sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

O anúncio de Olavo Bilac

O anúncio de Olavo Bilac

Autoria desconhecida

Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade rural, um sítio que lhe dava muito trabalho e despesas. Ele reclamava que era um homem sem sorte, pois as suas propriedades davam-lhe muitas dores de cabeça e não valia a pena conservá-las. Pediu então ao amigo poeta para redigir o anúncio de venda do seu sítio para publicá-lo no jornal, pois acreditava que se ele descrevesse a sua propriedade com palavras bonitas, seria muito mais fácil vendê-la.



E assim Olavo Bilac, que conhecia muito bem o sítio do amigo, redigiu o seguinte texto:

Vende-se encantadora propriedade onde cantam os pássaros, ao amanhecer, no extenso arvoredo. É cortada por cristalinas e refrescantes águas de um ribeiro. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranquila das tardes, na varanda”.

Meses depois, o poeta encontrou o seu amigo e perguntou-lhe se tinha vendido a propriedade.

- Nem pensei mais nisso”, respondeu ele. “Quando li o anúncio que você escreveu, percebi a maravilha que eu possuía. Desisti de pronto”.

Algumas vezes, só conseguimos enxergar o que possuímos quando pegamos emprestados os olhos alheios

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sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Método Paulo Freire, ou Método Laubach?

Método Paulo Freire, ou Método Laubach?

David Gueiros Vieira (*)

Mídia Sem Máscara 09/03/2004

O Método Laubach de alfabetização de adultos foi criado pelo missionário protestante norte-americano Frank Charles Laubach (1884-1970). 



Desenvolvido por Laubach nas Filipinas, em 1915, subseqüentemente foi utilizado com grande sucesso em toda a Ásia e em várias partes da América Latina, durante quase todo o século XX.

Em 1915, Frank Laubach (foto) fora enviado por uma missão religiosa à ilha de Mindanao, nas Filipinas, então sob o domínio norte-americano, desde o final da guerra EUA/Espanha. A dominação espanhola deixara à população filipina uma herança de analfabetismo total, bem como de ódio aos estrangeiros.

A população moura filipina era analfabeta, exceto os sacerdotes islamitas, que sabiam ler árabe e podiam ler o Alcorão. A língua maranao (falada pelos mouros) nunca fora escrita. Laubach enfrentava, nessa sua missão, um problema duplo: como criar uma língua escrita, e como ensinar essa escrita aos filipinos, para que esses pudessem ler a Bíblia. A existência de 17 dialetos distintos, naquele arquipélago, dificultava ainda mais a tarefa em meta.

Com o auxílio de um educador filipino, Donato Gália, Laubach adaptou o alfabeto inglês ao dialeto mouro. Em seguida adaptou um antigo método de ensino norte-americano, de reconhecimento das palavras escritas por meio de retratos de objetos familiares do dia-a-dia da vida do aluno, para ensinar a leitura da nova língua escrita. A letra inicial do nome do objeto recebia uma ênfase especial, de modo que aluno passava a reconhecê-la em outras situações, passando então a juntar as letras e a formar palavras.

Utilizando essa metodologia, Laubach trabalhou por 30 anos nas Filipinas e em todo o sul da Ásia. Conseguiu alfabetizar 60% da população filipina, utilizando essa mesma metodologia. Nas Filipinas, e em toda a Ásia, um grupo de educadores, comandado pelo próprio Laubach, criou grafias para 225 línguas, até então não escritas. A leitura dessas línguas era lecionada pelo método de aprendizagem acima descrito. Nesse período de tempo, esse mesmo trabalho foi levado do sul da Ásia para a China, Egito, Síria, Turquia, África e até mesmo União Soviética. Maiores detalhes da vida e trabalho de Laubach podem ser lidos na Internet, no site Frank Laubach.

Na América Latina, o método Laubach foi primeiro introduzido no período da 2ª Guerra Mundial, quando o criador do mesmo se viu proibido de retornar à Ásia, por causa da guerra no Pacífico. No Brasil, este foi introduzido pelo próprio Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro. Naquele ano, esse educador veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia, como já fizera em vários outros países latino-americanos.

Lembro-me bem dessa visita, pois, ainda que fosse muito jovem, cursando o terceiro ano Ginasial, todos nós estudantes sabíamos que o analfabetismo no Brasil ainda beirava a casa dos 76% - o que muito nos envergonhava - e que este era o maior empecilho ao desenvolvimento do país.

A visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão nos meios estudantis. Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e faculdades – não havia ainda uma universidade em Pernambuco - e conduziu debates no Teatro Santa Isabel. Refiro-me apenas a Pernambuco e ao Recife, pois meus conhecimentos dos eventos naquela época não iam muito além do local onde residia.

