sábado, 27 de dezembro de 2014

A Cartilha de Antonio Gramsci (1891-1937)

Por Manoel Soriano Neto*
Jornal da Paulista - 16/09/13



Intelectual italiano e um dos fundadores do Partido Comunista Italiano (PCI) em 1921, percebeu que a implantação do comunismo nos países do Ocidente não deveria seguir o modelo russo (LENIN) do uso da violência para conquistar ou tomar o Estado, mas, sim, ao contrário, primeiro conquistar o Estado e depois, então, a aplicação da violência para finalizar o processo.
Nessa concepção, destaca-se o valor atribuído ao seu entendimento de Sociedade Civil como sendo o espaço social onde deve ocorrer a luta pela hegemonia, para que a classe subalterna passe a ser a Classe Dirigente.
Um grupo social da classe dirigente, assumindo o controle da Sociedade Política (Estado), permite que o partido da Classe Dirigente seja posicionado acima do Estado.

A manobra simples, lenta e gradual utiliza-se dos instrumentos legais e políticos da democracia para, de forma pacífica e sorrateira, minar e enfraquecer as principais trincheiras democráticas: Executivo, Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, Religião e Família. Usando a propaganda subliminar, o populismo e a demagogia, as consciências são entorpecidas e é criada a sociedade massificada para a luta pela hegemonia.

O envolvimento estratégico também é simples e eficaz, conduzindo o processo em três fases:

- na primeira, organiza o Partido das Classes Subalternas e luta pela ampliação das franquias democráticas para facilitar a ação política, explorando as deficiências e vulnerabilidades do governo;

- na segunda, luta pela hegemonia das classes subalternas, criando as condições para a tomada do poder;

- na terceira fase, toma o poder, impondo novos valores e princípios através de uma nova ordem.

O «socialismo pacífico» é a etapa intermediária para o «socialismo marxista», o marxismo-leninismo, o comunismo...

Preso em 1926, escreveu na prisão «Cadernos do Cárcere» contendo o seu pensamento sobre a tomada do poder de forma pacífica. Foi libertado pouco antes de morrer em 1937.

O gramscismo contagiou países da Europa e, hoje, está transbordando na América do Sul.


A PENETRAÇÃO GRAMSCISTA NO BRASIL

 FINALIDADE

Criar as melhores condições para transformar o Brasil em uma República Socialista sob a inspiração de Antônio Gramsci.

OBJETIVOS

1. Obter a hegemonia na sociedade civil.

2. Obter a hegemonia na sociedade política ( Estado)

3. Estabelecer o domínio do intelectual coletivo (partido classe).

4. Silenciar os intelectuais independentes.


MÉTODO

Realizar a transformação intelectual e moral da sociedade pelo abandono de suas tradições, usos e costumes, mudando valores culturais de forma progressiva e contínua, introduzindo novos conceitos que, absorvidos pelas pessoas, criam o «senso comum modificado», gerando uma consciência homogênea construída com sutileza e sem aparente conteúdo ideológico, buscando a identificação com os anseios e necessidades não atendidas pelo poder público.

Assim é estabelecido o desejo de mudança em direção a um mundo novo, com a sociedade controlada através dos mecanismos de uma «democracia popular», onde os pensadores livres, temendo o rótulo de retrógrados ou alienados, se submetem a uma prisão sem grades calando a voz de divergência existente dentro de si e se deixam, assim, vencer pelo «senso comum modificado». Este prossegue intoxicando a sociedade, sob a égide do Estado, usado para reduzir e suprimir a capacidade de reação individual e coletiva.

Nesse momento, está construída a base para a «tomada do poder» e consequente implantação do Estado Socialista.

AÇÕES QUE ENFRAQUECEM TRINCHEIRAS DA DEMOCRACIA

I. PARTIDOS POLÍTICOS

• Estimular o número elevado de partidos para enfraquecer a oposição e facilitar a tática de «aliança», favorecendo o «partido classe».

• Manter a regionalização dos partidos; o controle por caciques ou oligarquias regionais afeta a unidade nacional, favorecendo o enfraquecimento dos partidos políticos de oposição e favorecendo o «partido classe», que possui «unidade de comando».

• Admitir a pluralidade de esquerda para ser bem explorada pelo «partido classe» por tempo determinado.

• Esvaziar as poucas lideranças da oposição através de patrulhamento e ataque (dossiê) direto ou indireto (parentes).

• Criar fatos novos para o esquecimento das mazelas de militantes do «partido classe» e aliados.

• Afastar ou mudar de cargo o militante com erro focado pela mídia de oposição, para a sua proteção e do «partido classe».

• Usar a «mídia da situação» para silenciar as mazelas dos militantes do «partido classe».

• Infiltrar militantes nos outros partidos para obter o seu controle e esvaziar os líderes de oposição, os neutros e os que não são adeptos do «partido classe».

II. EXECUTIVO

• Criar aparelhos governamentais de coerção.

• Distribuir cargos em órgãos e empresas públicas para militantes do partido-classe e seus aliados, em todos os níveis da administração (federal, estadual e municipal), (aparelhar o Estado).

• Criar uma estrutura policial que possa ser transformada em Guarda Nacional ou Guarda Pessoal ou em Polícia Política (Polícia Federal, Força Nacional) para emprego imediato, quando chegar o momento oportuno.

• Ampliar o «curral eleitoral» usando o assistencialismo como fim e não como meio, mantendo o benefício por tempo indeterminado.

• Manter o «curral eleitoral» através de um sistema de ensino, controlando o baixo nível de aprendizagem e desenvolvimento da inteligência.

