Em entrevista à jornalista Marlen Gonzalez, Benicio del Toro gaguejou, ficou mudo e, por fim, deve ter se arrependido amargamente da dita cuja.
A entrevista referia-se à estreia mudial do filme CHE, protagonizado por Del Toro, que também conta com Rodrigo Santoro no papel de Fidel Castro.
A entrevista referia-se à estreia mudial do filme CHE, protagonizado por Del Toro, que também conta com Rodrigo Santoro no papel de Fidel Castro.
A primeira pergunta: "por que estrear um filme sobre Che Guevara numa cidade (Miami) onde vivem tantos cubanos vitimados por um sistema que ainda está implantado em Cuba? É uma provocação?"
Benicio gagueja.
E ela completa: "O filme traz uma imagem positiva do Che, e imagine que, se fosse sobre Hitler, estaria ofendendo aos judeus.."
Ele diz que o Che não criou campos de concentração.
E ela: "Estamos falando sobre assassinos. Não é o mesmo crime assassinar uma pessoa, cem ou cem mil?"
E acrescenta: "Você sabia que o Che, quando esteve encarregado da prisão de La Cabaña, mandou fuzilar pessoalmente mais de 400 pessoas?"
Benicio del Toro fala de pena de morte e ela contesta, já que foram execuções sumárias, sem julgamento..
Ele afirma então que eram terroristas ligados ao ex-ditador Batista. (Santa inocência!)
Ela o contesta, dizendo que foram assassinados por suas opiniões contra o governo revolucionário, por suas consciências.
Ele fica muuuito desconfortável.
A jornalista indaga por que o filme não mostra os fuzilamentos, os disparos que o próprio Che deu, em execuções, a sangue frio.
O ator não sabe.
E, por fim, ela pergunta se Benicio conhece a seguinte declaração de Che Guevara:
"A forma mais positiva e mais forte que há, à parte de toda ideologia, é um tiro em quem se deve dar em seu momento".
"Não me lembro, exatamente", responde ele.
E ela lhe presenteia com o livro "Guevara: Misionero de la Violencia", escrito por Pedro Corzo, historiador cubano e ex-preso político na ilha.
Ah, claro: a jornalista Marlen Gonzalez é de origem cubana.
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