O século passado produziu fenômenos que, para sempre, serão motivos de vergonha para a humanidade. O imperialismo, o nazi-fascismo e o socialismo marxista se igualaram em suas conseqüências nefastas que, como disse, se manterão como chagas na memória das civilizações.
O Imperialismo, que sucedeu ao Colonialismo, foi o meio pelo qual as Nações mais ricas e poderosas extorquiram e degradaram os recursos naturais e humanos de povos e continentes, mais acumulando riquezas para si e pobreza para Nações incapazes de se defenderem da exploração.
A I e II Guerras Mundiais ocorreram no contexto da disputa imperialista por mercados e recursos naturais. Na sombra da I Guerra surgiu o totalitarismo nas feições nazista e socialista, movimentos que se confrontaram, mas que, bem analisados, eram faces de uma mesma moeda. Para o nazi-fascismo alemão, o arianismo, alucinando uma raça pura e superior que construiria a civilização redentora da humanidade, todos os meios eram justificados pelo glorioso objetivo. O socialismo russo, onde uma classe social redentora construiria o futuro da humanidade, desembocou no totalitarismo historicista. Para socialistas e fascistas os fins justificavam os meios, na medida em que tudo o que beneficiasse suas causas seria necessariamente moral, justo e verdadeiro.
No regime nazi-fascista a “classe” redentora seria constituída pelos arianos, a “raça superior”. No regime socialista-comunista, a “raça superior” seria o operariado, representado pelo Partido Comunista, então condutor da humanidade e da História. Ambos os regimes se irmanaram na empáfia de serem donos do futuro da história, na crueldade e no desprezo pelo valor do ser humano de qualquer etnia ou classe social.
Neste momento, os brasileiros se vêem às voltas com um movimento zumbi, ou seja, morto-vivo, em que “novos arianos” ressuscitam pretendendo ainda serem donos de nossa História e futuro, quaisquer que sejam os meios que tenham, para isso, de empregarem. Curiosamente, pretendem ser socialistas e, repetindo o velho catecismo marxista-leninista, praticam também o princípio de que os fins justificam os meios e de que a moral e a verdade sãos relativas. O leitor duvida? Então vejamos...
Quem sobre eles faz um juízo crítico, “é preconceituoso, tem preconceitos de classe”. Suas críticas, entretanto, seriam expressão de “justa consciência”... Sua oposição é “justa”, enquanto a oposição a eles é “preconceituosa”. A corrupção, nos redis alheios, é corrupção, digna de CPIs, esclarecimentos e punições. Entretanto, quando pegos com a mão na cumbuca dos cofres públicos ou da extorsão, os fatos se tornam “golpe das elites” e os recursos mal ganhos seriam apenas “recursos não contabilizados”. Com as frases “não fomos os primeiros”, “não fomos nós que inventamos”, pretendem de tudo se justificarem e se anistiarem, o que os torna acima do bem e do mal! Seres superiores, nada os atinge!
Tudo isso, em síntese, é o neo-arianismo ideológico, a “nova raça superior” tupiniquim com o qual estamos às voltas. Na prática, um Partido, uma militância com vocação totalitária e pretendendo ser dona do destino da Nação. Por isso, a tudo se julgam autorizados, desde o Mensalão com sua impunidade, até à destruição dos cacaueiros na Bahia, com vírus disseminados propositadamente. Cá entre nós... De onde poderá ter vindo a aftosa que impactou a melhor pecuária do mundo, em MS?
Eis o abacaxi que os brasileiros têm para descascar neste início de milênio.