forma, se escolhe, mas não se garante.

Forte abraço

Lamartine

Frankenstein made in Brazil e os Zeros à esquerda

setembro de 2007

Por conta do episódio do Renan Calheiros, recebi este e-mail do amigo Mário sentindo-se meio solitário e sem alento. Isso foi em setembro de 2007.

> Frankenstein made in Brazil

> Como se constrói um Frankenstein feito de retalhos de misérias: o deficiente social?

> O deficiente social é, antes de mais nada, o tudo. O tudo que uma sociedade decente não precisa. Ele coexiste, sem existir. Não é agente de coisa alguma, não tem crítica, não é senhor nem de si mesmo. O deficiente social é mais conhecido como o Zé Ninguém, o Zero à esquerda, o Nem fede nem cheira, etc.. Ele serve para brincar com o celular, colecionar amigos virtuais, assistir programas televisivos tipo Gugu e Faustão, bater palmas para pastores inescrupulosos, se redimir pedindo perdão via TV, ser massa de manobra de políticos e, ainda ficar rindo como as hienas.

> O deficiente social é o produto do sistema. Ele é o resultado maior da destruição da sociedade, que tem na educação a sua ferramenta mais cruel.

> Analisando os resultados do ensino público somos obrigados a refletir sobre os efeitos e suas causas. A educação dividida entre os poderes públicos (estados, municípios e a União), é jogada de um para outro, numa gangorra sinistra, diluindo as (ir)responsabilidades e convivendo com o caos Será que somos vítimas de agentes externos, de imperialistas estrangeiros, ou de nossa própria pobreza?

> Será Renan Calheiros, e o resto do Congresso, um acidente ou a orquestração em prática?

> Na dúvida, por falta de soluções, ampliemos as nossas já repletas cadeias. Elas serão os destinos finais de muitos.

>

> Mario
>

> Em tempo: renovei meu convite ao amigo Bin Laden.

Meu caro Mário,

Muito pertinente este seu ensaio ao momento de indignação por que passa uma parte da população, me fez refletir também sobre esta minha “sabedoria sem forças” a lamentar essa impotência.

A grande massa de Zeros a Esquerda nem sabe o que se passa porque não foi dado a ela o direito de saber, ao cabo de uma série de artimanhas e sabotagens que jamais são admitidas. Aí pergunto: quem sabe se estes Zeros a Esquerda com menos questões a fazer, na sua simplicidade de vida, não sejam tão infelizes? Lutam pelo “feijão com arroz” de todo dia, o celular novo, o programa novo de TV, incutidos de que devem sempre se “alimentar”, não se dão o direito de parar e perguntar, manifestando assim sua angustia de não saber.

A pequenina parte da população está se regozijando com sua capacidade de articulação e força e, depois das comemorações do grande feito, voltam, para continuar a se utilizar e se beneficiar do que é de muitos.

Talvez, com tanta corrupção, se pense em soluções drásticas em regimes draconianos, com paredão de fuzilamento, corte de mãos, disparos nas nucas, etc. para crimes de corrupção. Mas, em parte, nele já se está, quando as contas são vigiadas, os passos eletrônicos seguidos, os telefones grampeados com ou sem ordem da justiça, filmam e sugerem “sorria”. Isso é o que me vem de supetão, fora o que não sei como satélite, nave e coisas que são da ficção científica(?).

A população continua como bezerros, comida viva, a alimentar a alcatéia com suor e sangue. E, se por ventura alguém pensa em se desviar deste destino, rebelar-se, logo vem a prisão, a televisão, o fisco com seus chicotes e varas a punir rápida e exemplarmente aos olhos de todos conquistando desta forma a obediência dos demais e os conduzindo de volta ao “pasto”.

Os “lobos” de colarinho, onde quer que estejam, de Itabela a Brasília, dão a impressão de que nada disso é com eles. Estão acima, portanto intocáveis, de alguma forma, às leis e normas, que são para os outros. Não é feito para nós e sim para eles, devem dizer. Se comportam como autoridades, quando na essência deveriam agir como representantes, servidores.

Se este estado democrático em que vivo já é arrogante e mentiroso enquanto estado, imagine se fosse totalitário? Não quero nem pensar.

Não faço, de forma alguma, apologia a estados totalitários, mas que da vontade as vezes de estar no comando e apertar o botão, ah isso dá.