• Silenciar a imprensa através de emprego da verba pública destinada à propaganda, mantendo a população sem informação correta.

• Neutralizar políticos de oposição e aliados através de distribuição de dinheiro, cargo público ou qualquer outro tipo de benefício pessoal ou familiar.

• Criar ou fortalecer um organismo sul americano para diminuir a importância da OEA (EUA).

• Participar de um bloco sul americano de repúblicas socialistas democráticas.

• Facilitar a penetração cultural e a projeção dos intelectuais orgânicos.

• Denegrir heróis nacionais.

• Enaltecer militantes da ideologia marxista.

• Desmerecer fatos e vultos marcantes da História Nacional.

• Impedir a tomada da Consciência Nacional.

• Entorpecer a Vontade Nacional.

• Eliminar valores do processo histórico-cultural nacional.

• Mudar usos e costumes.

• Enfraquecer o moral nacional.

• Mudar traços da identidade nacional.

• Mudar valores e princípios ético-morais.

• Enfraquecer a família.

• Enfraquecer a coesão-nacional.

• Lançar a discórdia no seio da população.

• Desviar o foco dos debates em torno de questões relevantes em áreas estratégicas (saúde, educação, segurança, defesa, etc), isentando o Governo de responsabilidade pelas deficiências e vulnerabilidades.

• Estabelecer um poder paralelo ao do Estado (Conselho de Política Externa, Comissão de Direitos Humanos, etc).

• Alimentar as ONGs com o dinheiro público e estimular outras para atuarem na sociedade civil, apoiando direta ou indiretamente a luta pela sua hegemonia.


III. LEGISLATIVO

• Eleger militantes do Partido-Classe.

• Unir temporariamente os partidos de mesma ideologia.

• Fazer alianças com partidos de ideologia oposta.

• Desmoralizar o Legislativo, mantendo privilégios, barganhas e a falta de espírito público.

• Criar leis para dar o respaldo às mudanças de usos, costumes e valores da nacionalidade brasileira.

• Obter o controle do Legislativo para conquistar o domínio da sociedade política (Estado), através do Partido-Classe.

• Enfraquecer o Legislativo como fiscal do Executivo.

• Submeter o Estado ao controle do Partido-Classe.


IV. JUDICIÁRIO


• Retardar ou impedir a modernização da estrutura do judiciário.

• Retardar ou impedir o aperfeiçoamento do funcionamento do judiciário.

• Estimular o corporativismo extremado na magistratura.

• Manter o magistrado afastado do povo e das suas necessidades.

• Difundir na sociedade civil as ideias de parcialidade, ineficiência e improbidade do judiciário.

• Desacreditar o judiciário perante as classes subalternas, explorando a lentidão funcional e a corrupção e privilégios dos magistrados como funcionários públicos.

• Aparelhar o judiciário.


V. ESCOLA

• Usar as universidades como refúgio ideológico.

• Buscar a hegemonia nos meios intelectuais.

• Construir nova massa de manobra, usando as universidades, a mídia e as editoras.

• Criar a geração revolucionária nas escolas do ensino médio.

• Usar professores da nova massa de manobra no ensino básico (fundamental e médio).

• Fortalecer o controle do sistema de ensino que não ensina a pensar, através do MEC.

• Apagar a memória do povo reescrevendo a história do Brasil para fatos e vultos nacionais relevantes.

• Mudar valores e princípios ético-morais (professores homossexuais no ensino médio e fundamental, alterando a estrutura familiar).

• Enfraquecer a vontade nacional.

• Transformar a consciência nacional em consciência do partido político.

• Controlar escolas e universidades particulares através de sindicatos e com uma reforma universitária.


VI. FORÇAS ARMADAS


• Enfraquecer a união dos militares, afastando os militares da ativa dos militares inativos.

• Enfraquecer o «espírito de corpo», separando os oficiais generais da tropa.

• Introduzir, a curto prazo, o uso de drogas entre os militares.

• Disseminar, a médio prazo, o homossexualismo entre os militares.

• Preparar, a longo prazo, as gerações de chefes militares que servirão ao governo, e não à pátria, modificando a grade curricular das escolas de formação.

• Enfraquecer a credibilidade e a confiança da população nas forças armadas.

• Desestimular profissionalmente os militares que servem à pátria e não ao governo.

• Criar o ambiente em que os oficiais terão apenas a visão da expressão militar e não de todo o poder nacional.

• Enfraquecer o «espírito combativo», de fundamental importância no confronto bélico.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

O pensamento de Gramsci está sendo aplicado de forma dissimulada e protegida pelas franquias da democracia, tornando difícil a sua identificação.

Conhecendo o pensamento de Gramsci, as técnicas para a sua aplicação e com uma análise paciente e detalhada da conjuntura nacional, chega a ser surpreendente a infiltração do marxismo–gramscismo na sociedade brasileira.

Encontrando Gramsci, a decisão sobre o que e como fazer é do descobridor.

Já é hora de deixarem de lutar por ideologias importadas, inadequadas às características do brasileiro, que atendem a interesses estrangeiros ao dificultarem o progresso do nosso país.

*Historiador Militar Membro da AHIMTB - msorianoneto@hotmail.com




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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Nem religião, nem virgens, nem vingança (por Leandro Narloch)

Leandro Narloch - O Caçador de Mitos - Uma visão politicamente incorreta da história, ciência e economia

16/12/2014




O que move extremistas a se vestirem com explosivos e apertarem o detonador no meio de dezenas de crianças inocentes, como fizeram hoje numa escola do Paquistão?

