domingo, 14 de outubro de 2012

Passeio em Pituaçu 14-10-2012

Para oxigenar o cérebro de vez em quando é bom fazer alguma atividade física. Como não tenho muita paciência para academia e não sou muito disciplinado, opto por passeios esporádicos de bicicleta ou mesmo caminhadas com pequenos trechos de corrida. Nada muito puxado, afinal estou com mais de 100 Kg e não tem articulação que aguente, principalmente se não tiver usando um mínimo de equipamento adequado.

Neste domingo fomos para este belo lugar da cidade ainda com alguma mata, sons de besouro, pássaros cantando e o som do vento balançando as folhagens. Como sabem o percurso de aproximadamente 15 Km que da para ser percorrido entre 60 a 70 minutos sem muita pressa, passeando mesmo.
 
 
 
 
 
Confiram a beleza do clima, céu azul com algumas nuvens. Uma maravilha.


 
 
Uma paradinha básica para hidratação. Rosangela de uma lado e Jennepher Damásio do outro...

 
 
...e fotos da paisagem e dos novos equipamentos, como as luvas e o capacete da amiga Rosangela.
 
Nos cinco últimos quilômetros começou a chover, uma chuva fina que foi ficando mais e mais forte. E continuamos a pedalar afinal, ninguém é de açúcar para derreter. Emocionante um banho de chuva sem culpa como aqueles da infância nas cidades do interior, com direito a muitos Uhuuuuuss, seguidos do eco dos demais.

Até a próxima...

sábado, 13 de outubro de 2012

A esquerda nas escolas

Caso não saibam, existe um plano estratégico de cooptação ao pensamento esquerdista (inclui o PT é claro) da maioria dos estudantes através de ações em Grêmios Estudantis e Diretórios Acadêmicos.

Por quê? Bom, lá vai. Acredito que é por estarem na fase da vida mais propícia para manipulação por reunirem as condições mais adequadas geradas por uma condição física: a imaturidade neurobiológica da adolescência associado a profusão caótica de hormônios. Em outras palavras, falta cérebro e sobram hormônios.

Explico: Como a garotada está em um período neurobiológico de imaturidade do córtex pré-frontal, a mais recente parte do cérebro a se acrescentar no processo evolutivo, e que nos caracteriza como homo sapiens . E a parte responsável por funções fundamentais da civilização como "o pensamento, o planejamento de ações e a consequente inibição ou expressão destas ações, ou seja, a execução, decisão, noções de tempo e espaço, a personalidade de cada um, a própria consciência" ainda não alcançou a plenitude de seu desenvolvimento (por volta dos 20 anos).

Além disso, existe uma grande revolução hormonal devido a natural fase da adolescência. É a fase  em que tudo está ruim e tudo é motivo de revolta, com uma forte tendência a agir em bando. Como disse Mauricio Knobel, esta época da vida pode ser definida como "Síndrome da Adolescência Normal" com as seguintes características:

1. Busca de si mesmo e da identidade;
2. A tendência grupal;
3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar;
4. Crises religiosas;
5. A vivência do tempo;
6. A sexualidade;
7. Atitude social reivindicatória;
8. Condutas contraditórias;
9. Separação progressiva dos pais;
10. Constantes flutuações do humor.

Mesmo antes destas coisas serem estudadas e estarem no papel já se conhecia este padrão de comportamento a milênios. O que se faz é dar uma causa, apresentada em um boa embalagem mesmo que o conteúdo seja fedido.

Porque os pais ou tios levam seus pequenos torcedores desde pequenos para os estádios de futebol, e porque os doutrinadores entram nas escolas e se infiltram no meio dos estudantes? Simples: criar seguidores.

E aí não importa que o time seja de primeira divisão e que a ideologia seja a que mais assassinou gente no Sec. XX. O que importa, como sempre se soube,  é que durante as manifestações coletivas de apoio, as emoções são tão fortes que as decisões tomadas ali tomadas movidas pelas paixão das arquibancadas ou das assembleias são duradouras, mesmo, como já disse, que o time ou a ideologia sejam de segunda. Mas será que esta escolha foi sua mesmo????

Estarão todos motivados a conseguir explicações para justificar sua escolha, sempre baseando-se, não tanto nos feitos do passado, mas principalmente na conquista de um futuro glorioso em que todos são co-partícipes. E assim se cria a militância, ou seja, como disse Olavo de Carvalho, "...é estar inserido numa organização política, submetido a uma linha de comando e envolvido por uma atmosfera de camaradagem e cumplicidade com os membros da mesma organização."

Uma boa definição foi dada pelo escritor inglês H. G. Wells, autor de A Guerra dos Mundos, ao descrever o alemão Karl Marx e seus seguidores “Uma mente de terceira, postulador de uma tese de segunda, propagandeada por fanáticos de primeira.”

Outra coisa: A direita (ou conservadores) foram eliminados neste país, restando apenas vestígios. Hoje a briga é se o político é de esquerda, ou da esquerda da esquerda, ou ainda da direita da esquerda. Basta estudar um pouquinho e verificar as origens ideológicas de seus atos, não de seus discursos, já que mentem como ninguém.