Um abraço

Lamartine

"Todos nós nascemos originais e morremos cópias." (Carl Gustav Jung)

23 de janeiro de 2008

Esta semana, outra colega me manda um e-mail perguntando porque estava enviando uma certa frase no rodapé de meus e-mail´s. Foi assim...
> Lamartine,> Por que tem insistido tanto em nos enviar a frase abaixo?
>> --
>> "Todos nós nascemos originais e morremos cópias." (Carl Gustav Jung)
> abraço cordial, "Colega X"

Oi Colega X,

Você me provocou um incômodo grande, sabia? Mesmo já tendo uma idéia acerca da citada frase, sua questão me estimulou a ir mais a fundo. E eu gostei mesmo disso e agradeço seu contato e sua perspicácia, sempre me ajudando a crescer e enriquecendo meu espírito.
Esta frase para mim tem sentido e significado quando associada à expressão exemplo.
O Jung tinha uma predileção pela cultura e religiões orientais. Certamente esta expressão vem daí, em que se referia à originalidade espiritual do nascimento em que acabamos de nos separar do pai, mãe, matriz, fonte, deus ou criador. Ao morrermos, nos afastamos mais da perfeição una da criação, tornando-nos cópias, imperfeitas na maioria das vezes, não do criador, que seria muita pretensão, mas quem sabe seguindo seu caminho, tendo-o como inspiração.
Penso também que ao nascermos somos absolutamente únicos no mundo. Em termos gerais, ao crescemos, aprendemos, sentimos e nos adaptamos ao nosso meio, que por sua vez se adapta a nós também. Esta aprendizagem, maior parte do tempo, envolve um outro ser humano, ou é através de outro ser humano. Albert Bandura, psicólogo e estudioso diz que nascemos criatura e nos humanizamos pela relação com os humanos. O sentido de cópia está presente nesta aprendizagem, nos exemplos.
A primeira influencia que a criança tem é da família, os exemplos do lar, depois os da sociedade. Aos poucos também, vamos sendo exemplos para outros numa interação ou relação de troca.
Ao morrermos, independente de nossa trajetória, somos a materialização de todos com quem convivemos e onde nossa própria personalidade se encarregou de filtrar o que aprendeu.
Daí a importância de estar com as pessoas certas na hora de aprender e buscar ser um bom exemplo na hora de ensinar. No inicio de minha atividade docente, há mais de 25 anos, ainda na ETFBa, cheguei a imitar um ou outro professor até descobrir meu próprio estilo. Logo, quer queiramos ou não somos modelos para nossos alunos. Cabe, acredito, uma escolha: Que modelo queremos ser?
Quando se fala em Instituição de formação profissional, aí a coisa fica feia. Percebe-se as soluções de improviso. Tapa-se buraco em todo canto, se faz emenda, gato e gambiarra. Pois bem, o que nossos alunos vão aprender? A repetir o modelo. Tudo bem que alguns podem argumentar que é o uso da criatividade na solução de problemas. Solução emergencial, um paliativo, temporário, etc. Seja o que for, tem que se tomar muito cuidado pois, boa parte das coisas neste país começa como provisório, emergencial, enquanto se aguarda, ansiosamente pelo definitivo de qualidade. A experiência nos mostra que nem sempre isso ocorre, já que existe um grande risco do provisório vir a se tornar definitivo, como foi o caso da CPMF. A idéia e o projeto inicial na mente do projetista é original, perfeita. Mas quando vem para o real, aparece a gambiarra, a cópia. O Platão falava das formas e das idéias também. Segundo ele, no mundo das idéias tudo é perfeição e aqui, neste plano, imitações que, por mais perfeitas que achemos, são distantes do ideal. Qual, então, deve ser o pensamento do pai de aluno que nos visita, ou do provável parceiro de negócios ou do parceiro técnico quando vê as nossas próprias soluções? Inspirará confiança?
Não quero aqui assumir nenhuma posição piegas de perfeição. Quem sou eu. Mas acredito cada vez mais que existe uma cultura interna que vai absorvendo o tal “jeitinho” que nos imortaliza enquanto povo.
Então colega X, quanto ao fato de “todos nós nascemos originais e morremos cópias” é como um alerta para não deixar que a cópia nos mate antes da hora. Mate a nossa reputação e o nosso esforço.
Um excelente dia pra você e um abraço

Lamartine

Rota de viagem, não um ponto de chegada ...

14 de janeiro de 2008


Caros amigos e companheiros,

Recebi de uma colega de trabalho que gosto muito a "Reflexão da Semana" e, acabei me inspirando a escrever um pouco.

Espero que gostem...



> "Reflexão da Semana"

>

> "Lembre-se que a Felicidade é uma rota de viagem, não um ponto de

> chegada."

>

> Uma semana de muita Paz, Amor, Luz e Harmonia !

>
Oi colega e colegas,

Isso também me lembra que existem três motivos que retiram a paz do ser humano e a ansiedade é um deles e tudo começa com a sensação de controle de resultados, ou melhor, a angustia de controlar o futuro, que não deixa de ser medo ou insegurança do futuro. Os outros dois outros são a raiva (presente) e o ressentimento (passado).

O que o homem fez na sua história foi estudar formas e maneiras de aumentar a probabilidade de um determinado resultado acontecer, ter o controle sobre o futuro. Felizmente não foi possível essa garantia absoluta sobre o que estar por vir, e tenta imaginar o que aconteceria se efetivamente pudéssemos controlar os resultados?