Terroristas e vítimas parecem concordar com a resposta “religião + virgens”. O objetivo seria espalhar o Islã a qualquer custo e vingar-se do Ocidente, com o benefício adicional de passar a eternidade no paraíso na companhia de 72 jovens intocadas.

Para o psicólogo israelense Ariel Merari, que estuda o assunto há 30 anos, essa resposta não passa de um mito. Merari liderou o primeiro grupo de estudiosos com acesso a terroristas palestinos que tiveram o ataque suicida frustrado – ou porque o equipamento não funcionou ou porque foram presos antes de explodirem. Por meio de testes psicológicos e longas entrevistas, ele chegou a duas surpresas:

- A religião não é a principal motivação dos homens-bomba. Os terroristas que se dispuseram ao suicídio não eram mais religiosos que os não suicidas ou mesmo que a população palestina em geral. Oitenta por cento deles se disseram “moderadamente religiosos”. Eram também mais escolarizados e ricos que a média da população. Com idade entre 15 e 23 anos, 53% tinham completado o Ensino Médio ou começado a faculdade, enquanto só 33% dos terroristas não suicidas estavam nesse nível de escolarização. Para 60% dos homens-bomba, o ataque seria a primeira atividade violenta de resistência.

- Os homens-bomba não buscam vingança. Nenhum dos terroristas entrevistados por Merari revelou ter decidido se tornar homem-bomba para vingar a morte de um parente ou conhecido. Todos os entrevistados tinham a mãe viva; 94%, o pai. Só um terço deles lembrava de algum familiar distante morto nos conflitos com Israel.

Se não lutam por vingança nem por virgens no paraíso, o que, então, os homens-bomba querem? Para Merari, a maioria deles busca realizar um grande ato que possa compensar a falta de habilidade social. Os testes conduzidos pelo psicólogo mostraram que 60% dos terroristas suicidas tinham transtornos de personalidade dependente ou esquiva. É o perfil de quem tem pouca autoconfiança, timidez exagerada, dificuldade em tomar decisões, hipersensibilidade a culpa, necessidade extrema de aprovação dos outros, medo de rejeição e de expressar desacordo, e disposição a realizar tarefas só para agradar os demais.

Um caso exemplar é o de Hamed, preso aos 21 anos. Asmático desde os 10, durante a adolescência preferia ficar em casa vendo televisão que brincar com amigos. Nunca tinha se relacionado com mulheres. Conta o psicólogo:

Nos testes psicológicos, Hamed foi avaliado como uma personalidade esquiva. Ansioso, tímido e introvertido, tinha uma autoestima muito baixa, rigidez e necessidade de agradar os outros, ainda que sem competência social. Abstinha-se de relações social até ter certeza que seria bem-vindo.

No começo, quando perguntado o que o fez participar de missões suicidas, respondeu simplesmente ‘meu objetivo era ir para o paraíso e ficar com 72 virgens’ (apesar de ter se descrito como moderadamente religioso). Depois, no entanto, ele disse: ‘Eu também queria ser famoso, ser visto num pôster, e ajudar minha família a ter mais dinheiro’.

Esse perfil é uma presa fácil do fanatismo. Jovens carentes por pertencer à elite de um grupo social são mais leais, dedicados e dispostos a se sacrificar em nome do grupo. O ataque daria a eles o ingresso ao clube exclusivo dos heróis suicidas, compensando uma vida de fracassos sociais e pouca visibilidade. Mais que uma ideologia maluca, o que motiva os homens-bomba a cometer crimes tão absurdos é a necessidade de se sentirem especiais.



Fonte - http://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/2014/12/16/religiao-nao-e-a-principal-motivacao-dos-homens-bomba/

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domingo, 14 de dezembro de 2014

Falácias na argumentação que acusa Bolsonaro de estuprador.

Um colega de trabalho inicia uma discussão sobre um tema está em ebulição nestes primeiros 15 dias de dezembro de 2014. A relação Bolsonaro x Maria do Rosário.

O convite para o debate se dá assim: "Os meus poucos amigos que curtem esse cara podem me explicar o porque ? Hipsterismo da pior qualidade?" acrescido da página da internet:



Fui lembrar dos fatos que já aconteceram e que tiveram um tratamento bem diferente.
Disse que os partidos de esquerda querem tirar uma pedra do caminho. Bolsonaro defende causas opostas às desta turma dos ofendidos. 
Veja como os detratores deste deputado se contradizem: 
- ''Che Guevara estuprou sua empregada na frente de quatro amigos em sua casa durante uma reunião (Silêncio da esquerda); 
- Assessor de Gleise Hoffman foi acusado por estupro e pedofilia (Silêncio da esquerda ); 
- Lula falou que tentou estuprar um colega de prisão na cadeia (Silêncio da esquerda); 
- Paulo Ghiraldelli falou que Rachel Sheherazad deveria ser estuprada (Silêncio da esquerda); 
- ISIS foram acusados de estuprarem mulheres no oriente médio (Silêncio da esquerda); 
- Maria do Rosário defendeu penas mais brandas pra estupradores (Silêncio da esquerda); 
- Bolsonaro é acusado de estuprador e se defende com ironia dizendo: "Não te estupro por que você não merece" (O Brasil todo em alvoroço)''

Nisso, um sujeito de iniciais JTM comentou: Temos de fazer pressão para cassar este filho da puta.