José Lamartine Neto
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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Uma vida para doentes mentais



Luiz Felipe Pondé, Folha de SP, 08 outubro 2012


Vivemos uma vida para doentes mentais. A Romênia já nos deu Cioran, Eliade, Ionesco. Agora nos dá Matéi Visniec, e a É Realizações traduziu várias de suas peças.

Entre elas, "A História do Comunismo Contada aos Doentes Mentais" nos dá a conhecer um medíocre escritor, convidado a contar a história do comunismo a doentes mentais dias antes da morte de Stálin.

Mas, para além do aspecto específico de uma reflexão sobre a conhecida praga do marxismo, chama atenção a reflexão sobre o mal que o autor faz em suas obras, principalmente na face contemporânea e histórica.

Os romenos são grandes "filósofos do mal". Tenho um profundo preconceito por quem acha que não existe o mal. Este tipo de antropólogo de boutique que confunde relativismo cultural com discussão moral séria.

Segundo o que nos dizia Cioran, na Romênia, ninguém se dava ao luxo de suspeitar da existência do mal, porque o fatalismo pessimista daquele povo era por demais "empírico": séculos de violência.

Segundo o autor, o mal em sistemas totalitários é fácil de ser identificado: a perda da liberdade, da privacidade, do horizonte, enfim, do tônus da vontade. Mas, na França em que vive desde seu exílio em 1987, o mal não é tão fácil de ser identificado. Para Visniec, aquilo que as ditaduras marxistas não conseguiram realizar plenamente, a formatação do homem para a condição de gado ou de doente mental, a "liberdade de consumo" das democracias ocidentais estão conseguindo. Este é o "nosso mal".

Como o leitor bem sabe, suspeito de toda crítica à sociedade de mercado quando feita por alguém que supõe conhecer uma melhor forma de vida e que afirma que esta melhor forma passa pelas ideias idiotas que alimenta em sua cabecinha intelectualmente provinciana e autoritária. Mas este não é o caso de Visniec.

Tendo vivido sob o regime totalitário marxista, ele carrega a marca de quem conheceu o mal na intimidade que só a forma banal do cotidiano traz.

Para as sociedade ocidentais funcionarem, temos que comprar. Para comprar no nível que a máquina econômica nos pede, temos que, mais do que comprar, consumir sempre e cada vez mais. Portanto, ao consumirmos "livremente" e com alegria, somos o gado pacificado que os regimes marxistas tentaram criar e não conseguiram. Um cidadão responsável neste mundo afirma sua integridade pagando a conta do Visa em dia.

Só alguém sem alma pode ver um shopping center no fim de semana e não ter vontade de vomitar. Um certo mal-estar com relação à sociedade de consumo é necessário se você quiser manter sua saúde mental em dia. A sociedade que consome sem um mínimo de mal-estar é uma sociedade de doentes mentais.

O problema é que não conhecemos nenhuma experiência histórica real na qual a liberdade política tenha sobrevivido ao extermínio da liberdade de iniciativa econômica.

Por outro lado, a vida humana é precária e tudo tem um custo real. Não conhecemos nenhuma forma de criar ciência, conforto, técnica, direitos humanos sem o uso de dinheiro. E assim voltamos ao consumo: o consumo garante a sobrevivência da economia no nível exigido pelo nosso desejo de conforto, ciência, técnica, direitos humanos.

Visniec se choca com uma Europa que tudo que parece querer é comprar. O Leste Europeu, quando ficou livre, gritou "Prada!". A liberdade conquistada foi para ir ao shopping no fim de semana e comprar toda essa gama de lixo que se compra, com a "boca cheia de dentes esperando a morte chegar...".

Nenhum intelectual parece entender que somos banais como doentes mentais.

Visniec pensa que temos que buscar novas utopias. O interessante é lembrar que a felicidade representada pelo "sou livre para comprar" também foi uma utopia na Europa. O euro é o nome dessa utopia.

Melhor abrirmos mão da ideia de utopia. Quanto mais rápido desistirmos de um mundo melhor, mais rápido perceberemos que a consciência, de fato, é um ônus.

E também, como dizia Yeats, "os melhores não têm convicções enquanto que os piores estão sempre cheios de intensidade passional". O desafio hoje é pensar sem utopias.