A busca pelo controle exige o aumento da segurança das informações e esta já utilizou métodos bem rudes. Da pré-história até aqui o homem já recorreu a inúmeros artifícios como, para o sucesso de uma caçada ou a empreitada de uma guerra, recorrer a métodos de previsão como bolas de cristal, entranhas de animais, ciscos na xícara de chá, etc. sem falar naqueles violentos e sangrentos, bem como a ritos, cerimônias e oferendas a “entes invisíveis”, sem esquecer de mencionar os pactos sabe-se lá com quem...

Estes artifícios foram substituídos (em sua maioria) pelo método científico, modelos matemáticos, estatísticos, físicos, sociológicos, psicológicos, etc. que de alguma forma explica com algo (ou alguém) funciona e qual deve ser o comportamento esperado, ou como reproduzir algo já experimentado.

É numa sociedade de ansiosos, onde a maioria busca viver no futuro, aquela parte do tempo que nunca chega, pois quando o faz, passa a ser o presente, que se desenvolve uma série de males na calada da noite.

Mas como tornar o foco a jornada o presente e não o destino? Aproveitar-se-ia muito mais a viajem como se fosse um namoro, lembra como se faz no namoro? Aproveita-se cada momento como se fosse o ultimo, cada sorriso, cada olhar, certo? É estar sempre conquistando. Saber que o que se pode fazer bem feito é o processo, é o durante. O resultado é apenas uma conseqüência.

Parece que é mais comum do que se pensa começar o “namoro” e já se pensar como vai ser na velhice, a mesa grande cheia de filhos e netos. Parece uma característica humana que a sociedade atual potencializa. Leva-se tempo para se aprender a viver. Em nenhum momento expressei que não se deva planejar a vida ou o futuro. Claro que sim, contanto que se deixe para dar um passo de cada vez e não tentar viver lá adiante como é comum de se ver.


Já que falei em namoro, lembrei que tem uma coisa que pra funcionar tem ser no presente do indicativo. Veja se concordam comigo vendo o filme que está no link: http://www.youtube.com/watch?v=s-uhMTpSlrc

Abraço a todos (e naturalmente a todas)
Lamartine

Nietzsche - Além da aparência...

02 de janeiro de 2008
Além da aparência...
Algumas coisas que acontecem nas esferas de relacionamento (pessoal, política, familiar, etc.) são passíveis de críticas, algumas ferozes. Posturas, decisões, responsabilidade, compromissos, etc. podem ser analisados à luz de Nietzsche em “Além do bem e do mal”?

Fonte: internet

Pois justamente, inspirado pela obra do filósofo alemão, que este breve e modesto exercício se inicia, tomando como base uma época em que ainda não existiam as questões morais das pessoas convivendo entre si. Com o passar do tempo estes grupos foram se distinguindo uns dos outros e um destes, aquele de pessoas que se achavam mais fortes, nobres, saudáveis, ricos, etc - atribuíram a si e às pessoas e coisas que lhes diziam respeito, a característica de ser “bom”. Em contrapartida, tudo o que fosse fraco, pobre, doente, plebeu, diferente etc., era considerado “ruim”, possuidores do “mal”, entretanto não era atribuído, a essas características, um rigor moral, apenas classificatório.
Pois bem, os “bons” com seus atributos exerciam suas capacidades plenamente, e da forma que lhes apetecia. Abusavam, pilhando, se apossando, agredindo, oprimindo, e enfrentando, porque simplesmente podiam fazer isso, já que a referência de comportamento era seu próprio grupo. Ao manifestarem estas posturas, os mesmos eram possuidores de uma “Moral de Mestre”, segundo Nietzsche.
Os pobres, sofredores, oprimidos, plebeus ou doentes quando atacados, espoliados, oprimidos, fugitivos ou agredidos desenvolviam um sentimento de rejeição, um rancor, uma espécie de ressentimento em relação aos opressores. Esses oprimidos, a partir de então, além de artifícios de ironia e crítica, formaram uma auto-imagem que buscava, inconscientemente, equilibrar o sentimento de inferioridade, a falta de coragem e determinação, passando a utilizar atributos que consideraram positivos: caridade, abnegação, obediência etc., e por conta disso sentiam-se possuidores de algo louvável (dignos até de salvação divina). Dizem que sua miséria é uma prova, uma bem-aventurança, uma eleição. É claro que, quem não possuía esses atributos louváveis seria a própria encanação do mal, seres abjetos com postura e história de vida a serem evitados, sendo esta a “Moral de Escravo” ou “moral do ressentimento” de Nietzsche, que inverte a qualidade dos atributos dos grupos.
Nas palavras de Nietzsche, vontade e poder não podem separar-se. A vontade de poder é um querer dominar, um querer afirmar-se e superar-se. Força e exteriorização da força são uma e a mesma coisa, mas a Moral do Ressentimento ou do Escravo diz que o forte tem liberdade para exteriorizar ou não sua força: e, é claro, não é nada bom quando a exterioriza.
O que não dá pra esconder, e o filósofo trata disso muito bem, é que todo aquele que tem a “Moral de Escravo” deseja no seu íntimo, um dia, ser Mestre numa verdadeira inversão de valores, e por isso criticam e contestam antigas e novas relações de mando pelos seus desmandos ou posturas. Mas o pensamento, o esforço e as esperanças do “fraco” se voltaram, muitas vezes, para o novo.
A aplicabilidade do texto de Nietzsche existe. Pode-se notar os reflexos na ascensão política, econômica, ou acadêmica daqueles outrora oprimidos em várias lutas, mas que agora podem ter uma postura diferente, quem sabe com mais força, pois, tendo os papeis trocados, intitulam-se de “bons”, ou seja, de possuidores de uma “Moral de Escravo”, passaram a detentores da “Moral de Mestre”.
Todo um conjunto de valores éticos deste novo grupo passa a vigorar, no sentido de fazer valer sua “Moral” composta desde cargos, bens ou títulos acadêmicos até a relação com os colegas, com os amigos, com a família. As relações interpessoais mudam e alguns falam com saudosismo do passado em que “todos eram iguais”, outros falam com alguma negatividade o velho jargão “Dê o poder e a caneta ...”. Tempos idos...
Então, onde o pensamento de Nietzsche se aplica na nossa Instituição? Os Servidores (Professores e Técnicos Administrativos) possuem “Moral de Escravo” ou “ Moral de Mestre”? Em relação a quem?
É neste sentido que Nietzsche recomenda que se deva ir além as aparências. Ir além do bem e do mal ...
Um bom (e verdadeiro) Ano Novo a todos.
José Lamartine de Andrade Lima Neto (Nietzsche, Friedrich. Genealogia da Moral, uma polêmica. Publicada originalmente em 1887).