Outro sujeito, o RB fez a argumentação dele: E os políticos cada vez mais ricos... Por unanimidade, assembleia aprova pensão vitalícia para ex-governadores baianos (Silêncio do povo)... PT,PSDB, direita, esquerda...No Brasil nada tão liberal quanto um conservador, na tão esquerdista quanto um de direita...

Quando volta o JTM a dizer: Tudo bem. Mas por mais desmoralizado que o Congresso esteja não podemos aceitar uma cafajestada deste nível. Não gosto dele nem dos torturadores e assassinos que ele representa. Mas, na democracia temos de aceitar o contraditório. Não peço a cassação por suas idéias e sim pelos CAFAGESTADA em plena tribuna do Congresso.

Como se não bastasse, JTM se dirige para mim: Ou Lamartine quanta bobagem você falou ! Que idade você tem ?

Não deu pra deixar pra lá. Respondi:  Idade suficiente para não fazer parte da boiada.

Ao iniciador desta discussão JTM explica: Desculpe S.A. É que eu não posso me calar. Perdi amigos e outros foram torturados, perdi emprego encasado e vivi com medo durante anos da munha juventude. Quem não viveu não sabe ou era muito alienado. Por isso a pergunta. A proposito, nunca votei no PT e odeio o que eles estão fazendo ao Brasil.

O iniciador S.A. alimenta, dizendo: JTM, Lamartine está cometendo a famosa falácia "Tu Quoqe"
http://www.papodehomem.com.br/falacias-logicas/ "Não cometerás nenhuma dessas 24 falácias lógicas" O filósofo, matemático e cientista americano Charles Sanders Peirce fala que as lógicas são "ferramentas para o raciocínio correto".

Foi aí que respondi:
S.A., não creio que fugi da discussão com o contra-ataque. Trouxe alguns fatos (trechos de discurso gravados) de alguns acusadores que de éticos não têm nada. Não dá para analisar um fato como se fosse isolado sabendo que ele faz parte de um contexto de complexidade muito maior. 

Gostaria de relembrar o fato gerador, se bem que não é preciso pois está tudo gravado e disponível na internet, mas mesmo assim vou arriscar. Logo, perdoe-me pelo texto um pouco longo.

Todos conhecem o episódio da discussão ocorrida no salão verde do Congresso Nacional na qual a deputada Maria do Rosário xingou seu colega Jair Bolsonaro de “estuprador” (Uso do RETORSIO ARGUMENTI - do Schopenhauer,por Maria do Rosário) que, sem acreditar, perguntou:

- Agora sou eu o estuprador?

A deputada, fria e pausadamente, confirmou:

- É sim. (ENCOLERIZAR O ADVERSÁRIO - do Schopenhauer)

O deputado, famoso não pelas boas maneiras, lhe respondeu sarcasticamente “não vou estuprar você porque você não merece”. Neste momento a adversária ameaçou dar-lhe uns tapas, que só não cumpriu devido a promessa de um revide. Foi então chamada de “vagabunda” (ÚLTIMO ESTRATAGEMA: Ofensas pessoais - do Schopenhauer) pelo deputado momento em que ocorreu um dos mais célebres chiliques da história política nacional.

Observem que as circunstâncias que antecederam este deprimente episódio são esclarecedoras. Bolsonaro havia apresentado um projeto de lei que previa penas mais duras para os estupradores até mesmo a antecipação do prazo de maioridade penal. Qual o objetivo dele? Fazer com que a punição pudesse alcançar tipos como Roberto Aparecido Alves Cardoso, vulgo Champinha, um dos estupradores e assassinos mais cruéis deste país. Maria do Rosário era contra a antecipação da maioridade e defendia penas mais brandas para estupradores e assassinos de menos de dezoito anos (MUTATIO CONTROVERSIAE - do Schopenhauer, por Maria do Rosário). 

Estes são os fatos e, como disse, está tudo gravado.

Particularmente não creio que o Bolsonaro seja flor que se cheire mas, certamente estão usando o argumento "Espantalho" (Charles Sanders Peirce) para facilitar toda sorte de ataques (RÓTULO ODIOSO - do Schopenhauer).

Obvio que um estudo mais detido do episodio gerador poderia esclarecer que, o que está em jogo a nível nacional não são os fatos, mas a interpretação destes fatos, e é aí que está o cerne da questão. Para manipular a massa humana usa-se instrumentos da semiótica, especialmente a frankfurtiana, em que mensagens verbais criam outras imagens mentais associadas a fortes emoções, ou seja, dane-se os fatos, o que vale é o que me fizeram acreditar. É aquilo que o Groucho Marx dizia: " Você prefere acreditar em mim ou em seus próprios olhos?". 

É evidente que as pessoas que não estão afeitas a estes mecanismos do discurso são presas fáceis mas, como os torcedores do Bahia (ou do Vitória), não abrem mão de sua posição (ou do time, mesmo na 2ª divisão). 

Antes de Sanders Peirce listar estas interessantes falácias, para alimentar este debate sugiro também um texto póstumo do filósofo Arthur Schopenhauer chamado "Como vencer um debate sem precisar ter razão – em 38 estratagemas" - Dialética Erística. 

Abraço.

Como responder a JTM depois desta conclusão maravilhosa: Sandro, muito obrigado e desculpe mais uma vez por usar seu espaço. Paradoxal é que esta tática do " você também" é a usada pelo pessoal do PT para justificar os mal feitos dos seus lideres quadrilheiros. Pelo visto não é o caso de seu amigo. Acredito na frase do Volteie que diz:: "Não concordo, mas daria a vida para garantir seu direito de dizer". Por isso abomino quem defende a ditadura.