sábado, 6 de outubro de 2012

Hobsbawm: a inteligência a serviço do obscurantismo

Hobsbawm: a inteligência a serviço do obscurantismo

Reinaldo Azevedo

06/10/2012   às 18:14

 
Imperdível para quem gosta de história e de história das ideias o texto que Eurípedes Alcântara escreve na VEJA desta semana sobre o historiador inglês Eric Hobsbawm, que morreu no dia 1º deste mês, aos 95 anos.
Os males que o socialismo causou à humanidade não são triviais. Deveria bastar, para despertar o repúdio dos sensatos, o fato de que nenhuma outra convicção, ideologia, crença ou religião matou tanta gente. Não obstante, os marxistas ainda reivindicam, e assim são tratados, a condição de viajantes da utopia e da generosidade.
Fora da esfera moral, há a histórica, aquela em que transitava Hobsbawm, considerado o último grande vivo de uma ideia homicida. À sua morte, seguiram-se os panegíricos e os textos hagiográficos. É como se ele não fosse, até outro dia, o decano de uma fantasia liberticida — que, de resto, evidenciou a falência de todos os seus pressupostos teóricos.
Mediei um debate com ele em meados dos ano 90. O comunismo já havia desmoronado sob qualquer ângulo que se queira. Hobsbawm, acuado pelos fatos, seguia, no entanto, prisioneiro de uma ideia. As tolices de um homem inteligente são sempre mais chocantes do que as de um estúpido. Segue trecho do texto de Alcântara.
*
Os ingleses são apaixonados por história. A Inglaterra deu ao mundo extraordinários historiadores. Edward Gibbon produziu no século XVIII a narrativa definitiva do declínio e queda do Império Romano. No século seguinte, Macaulay escreveu uma história da Inglaterra que ainda não foi superada. Muitos outros se ombrearam com esses em pesquisas e relatos rigorosos, originais, honestos e sagazes da história contemporânea. Alan John Percivale Taylor, Hugh Redwald Trevor-Hoper, Arnold Toynbee, para citar alguns poucos. Eric Hobsbawm, morto aos 95 anos na semana passada, não forma nesse time por ter deixado sua devoção religiosa ao marxismo embaçar sua visão do século XX.
O marxismo é um credo que tem profeta, textos sagrados e promete levar seus seguidores ao paraíso. Os poucos sistemas políticos erguidos sobre essa fé desapareceram. Sobraram umas ilhas de miséria insignificantes. Como todas as teocracias, os governos marxistas foram ditatoriais, intolerantes, rápidos no gatilho contra quem discordava deles — foram estados assassinos. O escritor inglês H.G. Wells, autor de A Guerra dos Mundos, descreveu o alemão Karl Marx (1818-1883) como “uma mente de terceira, postulador de uma tese de segunda, propagandeada por fanáticos de primeira”.
Hobsbawm teve a chance de presenciar evidências concretas de seus equívocos. Ele testemunhou o desmoronamento do comunismo, com a implosão do sistema soviético no começo da década de 90. Só muitos anos mais tarde admitiu que, por ter sido tão completo o colapso da União Soviética, “parece agora óbvio que a falha estava embutida no empreendimento desde o começo”. O encadeamento dedutivo lógico, racional, dessa constatação só podia ser o reconhecimento de que sua própria obra tinha uma falha estrutural de nascença — a cegueira aos crimes do comunismo.
Mas fé e razão não andam juntas. Van Gogh foi um louco que pintava nos momentos de lucidez. Ernest Hemingway era um porre quando bebia — e entornava —, mas escrevia sóbrio. Hobsbawm foi um comunista que fez coisas notáveis quando lúcido. Os filósofos Isaiah Berlin e Leszek Kolakowski demonstraram que o marxismo atua no mesmo nível mental da transcendência, área distante da que processa os pensamentos e atos racionais. Isso explicaria por que, mesmo morto e enterrado como teoria e prática, o marxismo sobrevive como igreja — ou igrejinha, quando instalado em círculos acadêmicos. Cardeal da seita. Hobsbawm tinha convicções impermeáveis aos fatos e à lógica.
Karl Marx se acreditava um observador científico da realidade cujas afirmações sobre a superação do capitalismo pela revolução comunista não eram meras previsões. Eram profecias. A classe operária ficaria tão numerosa e miserável que tomaria inevitável o confronto vitorioso final com a burguesia. Algo deu errado. Em vez de empobrecerem, os operários foram ficando mais ricos — muito mais ricos do que seus antepassados jamais sonharam. Os países europeus, alvo de Marx, aplacaram a radicalidade das massas com reformas e assistência social.
Marx recebeu uma carta de Friedrich Engels, o amigo que o sustentava com a mesada do pai, rico industrial alemão. A carta era um lamento desesperado: “Os proletários ingleses estão se tomando mais e mais burgueses, mais burgueses do que os de qualquer outra nação: nós temos agora uma burguesia aristocrata e também uma burguesia proletária”. É desconhecida a reação de Marx ao choque dado por Engels, mas nas religiões, a realidade não tem valor de convencimento. Os crimes cometidos por líderes e seu aparato de eliminação dos adversários (e dos aliados incômodos), a derrota moral e material da seita? São argumentos insignificantes para os convertidos.
(…)
Leia a íntegra na revista.
Por Reinaldo Azevedo

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

COMUNISMO no BRASIL - A DITADURA do Proletariado

Nós Queríamos Implantar o COMUNISMO no BRASIL - A DITADURA do Proletariado - disse Fernando Gabeira no vídeo abaixo.




BRASIL, GUERRILHA E TERROR - A Verdade Escondida.



Eduardo Jorge admite o que Dilma sempre escondeu: "Éramos a favor da ditadura do proletariado"



O anúncio de Olavo Bilac

O anúncio de Olavo Bilac Autoria desconhecida Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade rural, um ...