A escolha de meus amigos ...

25 de dezembro 2007

***** Só reproduzo pois acho muito bacana. *****


Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
"Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice". (Oscar Wilde)

Trânsito: IMPUNIDADE VERSUS EDUCAÇÃO

07 de dezembro de 2007

TRÂNSITO: IMPUNIDADE VERSUS EDUCAÇÃO

JOSÉ LAMARTINE DE ANDRADE LIMA NETO (estudante de Graduação em Psicologia da FTC-Salvador)

RESUMO

O aumento do numero de automóveis em circulação, tem tornado a convivência com os motoristas cada vez mais difícil no espaço urbano, provável reflexo de histórico comportamento. Uma crise de valores permanece instalada e a violência no trânsito se mostra um fenômeno complexo, que envolve toda a sociedade, de famílias às Instituições. Uma ausência crônica de assertividade, da margem a comportamentos inadequados. É possível então, rever o papel da educação, para que esta seja atuante de forma profunda e abrangente.

Palavras-chave: Comportamento do condutor, Agressividade, Educação responsável.

INTRODUÇÃO

O século XX deixou como herança uma cultura pós-industrial, hiperconsumista na qual os objetos se tornam cada vez mais efêmeros e descartáveis, e alguns bens, como o automóvel, antes acessível a poucos, hoje circula em grande número graças as facilidades socioeconômicas em vias urbanas obsoletas, que não acompanharam o mesmo crescimento. Neste cenário, “a qualidade de vida, principalmente nas grandes cidades, ficou prejudicada, contribuindo para o aumento da agressividade dos motoristas e para o crescimento da violência no trânsito” (BASTOS, 2007).

A própria história do país mostra sinais de como tudo começou. A colonização, o Império e a República são coadjuvantes de práticas que se tornaram culturais e que se espalharam no inconsciente coletivo. Com a expansão do capitalismo, individualista e competitivo e com mobilidade social, os relacionamentos se condicionaram a ele. E como esses relacionamento hoje “giram em torno do dinheiro e da ostentação de classe, a violência pode tornar-se um meio de obter o que se deseja, se com integridade, honestidade e trabalho isso se revelar impossível” (MACHADO, 2007).

A interação entre homem, meio ambiente e veículo como agente intermediário, neste cenário urbano, se dá de forma conflituosa e, segundo Bastos (2007) refletindo uma grave crise de valores, na qual muitas vezes não se respeita os indivíduos nem à própria vida. É devido ao não-reconhecimento de leis e regras, começando pelas mais simples – como evitar a fila, tentar subornar o policial, influenciar o médico, fazer uso da conhecida "Lei de Gérson" ou o famoso "jeitinho brasileiro" – que, segundo Machado (2007), a “pessoa tenta, desesperadamente, sair do anonimato e ser ‘alguém’, demonstrando poder e influência”, e usa este descaso às leis e regras, de forma despreocupada das conseqüências para si e para a sociedade, como é o caso da corrupção, como se fosse intocável para punição para, em outras palavras, alimentar a impunidade.

Como resultado dessa forma de se comportar, nota-se um aumento de todos os itens avaliados pelo DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito subordinado ao Ministério das Cidades, nos anos de 2003 e 2004.