Até meu pai José Lamarck entrou na história: Neto, excelente a analise lógica dos fatos que voce produziu a luz da logica de Schopenhauer e das falácias apontadas de Peirce. Colocado, posto, dado o argumento, recolha-se ao silêncio. É que um dos atributos da burrice é a arrogancia e quando ela fala o saber deve humildemente calar, para não dialogar com um asno. José Lamarck

S.A. retoma a discussão: Minha pergunta original no post continua sem resposta ...

A sabedoria (irônia) de JTM se revela: Como explicar a brutalidade? Cada caso é um caso. Só uma analista ao qual ele se submetesse poderia responder sua pergunta.

Para ser finalmente a arrematado por S.A. comesta pérola: Em um mundo tão carente de sutilezas, de desapegos, de empatias, uma figura como essa é um deserviço à humanidade ...

Fica difícil continuar...




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sábado, 13 de dezembro de 2014

Psicopatia e histeria - OLAVO DE CARVALHO

SÃO PAULO, 11 DE DEZEMBRO DE 2014 

Uma elite de psicopatas sobe ao poder e se cerca de adeptos e militantes que, no afã de enxergar as coisas como seus chefes mandam, acabam desenvolvendo todos os sintomas da histeria
A saúde mental de uma comunidade pode ser aferida pela dos indivíduos que ela eleva aos mais altos postos e incumbe de representá-la. O mais breve exame do Brasil sob esse aspecto leva a conclusões que já ultrapassam a escala do alarmante e se revelam francamente aterrorizantes.
Já tivemos um presidente que achava lindo fazer sexo com cabritas, se gabava de haver tentado estuprar um companheiro de cela – prova de macheza, segundo ele – e confessava entre risos as mais cínicas mentiras de campanha. É claro que a tropa dos seus guarda-costas e marqueteiros corria, nessas ocasiões, para dar a essas declarações o sentido de meras brincadeiras, mas, supondo que o fossem, é igualmente evidente que pessoas adultas normais não se divertem com gracejos tão torpes.
Qualquer que fosse o caso, no entanto, a conduta desse cidadão não sugeria nenhuma doença mental e sim propriamente uma psicopatia – a deformidade moral profunda que sufoca a voz da consciência e autoriza o indivíduo a viver de manipulações, trapaças e crimes sem nunca enxergar nisso nada de anormal.
Já mencionei, em outros artigos, o livro do psiquiatra Andrew Lobaczewski, Ponerologia: Psicopatas no Poder (Vide Editorial, 2014), em que uma equipe de médicos poloneses condensa os resultados de décadas de observação da elite comunista que dominava o país, e descreve tecnicamente o fenômeno da “patocracia”, o governo dos psicopatas.


Mas, como explica o próprio dr. Lobaczewski, quando uma elite de psicopatas sobe ao poder, ela se cerca de adeptos e militantes que não são psicopatas, mas que, no afã de enxergar as coisas como seus chefes mandam em vez de aceitar os dados da realidade, acabam desenvolvendo todos os sintomas da histeria. A histeria é um comportamento fingido e imitativo, no qual o doente nega o que percebe e sabe, criando com palavras um mundo fictício cuja credibilidade depende inteiramente da reiteração de atitudes emocionais exageradas e teatrais.
Um exemplo, já antigo, esclarecerá isso melhor.
Todo mundo conhece o deprimente episódio da discussão feia na qual a deputada Maria do Rosário xingou seu colega Jair Bolsonaro de “estuprador”. Incrédulo, o deputado perguntou:
            -- Agora sou eu o estuprador?
            A deputada, fria e pausadamente, confirmou:
            -- É sim.
O deputado, que não é lá muito famoso pelas boas maneiras, deu-lhe uma resposta brutalmente sarcástica (“não vou estuprar você porque você não merece”) e a adversária ameaçou dar-lhe uns tapas, deixando de cumprir o intuito ante a promessa de um revide, sendo então chamada de “vagabunda” e tendo um dos mais célebres chiliques da história política nacional.
Está tudo gravado.


As circunstâncias que precederam o acontecimento são muito reveladoras. Bolsonaro tinha apresentado um projeto de lei que previa penas mais severas para os estupradores, inclusive antecipando o prazo de maioridade penal para que a punição pudesse alcançar tipos como Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, um dos estupradores e assassinos mais cruéis que este país já conheceu.
Maria do Rosário era contra a antecipação da maioridade e defendia penas mais brandas para estupradores e assassinos de menos de dezoito anos.
O projeto do deputado Bolsonaro era aprovado por mais de 90% da população
Defensora de uma causa impopular, e cunhada, ela própria, de um estuprador de menores, Maria do Rosário tinha todos os motivos para ficar com os nervos à flor da pele quando se discutia estupro e menoridade. Chamar de estuprador o algoz maior dos estupradores não fazia o menor sentido, evidentemente, exceto como inversão histérica da situação real.
Do ponto de vista penal, admitindo-se que ambos os parlamentares tenham cometido delitos, o da deputada foi bem mais grave. Nosso Código Penal pune com seis meses a dois anos de detenção o crime de calúnia (imputação falsa de ato delituoso) e com apenas um a seis meses de detenção o de injúria (ofender a dignidade e o decoro de alguém). Pior: a lei concede atenuante ao delito de injúria se é cometido em revide a insulto anterior, e um segundo e maior atenuante se o revide foi imediato. Os dois atenuantes aplicavam-se à conduta do deputado Bolsonaro. Em comparação com Maria do Rosário, ele estava praticamente inocente no episódio.
Bem, esses são os dados objetivos da situação, mas a reação da esquerda nacional quase inteira, seguida de perto por toda a grande mídia, foi levantar um escarcéu dos diabos contra o deputado, chegando a pedir a cassação do seu mandato e apresentando Maria do Rosário como vítima inocente de uma violência verbal intolerável.
Por mais intenso que seja o ódio político que se vota a um inimigo, simplesmente não é normal inverter de maneira tão flagrante a lógica dos fatos e o seu sentido jurídico para fazer do agredido o agressor e do revide injurioso, por mais grosseiro que fosse, um crime mais grave que o de calúnia.
Pior: todos os que incorreram nessa loucura faziam-no em tom de tão profunda indignação – alguns chegando até às lágrimas --, que não pareciam, de maneira alguma, estar mentindo deliberadamente. Ao contrário: a coisa era uma inversão histérica genuína, característica, indisfarçável. E coletiva.
A passagem do tempo não parece tê-la curado, mas agravado. Ainda esta semana, como o deputado Bolsonaro relembrasse o episódio, mostrando não arrepender-se do que tinha dito a Maria do Rosário, a deputada Jandira Feghali viu nisso, não, como seria normal, uma prova de falta de educação, mas – pasmem – uma confissão de estupro. E, aos berros, exigia a cassação do mandato de Bolsonaro, alegando que “não podemos admitir a presença de um estuprador nesta Casa”. Não deixa de ser significativo que, nessa mesma semana, uma pesquisa da Universidade da Califórnia revelasse que a incapacidade de perceber o sarcasmo pode ser um sintoma de demência.
Porém ainda mais significativo é que, também na mesma semana, a deputada, lendo uma frase minha segundo a qual todos deveríamos “atirar à cara dos comunistas, em público, todo o mal que fizeram”, lançou o alarma: Olavo de Carvalho prega assassinato de comunistas!
O histérico não enxerga o que está diante dos seus olhos, mas o que é projetado na tela da sua imaginação pelo medo e pelo ódio.







Fonte: http://www.dcomercio.com.br/categoria/opiniao/psicopatia_e_histeria_





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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Quantos policiais morrem por ano no Brasil?

Quantos policiais morrem por ano no Brasil?

     

A cena se repete por todo o Brasil. O cortejo fúnebre chega ao cemitério escoltado por várias viaturas policiais. Muitos outros policiais comparecem fardados, mesmo estando de folga, para poder acompanhar as últimas homenagens a um colega que honrou a promessa de dar a vida pelo Brasil com seu próprio sangue. Durante o velório as palavras de conforto do Capelão militar relembram que aqueles que morrem na amizade com Deus não perecerão em definitivo, mas terão a vida eterna. 

Após o velório, sempre carregado de emoção e dor, o policial falecido é escoltado pela guarda fúnebre para as honras militares. 

Primeiro o cortejo para diante da guarda de honra que, perfilada com fuzis, fazem a salva de tiros. Nesse momento o corneteiro toca o "toque de silêncio", um dos toques de corneta mais tristes que existe, que mais parece um lamento. 

Em seguida o comandante da guarda de honra comanda, com a espada desembainhada e de cabeça para baixo, "em funeral, apresentar armas", e todos prestam uma dolorosa continência ao saudoso amigo. 

Depois, em meio a muita emoção, que agora explode em lágrimas e choro franco, inicia-se a baixa ao túmulo. 

O Comandante Geral, ou o Comandante do policial, entrega a bandeira do Brasil, símbolo máximo do nosso país e que simboliza cada família e cada cidadão brasileiro, dobrada a um familiar do herói, geralmente a sua mãe. 

Essa cena se repete, praticamente, todos os dias do ano em algum lugar do Brasil. E, infelizmente, a frequência dessa cena aumenta a cada ano. Geralmente, exceto em honrosas exceções, nenhuma autoridade pública comparece ao enterro além do Comandante e dos colegas. Nenhuma rede de televisão. Nenhuma rádio. Nenhum jornal. Nada. No noticiário televisivo da noite seguem as notícias como se nada de importante tivesse acontecido naquele dia. Como se a família de um herói brasileiro não tivesse, em um instante, ficado, irremediavelmente, menor. 

No outro dia mais uma esposa, mãe ou filho(a) receberá aquela terrível ligação telefônica, geralmente do Oficial de Dia, do Comandante ou do Capelão militar, informando que, infelizmente, aconteceu uma coisa muito ruim com o seu esposo, pai ou filho, e que em nome da Polícia Militar ele sente muito. 

Isso acontecerá no outro dia de novo. E no outro e no outro. Com o tempo passamos a nos acostumar com essa rotina. 

Mas será que isso é normal? Será que em países da Europa ou nos Estados Unidos as coisas são assim? 