Neste período de 2003 a 2004, aumentou a população do Brasil e sua frota total de veículos, assim como houve aumento também do número de veículos por 100 habitantes. Este aumento de número de veículos é avaliado como um índice positivo da economia do país pelo alto escalão do governo, porém é preciso considerar o aumento do número de vítimas fatais por habitante e por veículo, ou seja, é preciso considerar que o trânsito está mais violento do que nunca.

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO DENATRAN - 2005

ITENS

2003

2004

População

176.871.437

181.581.024

Frota

36.658.501

39.240.875

Acidentes com Vítimas

333.689

348.583

Vítimas Fatais

22.629

25.526

Vítimas Não Fatais

439.065

474.244

Veículos/100 Habitantes

20,7

21,6

Vítimas Fatais/100.000 Habitantes

12,8

14,1

Vítimas Fatais/10.000 Veículos

6,2

6,5

Vítimas Não Fatais/10.000 Veículos

119,8

120,9

Fonte:Detrans/ SINET - DENATRA-CGIE

Segundo o Ministério da Saúde os acidentes de trânsito, tratados como uma das principais causas de óbitos entre pessoas com menos de 59 anos, aumentaram 9% em três anos no Brasil. Os dados mostram que houve uma reversão da tendência de queda notada a partir de 1998 como impacto do novo Código de Trânsito Brasileiro.

Um “aumento de 72% nos óbitos em municípios com menos de 100 mil habitantes, entre 1990 e 2005” (BRASIL, 2007c) revela que o trânsito não é uma simples disputa pelo espaço físico, mas é..

"... uma disputa pelo tempo e pelo acesso aos equipamentos urbanos, é uma negociação permanente do espaço, coletiva e conflituosa. E essa negociação, dadas as características de nossa sociedade, não se dá entre pessoas iguais: a disputa pelo espaço tem uma base ideológica e política; depende de como as pessoas se vêem na sociedade e de seu acesso real ao poder" (VASCONCELOS, 1985).

O DENATRAN organiza uma enquete em seu site na qual os visitantes podem votar e visualizar o resultado de forma on-line. Para a pergunta “Por que o jovem se envolve tanto em acidentes de trânsito” foram encontrados os seguintes resultados:

4.0 % - Inexperiência, devido ao pouco tempo de direção

68.0 % - Imprudência, excesso de velocidade ou desrespeito às leis de trânsito

24.0 % - Consumo de bebida alcoólica antes de dirigir

4.0 % - Outros

Fonte: DENATRAN, em 30 de novembro de 2007

Se for considerado que beber antes de dirigir também se constitui um desrespeito às leis de trânsito, o índice sobe para mais de 90 % das pessoas que acreditam que seja a sensação de impunidade um dos causadores de tantos acidentes e provavelmente de tanta violência, já que, ao dirigir alcoolizado, o motorista se vale da percepção de que as conseqüências da lei não o atingirão.

Segundo Monteiro e Gunther (2006), em se tratando do trânsito, as razões para cometer erros ou violações são:

“o ambiente físico permite que o faça sem danificar o seu veículo e a si mesmo; a fiscalização do cumprimento das normas não está sendo feita de forma adequada; o ambiente social do trânsito permite ou até incentiva tal comportamento e características pessoais contribuem para o comportamento de erro ou violação”.

Com essa cultura da violência e impunidade, o universo social é simplificado entre fortes e fracos, entre agressores, como objetos de temor e ódio, e agredidos ou vítimas, sendo desprezados por parte de quem agride. Neste ambiente de tensão, expressões como:

“compaixão, consideração, culpa ou responsabilidade diante do semelhante desaparecem do vocabulário; todos se sentem vulneráveis, todos tentam atacar primeiro; todos vivem sob o temor da represália, e é daí que nasce o medo social, o pânico com características fóbicas” (MACHADO, 2007).

Em oposição a esta disputa urbana, autores discutem o significado macroscópico do que vem a ser a paz. No caminho da verdadeira paz, ressaltam a necessidade de uma educação para a paz. Para Galtung (1995) “a violência é estrutural e deriva dos conflitos resultantes das disparidades e tensões sócio-econômicas”. Neste aspecto, o conceito de paz tem evoluído na história recente da humanidade.

“Paz não é mais a simples ausência da guerra ou a condição resultante do equilíbrio do poder entre as superpotências bélicas. Um novo conceito para paz está na cooperação entre os povos, objetivando o fim da violência estrutural e da predisposição para a guerra” (SILVA, 2002).

Mas uma das maiores dificuldades nesta questão estrutural de estabelecer uma cultura para a paz é a atribuição de responsabilidades. Em relação ao trânsito, a complexidade dos problemas exige, cada vez mais, uma participação multisetorial, pois abrange a “...adequação das vias públicas através da engenharia de tráfego e do planejamento urbano, a melhoria dos sistemas de fiscalização e repressão de motoristas infratores e a criação e implantação de um programa efetivo de educação para o trânsito” (BASTOS, 2007).