A resposta é simples e direta: Não.
Enterro de Policial militar. Ocorre, em média, um por dia no Brasil.Enterro de Policial militar. Ocorre, em média, um por dia no Brasil.
O jornalista Alexandre Garcia afirmou, ao vivo durante os programas "Bom dia Brasil" da TV Globo e na rádio CBN, que o Brasil é o país do mundo onde mais se mata policiais. No país morrem, por ano, em média, 490 policiais. Esse número medonho fez correr o vídeo da participação dele no programa, e na rádio, por toda a internet e, finalmente, trouxe à baila um assunto considerado tabu pela elite universitária e jornalística do Brasil: O massacre que os policiais brasileiros vem sofrendo há mais de 20 anos.
Em um artigo anterior, datado de 2 de fevereiro de 2014, eu já tinha alertado que o número de policiais mortos no Brasil era na casa de 500 por ano. Esse número, absurdo e de guerra civil, é ainda mais chocante quando comparado aos da polícia dos Estados Unidos da América do Norte. Por lá, por ano, morrem em média 70 policiais. Isso mesmo, 70. O mais impressionante é que nos EUA existem gangues perigosíssimas, pode-se comprar armas de fogo em supermercados ou lojinhas na esquina (o que comprova, mais uma vez, que esse papo de desarmamento da população civil é conversa pra boi dormir dita por militantes de má fé), tem graves problemas com terrorismo e étnicos, além de ter uma população muito maior que a nossa, o Brasil tem 200 milhões de pessoas e os EUA 300 milhões, o que mostra que ao invés do paraíso utópico prometido pela esquerda, foi entregue um inferno real, já que o Brasil tem em média quase 70 mil homicídios por ano, enquanto nos EUA são 12 mil.
Para que tenhamos uma ideia do tamanho da tragédia basta dizer que nos últimos 20 anos morreram no Brasil, aproximadamente, 10 mil policiais. É como se em 20 anos todo o efetivo das polícias militares de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tivesse sido assassinado. Isso deve ser o suficiente para que mesmo os mais teimosos e recalcitrantes comecem a vislumbrar o tamanho da carnificina contra milhares de homens e mulheres que juraram defender o Brasil e o fizeram com o custo da sua própria vida. É preciso colocar mais um número terrível no papel: para cada morto tem-se, em média, três feridos. O que dá o número de mais de 30 mil policiais feridos em 20 anos. Como base de comparação é como se a Polícia Militar da Bahia tivesse o seu efetivo inteiro ferido durante esse período. São números impressionantes. São números de uma guerra civil. São números que, somados aos dos homicídios da população, nos fazem refletir sobre o risco que cada brasileiro corre de sofrer uma violência grave ao longo da vida, e a dos policiais mais ainda.
Mas afinal, por que o Brasil que era um país muito mais tranquilo e seguro até a década de 90 se tornou uma terra sem lei com números de genocídio? A resposta é simples: ideologia. Com a chegada da esquerda ao poder, primeiro os Sociais Democratas em 1994 e depois os revolucionários em 2002, o Brasil começou a sofrer um processo degenerativo em todas as suas relações humanas que, passo a passo, levaram para o cenário que temos hoje. Primeiro se optou por começar uma lenta e insidiosa campanha de difamação contra as polícias militares. Usando casos de ações da PM contra ela, a grande mídia, os agentes culturais e universitários e até mesmo militantes dentro da Igreja Católica, começaram a inverter a realidade, mostrando sempre o policial como bandido e o bandido como herói. É inegável que "intelectuais" (aqui no sentido gramsciano do termo) tiveram uma ação decisiva nesse processo, pois formaram uma geração inteira de brasileiros, seja nos cursos universitários, seja nas escolas médias, que acreditavam no papo furado da "luta de classes" e, mesmo sem saber, já que pelos os dados disponíveis mais de 30% dos estudantes universitários no Brasil é analfabeto funcional, ou seja, não consegue interpretar um texto simples, passaram a odiar os policiais, os militares, os religiosos, os pais, a família e a Deus, trocando o certo pelo errado, e por isso cultivando como heróis vagabundos psicopatas como "Che Guevara", Lamarca, Marighela, dentre outros. Afinal, o diabo não é tão feio e mal quanto dizem...
Em vinte anos mais de 10 mil policiais morreram no Brasil. Para as famílias tristeza e saudade.Em vinte anos mais de 10 mil policiais morreram no Brasil. Para as famílias tristeza e saudade.
Como segundo ponto de inversão revolucionária dos valores tradicionais enraizados no Brasil, que são os valores cristãos, optou-se por usar a linguagem e os sentimentos do cristianismo contra a população cristã. Essa técnica, vinda da escola de Frankfurt e idealizada por marxistas como Herbert Marcuse, mostrava que a nova classe revolucionária a ser utilizada para realizar a revolução era a classe dos criminosos, dos drogados e das prostitutas e que por isso era necessário todo um novo arcabouço argumentativo a favor desses grupos e contra a moral, o bem, a religião e a família, que são as bases de toda a sociedade. Por isso que no Brasil proliferam nos cursos de ciências sociais todo o tipo de "pesquisa" e trabalhos "científicos" mostrando que os criminosos não são maus e algozes sanguinários de vítimas indefesas, mas são, na verdade, vítimas da sociedade, que os oprimiram por conta da sociedade de consumo e que eles, num ardor revolucionário inconsciente, pegam em armas e começam a roubar, matar e destruir tudo em nome da "justiça social". Por isso que uma das facções criminosas mais antigas do país tem o nome de "Comando Vermelho" e a outra, o PCC, ter a mesma sigla do famoso e glorificado "Partido Comunista Cubano, PCC".
Outra razão para esses números absurdos de criminalidade é a cultura criminal criada e disseminada, por organizações e empresas milionárias, que passaram a estimular, literalmente, em verso e prosa o crime e a sua subcultura. Existe hoje um verdadeiro exército de cantores, produtores de filmes e clipes, "artistas" que vivem de propagar o crime, cometendo eles mesmos o crime de apologia ao crime, previsto no código penal nos seus artigos 286 e 287. Com esse artifício o consumo de drogas (principalmente a maconha), os roubos, pichações, gangues e outros crimes tiveram os seus números de praticantes e de vítimas aumentados exponencialmente. Mas se o consumo de drogas explodiu não tem problema, as FARC estão aí para produzir e entregar pelas abandonadas fronteiras brasileiras a quantidade que for necessário, mesmo que isso custe um rio de sangue.
Alia-se a isso a profunda alteração das leis penais e de execução penal, a começar com o famigerado Estatuto da Criança e do Adolescente, que praticamente acabaram com o cumprimento de penas no Brasil. Como policial militar presenciei, inúmeras vezes, um criminoso preso em flagrante por um crime grave, ter uma ficha corrida de mais de 20 passagens, todas com prisão em flagrante e, após um período ridículo de cadeia, ou nem isso, votar para a rua com aquela empáfia e ousadia que só a impunidade consegue fazer no bandido. Esse processo, como os outros já citados, foi, também, criado de propósito, com o fim específico de transformar o Brasil no que é hoje: um inferno de crime e de impunidade. Mas, afinal, o que importa é a revolução e o futuro glorioso de uma sociedade sem classes e sem sofrimento, nem que seja necessário matar e escravizar toda a população do país. Se ao final do processo o paraíso na terra não chegar e ficar apenas um inferno cubano não tem problema, afinal quem sobrou para reclamar?
Comandante Geral entrega a bandeira do Brasil para o pai de policial morto em serviço. Tragédia diária.Comandante Geral entrega a bandeira do Brasil para o pai de policial morto em serviço. Tragédia diária.
Por fim, assistimos agora a suprema indecência desse grupo político ideológico que quer, como sempre com a promessa de resolver o problema que ele mesmo criou, extinguir a Polícia Militar brasileira com um papo furado de "desmilitarização", por conta "dos inúmeros crimes contra os direitos humanos". Esse argumento é de uma má fé ultrajante. Além de usar a velha tática de Lênin (acuse-os do que você faz e xingue-os do que você é) culpando a PM dos índices criminais altos e que fazem dos policiais as suas vítimas preferenciais, querem acusar a PM de desrespeitar os direitos humanos. Obviamente que isso é só uma mudança de foco e uma distração pois o objetivo final, nunca declarado abertamente é claro, é acabar com a força reserva interna do Exército, que são as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares, que contam atualmente com mais de 650 mil homens em condições de pronto emprego. Foi a Polícia Militar que não permitiu que o país entrasse com colapso durante os violentos protestos e ações de desestabilização ocorridos durante a Copa das Confederações em 2013, onde mais de 300 policiais saíram feridos, alguns gravemente, e outros tantos processados e perseguidos pela mídia. Com a ação enérgica da PM o plano de aprovar, no rastro do desespero dos protestos, a tão famosa reforma política e o plebiscito falharam vergonhosamente. Mas extinguir a PM não tem problema, pois o Brasil é um país tranquilo, com índices criminais baixos e que o único problema é o fato da polícia ser militar e poder ser acionada pelo Exército em caso de caos interno. O fim da PM vai trazer uma nova era para o Brasil. O PCC e as FARC agradecem.
Espero que esse artigo, por vezes provocativo, tenha despertado para os números absolutamente inaceitáveis do crime no Brasil, que faz com que o nosso país seja o país que mais morre policial no mundo. Esse massacre dos heróis que juraram, perante Deus e a bandeira do Brasil, dar a vida pela sociedade, tem que ser primeiro reconhecido, para que se pare de enfraquecer as corporações que ainda fazem frente ao exército de criminosos que andam a solta nas ruas buscando a quem devorar. Em segundo lugar a sociedade civil, os órgãos de Estado, as empresas de mídia, os parlamentares, os educadores e todos os brasileiros de boa fé e que amam o Brasil tem que se posicionar em defesa daqueles que morrem para os defender. Se os brasileiros não acordarem e não tiverem coragem de agir, de maneira clara e decidida, em favor das suas polícias militares pode ser que acordem um dia e descubram que não sobrou ninguém para vir lhe proteger da horda de marginais armados que está dobrando a esquina.
Capitão Olavo Mendonça.

Sugiro a leitura dos seguintes artigos que podem ajudar a aprofundar o entendimento do tema: 

Depoimento da mãe do policial militar Pietro executado em São Paulo.

Qual a diferença da polícia dos Estados Unidos e a do Brasil?

O homem, a polícia e os glóbulos brancos

A polícia, o bem e o mal

Sonho interrompido

Cultura Criminal

Os heróis da PM

Polícia e Bandido. Por Alexandre Garcia

Inversão moral – Amigos de rapaz preso, acusado de agressão covarde a coronel da PM, transformam a vítima em algoz

Só existe polícia militar no Brasil?

A desmilitarização da PM e o genocídio do crime no Brasil 


Veja os vídeos citados no artigo:




Referências:
 Fonte da Foto: Extra Rio.


Artigos Relacionados 

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Artigo de um Sargento Policial Militar: Não queremos ser oficiais!

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O que fazer para ganhar um salário de Coronel da Polícia Militar?

Leia e entenda a PEC 51 que quer desmilitarizar as PM's

DEPRECIAR, DESMERECER, DESMILITARIZAR

Os heróis da PM

A falácia da desmilitarização da polícia

O homem, a polícia e os glóbulos brancos

Faça a sua parte: Estude!

Segurança Pública e a luta de classes

Pedagogia do crime

Mocinho e Bandido

As Polícias Militares são Constituídas por Oficiais e Praças

Jornal inicia campanha anticristã contra policiais


Fonte - http://blitzdigital.com.br/index.php/artigos/945-quantos-policiais-morrem-por-ano-no-brasil


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