Fazer as instituições ou as pessoas se encontrarem para discutir os limites de atuação e responsabilidade de cada um tem se mostrado muito complicado. O Estado mínimo preconizado pelo neoliberalismo é quem dá o primeiro exemplo de transferência de responsabilidade e, muitas vezes, fica omisso diante de um mercado que focaliza exclusivamente os resultados econômicos. Existe uma incoerência na postura oficial quanto ao cumprimento de suas atribuições. As propagandas de produtos que sabidamente trazem prejuízos à saúde ocorrem utilizando estratégias que influenciaram sobremaneira o aumento do consumo dos mesmos, beneficiando o mercado a um custo elevado para a saúde pública e para o bem-estar social. Diante disso, o Estado que deveria se colocar como agente de fiscalização e regulação garantindo o bem-estar, mostra fragilidade, quase inocência no discurso público, que beira a conivência. Expressões do tipo "resgatar o espírito participativo da população; passando para suas mãos, o quinhão que lhe cabe; ou participação com responsabilidade no processo de decisão sobre sua própria saúde e vida" (Chammé, 1997) demonstra este comportamento de esquiva que transfere ao cidadão responsabilidades do Estado.

Ora, se a violência não é inerente ao ser humano como uma predisposição genética ou de personalidade, mas também produto de uma cultura, faz-se necessária, segundo Bastos (2007), uma abordagem interdisciplinar nos seus aspectos histórico, social, local, legal e comunitário, abordagem na qual a educação é o meio mais efetivo para promover as mudanças de comportamento de risco por comportamentos adequados, pela consciência da responsabilidade individual e pelo respeito aos outros, imprescindíveis, mesmo que seus efeitos só possam ser sentidos a médio e longo prazo. Assim, a educação, a formação integral do cidadão, é apontada como um fator indispensável para reduzir a violência no trânsito e para superar a cultura da impunidade.

Além disso é preciso considerar que na idade adulta se refletem as experiências da infância tais como lidar com as frustrações ou com a pulsão agressiva de uma forma equilibrada, assertiva. Essa falta de capacidade de lidar equilibradamente com situações emocionais reflete-se no trânsito quando “...motoristas com altos índices de acidentes apresentam-se mais agressivos, impulsivos e com menos recursos para lidar com suas emoções de forma adequada que os motoristas sem ocorrência de acidentes” (ARRAES, 2007).

CONCLUSÃO

Fazendo um destaque para a família, na opinião de Bolsoni-Silva e Marturano (2002) a importância fundamental que os pais têm na educação dos filhos, inclusive educação emocional, é que chamam a atenção para a necessidade de promoverem comportamentos adequados e, por isso, necessitam desenvolver habilidades sociais educativas, tais como expressar sentimentos e opiniões, estabelecer limites evitando coerção, entre outras.

Quando os efeitos da falta de uma educação emocional forem profundos demais, duradouros demais e dolorosos o bastante, poderá surgir a necessidade do aprendizado da convivência pacífica, por meio de uma educação para a paz. Segundo Machado (2007) em sentido amplo, a educação envolverá o indivíduo, a família (responsável principal pela formação), passando pela Escola de forma sistemática, fornecendo-lhe conteúdos desde a pré-escola até o terceiro grau.

E por fim é acreditar que educar é mais do que servir à sociedade, é mudar o social. É no ato humano de educar que reside a sociedade, não mais esta, mas a que está por vir, um outro tipo de mundo, que se colhe no futuro. E isso é um grande plano...

REFERÊNCIAS

ARRAES, Jurema Leão Monte. Submissão e violência em motoristas. Anais do Encontro Sociedade Rorschach. Disponível em: www.rorschach.com.br/Anais%20III%20Encontro.pdf. Acesso em: 30 de novembro de 2007

BASTOS, Yara Gerber Lima. Violência no trânsito: uma epidemia do século XX. Universidade Estadual de Londrina. Disponível em:www.ccs.uel.br/espacoparasaude/v3n1/doc/violencia.rtf Acesso em 09 de novembro de 2007

BOLSONI-SILVA, Alessandra Turini; MARTURANO, Edna Maria. Práticas educativas e problemas de comportamento: uma análise à luz das habilidades sociais. Estudos de Psicologia (Natal) vol.7 no.2 Natal July/Dec. 2002

BRASIL. Ministério das Cidades. Renaest / Denatran –. ANUÁRIO ESTATÍSTICO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO – 2005 – Disponível em: http://www.infoseg.gov.br/renaest/listaArquivoPrincipal.do?op=1&doDownload=true&arquivo.codigo=86 Acesso em: 30 de novembro de 2007a

_______. Ministério das Cidades. Enquete Disponível em: http://www.infoseg.gov.br/renaest/votarEnquete.do# Acesso em: 30 de novembro de 2007b

________. Ministério da Saúde. Notícias. Mortes no trânsito aumentam 9% em três anos - 25/04/2007 Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=29276 Acesso em: 30 de novembro de 2007c

Chammé, S. J. Corpo e saúde: inclusão e exclusão social. Saúde: um processo em constante construção. Marília. (Tese de Livre-Docência ) UNESP/Campus Marília) 1997a.

GALTUNG, J. Peace by peaceful means. London, Sage, 1995

MACHADO, Adriane Picchetto. Comportamento e Trânsito Disponível em: http://www.portaldopsicologo.com.br/publicacoes/publicacoes_16.htm Acessado em 09/11/2007

MONTEIRO, Cláudia Aline Soares; GUNTHER, Hartmut. Agressividade, raiva e comportamento de motorista. Psicologia: pesquisa e trânsito v.2 n.1 Belo Horizonte jun. 2006. Disponível em: http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1808-91002006000100003&lng=pt&nrm=iso&tlng= Acesso em: 09 de novembro de 2007

SILVA, Jorge Vieira da. A verdadeira paz: desafio do Estado democrático. São Paulo em Perspectiva., São Paulo, v. 16, n. 2, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392002000200005&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 30 novembro 2007.

VASCONCELOS, Eduardo. O que é trânsito. SP: Brasiliense, 1985.

Três sentimentos são perigosos

03 de janeiro 2006

Três sentimentos são perigosos

Triangulo maldito

Três sentimentos são perigosos para a saúde emocional e social do ser humano: A raiva, o ressentimento e o medo.

A RAIVA se manifesta com relação ao presente, ao hoje. A falta de habilidade de lidar com os conflitos do dia-a-dia, gerando distorções justamente pela falta de clareza para, racionalmente tomar decisões acertadas.

O RESSENTIMENTO trata de mágoas, dores passadas e do processo do sofrer novamente. Este processo compromete as relações humanas e envenena o ressentido. Deve-se envidar o máximo de esforço no sentido de buscar amainar os ânimos de forma a não reabrir feridas, estas tão dolorosamente vividas e saradas. Ouvi de um colega que respeito muito que “RESSENTIMENTO É UM VENENO QUE TOMO ESPERANDO QUE O OUTRO MORRA”. Portanto evitem se envenenar.

E o MEDO trata das incertezas do futuro, o que nos reserva os dias vindouros. Ora, como garantir que os nossos melhores planejamentos trarão resultados esperados?

O medo do futuro e a ÂNGUSTIA gerada pela tentativa, sempre frustrada, de se controlar estes resultados, impedem na maioria das vezes de se viver o processo que leva a estes resultados.

É sabido que todo poder do mundo não pode retornar o minuto que passou quanto mais o dia, nem antecipar o próximo nascer do sol. Quem pode então querer viver o que já passou? E quem pode viver o que ainda não chegou? Nada disso impede que se planeje, que se organize que se prepare para o dia que virá, mas tudo isso deve ser feito e vivido no hoje da melhor forma possível. Aí sim, podemos garantir que nosso futuro estará intacto, mas os que está sendo feito hoje por ele?

Portanto, meus amigos, cuidado com este perigosíssimo triangulo formado pela raiva, pelo ressentimento e pelo medo. Estes, comprometem nosso presente pela inabilidade de lidar com o cotidiano, por reviver dores do passado e pelo medo do futuro.

Bons momentos.

Não existe ninguém tão rico ...

03 de janeiro de 2006

Não existe ninguém tão rico ...

Meus caros colegas

Este ano foi sem dúvida muito especial para mim. Reencontrei velhos colegas, retomei antigas amizades e fui agraciado com novos e importantes amigos. É, amigos mesmo. É assim que procuro ver estes novos encontros, com um pouco de ingenuidade até, porém sem correr o risco de me decepcionar, pois não procuro criar muitas expectativas. To muito mais preocupado com o aqui e agora. A lei da colheita funciona e é infalível.

Tenho procurado, nesta nova fase de minha vida, garantir de forma mais explícita, o bem estar das pessoas a minha volta como alunos, colegas, pessoas da comunidade, familiares, amigos, etc. Faço isso, pois dependo

única e exclusivamente de mim mesmo para alcançar este objetivo. Por mais que tente, é incerto o controle em cima das pessoas.

Bem, o quero dizer é que desejo a todos os colegas e amigos um feliz Natal onde transborde principalmente paz no coração e para este ano novo que se aproxima seja visto como o ano de dádivas, de crescimento, de dar e receber ajuda, pois...

“Não existe ninguém tão rico que não necessite de algo e ninguém tão pobre que não possa dar algo”

À nova Diretora deste CEFET-BA, os meus mais sinceros votos de sucesso nesta nova jornada profissional que certamente afetará a vida de todos e espero que de forma muito positiva, ainda mais sabendo que muitos de nossos colegas passaram mais da metade de suas vidas nesta instituição e que ainda passam mais tempo nela do que em suas próprias casas.

Que o destino desta instituição possa ser de fato repensado e que se busque, antes de mis nada, a harmonia.

“O que faço fala tão alto que o que digo ninguém escuta”

Grande e sincero abraço,


Lamartine

Foto-Vivência

22 de novembro 2005

Foto-Vivência

Meus caros Tirulís Foto-viventes.

Muitas coisas aconteceram nestes dias de muitos encontros e descobertas. Encontros com o outro e consigo mesmo descoberta de limites e também de possibilidades fantásticas que possuímos.

Hoje, seguramente, posso dizer que sou uma pessoa mais, muito mais rica. Uma riqueza que se traduz nas aquisições que fiz. Descobri em vocês, mas principalmente em mim mesmo que nos colocamos disponíveis
a sermos garimpados. Lembram da frase "muitos serão chamados, poucos os escolhidos" ? Pois é. Alguém se dispôs a fazer esta procura e, junto com outros, acreditaram que no meio de algumas pedras brutas, sujas com suas máscaras, poderia ser encontrada, trabalhada e polida e lapidada até que aos poucos fossem aparecendo novas faces, brilhos e cintilações. Sinto-me um felizardo pôr poder ser uma destas pequenas jóias que junto com vocês outras, estamos criando um verdadeiro tesouro.

A decisão de se deixar conduzir, de confiar, por pouco que seja, no outro muitas vezes não é algo fácil. É uma luta acreditar em algo que não se vê, ou não se toca. Parece estranho pra mim ta falando disso hoje. Mas era assim mesmo. A entrega era sempre parcial na esperança de se manter algum controle das circunstâncias ou das pessoas. Ledo engano. O ato de entregar o controle a alguém ou algo confiáveis vem me permitindo experimentar progressivamente a aceitação e a tolerância de meus limites e dos outros. Decidir entregar este controle pode começar abrindo-se mão do controle remoto da TV que era tão difícil me separar.

A condição é limitante. A decisão não. Com ela é possível sair da inércia, ou pelo menos se permitir outras novas experiências.

Me sinto responsável por este projeto da Foto-Vivência, para compartilhar com outros todas estas experiências maravilhosas que tivemos. Tenho algumas obrigações dentre elas, algumas reparações
(oportunamente saberão o motivo) a algumas pessoas e a sociedade, mas não sabia de forma fazer. Muito obrigado pela companhia, pela confiança pelo choro e pelo riso pela possibilidade de hoje vermos e
fazermos parte desta nova possibilidade de mundo. LEGAL.

Beijos a todos

Lamartine

O que mudou...

25 de outubro 2005

O que mudou...

Caros colegas amigos (ou amigos colegas?)

Acabei de ler todos os e-mail´s que enviaram. Adorei de verdade.
Tenho pensado muito sobre todos os acontecimentos que ocorreram nos dois momentos da Foto-Vivência.
A importância de se ter um ambiente propício em termos de confiança e propósitos. Penso que todas as coisas conspiraram para este clima de "Irmandade", não no sentido mafioso da palavra, mas significando que hoje fazemos parte de um grupo que teve a oportunidade de experimentar toda esta gama enorme de sentimentos, e lidar com eles de forma cada vez mais madura e verdadeira.
Pude perceber tambem que sou muito mais capaz do que achava que estava sendo. Tenho certeza que isso não foi uma percepção exclusivamente minha. Todos nós nos percebemos de forma mais realista quanto a limites e capacidades/talentos, sendo que estes limites poderão ser quebrados, se forem de origem psicológica e minorados se de origem física.
Eu gostei do que vi de mim. E gostei do que viram de mim. Sem medo, sem receio pois sei que posso (e quero) ser melhor. É bom este sentimento que tenho pois sei que faço parte, que estou junto. Mesmo que o crescimento seja individual, o grupo apoia, ajuda, incentiva, abraça.
Eu gostei do que vi nos outros. Não os defeitos (onde me vejo em alguns deles), mas a disposição de ser melhor, de se desculpar e de agir, de fazer diferente. Ora, se do jeito que sempre fomos não estavamos conseguindo o que desejamos, acredito que procurar ver as coisas de forma diferente é um caminho de melhora. Vi tambem que na ância de contribuir, falhei e que outros tambem falharam, e como é bom poder amorosamente ser perdoado e perdoar.
O difícil também é mudar. Normalmente se espera por algo grandioso que possa mudar radicalmente a vida. Se fala muito isso nos discursos, mas se faz pouco (Eu que o diga). Então resolvi esta questão apenas em tomar a DECISÃO de querer mudar e as coisas começam a acontecer. É lento, mas é firme. Mas tambem por que vou ter pressa com alguma mudança, se levei mais de 40 anos pra chegar onde cheguei?
Alegria e felicidade não é condição. É decisão.

Muita paz a todos, e já estou com saudade

Abraços e beijos


Lamartine

O anúncio de Olavo Bilac

O anúncio de Olavo Bilac Autoria desconhecida Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade rural, um ...