Houve também farta distribuição de cartilhas do Método Laubach, em espanhol, pois a versão portuguesa ainda não estava pronta. Nessa época, a revista Seleções do Readers Digest publicou um artigo sobre Laubach e seu método - muito lido e comentado por todos os brasileiros de então, que, em virtude da guerra, tinham aquela revista como único contato literário com o mundo exterior.

Naquele ano, de 1943, o Sr. Paulo Freire já era diretor do Sesi, de Pernambuco - assim ele afirma em sua autobiografia - encarregado dos programas de educação daquela entidade. No entanto, nessa mesma autobiografia, ele jamais confessa ter tomado conhecimento da visita do educador Laubach a Pernambuco. Ora, ignorar tal visita seria uma impossibilidade, considerando-se o tratamento VIP que fora dado àquele educador norte-americano, pelas autoridades brasileiras, bem como pela imprensa e pelo rádio, não havendo ainda televisão. Concomitante e subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de Deus. As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua “condição de oprimidas”. O autor dessas outras cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa “nova metodologia" - da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos - como se a mesma fosse da sua autoria.

Tais cartilhas foram de imediato adotadas pelo movimento estudantil marxista, para a promulgação da revolução entre as massas analfabetas. A artimanha do Sr. Paulo Freire "pegou", e esse método é hoje chamado Método Paulo Freire, tendo o mesmo sido apadrinhado por toda a esquerda, nacional e internacional, inclusive pela ONU.

No entanto, o método Laubach – o autêntico - fora de início utilizado com grande sucesso em Pernambuco, na alfabetização de 30.000 pessoas da favela chamada "Brasília Teimosa", bem como em outras favelas do Recife, em um programa educacional conduzido pelo Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, daquela cidade. Os professores eram todos voluntários. Essa foi a famosa Cruzada ABC, que empolgou muita gente, não apenas nas favelas, mas também na cidade do Recife, e em todo o Estado. Esse esforço educacional é descrito em seus menores detalhes por Jules Spach, no seu recente livro, intitulado, Todos os Caminhos Conduzem ao Lar (2000).

O Método Laubach foi também introduzido em Cuba, em 1960, em uma escola normal em Bágamos. Essa escola pretendia preparar professores para a alfabetização de adultos. No entanto, logo que Fidel Castro assumiu o controle total do poder em Cuba, naquele mesmo ano, todas as escolas foram nacionalizadas, inclusive a escola normal de Bágamos. Seus professores foram acusados de “subversão”, e tiveram de fugir, indo refugiar-se em Costa Rica, onde continuaram seu trabalho, na propagação do Método Laubach, criando então um programa de alfabetização de adultos, chamado Alfalit.

A organização Alfalit foi introduzida no Brasil, e reconhecida pelo governo brasileiro como programa válido de alfabetização de adultos. Encontra-se hoje na maioria dos Estados: Santa Catarina (1994), Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Sergipe, São Paulo, Paraná, Paraíba e Rondônia (1997); Maranhão, Pará, Piauí e Roraima (1998); Pernambuco e Bahia (1999).

A oposição ao Método Laubach ocorreu desde a introdução do mesmo, em Pernambuco, no final da década de 1950. Houve tremenda oposição da esquerda ao mencionado programa da Cruzada ABC, em Pernambuco, especialmente porque o mesmo não conduzia à luta de classes, como ocorria nas cartilhas plagiadas do Sr. Paulo Freire. Mais ainda, dizia-se que o programa ABC estava "cooptando" o povo, comprando seu apoio com comida, e que era apenas mais um programa “ïmperialista”, que tinha em meta unicamente "dominar o povo brasileiro".

Como a fome era muito grande na Brasília Teimosa, os dirigentes da Cruzada ABC, como maneira de atrair um maior número de alunos para o mesmo, se propuseram criar uma espécie de "bolsa-escola" de mantimentos. Era uma cesta básica, doada a todos aqueles que se mantivessem na escola, sem nenhuma falta durante todo o mês. Essa bolsa-escola tornou-se famosa no Recife, e muitos tentavam se candidatar a ela, sem serem analfabetos ou mesmo pertencentes à comunidade da Brasília Teimosa. Bolsa-escola fora algo proposto desde os dias do Império, conforme pode-se conferir no livro de um educador do século XIX, Antônio Almeida, intitulado O Ensino Público, reeditado em 2003 pelo Senado Federal, com uma introdução escrita por este Autor.

No entanto, a idéia da bolsa-escola foi ressuscitada pelo senhor Cristovam Buarque, quando governador de Brasília. Este senhor, que é pernambucano, fora estudante no Recife nos dias da Cruzada ABC, tão atacada pelos seus correligionários de esquerda. Para a esquerda recifense, doar bolsa-escola de mantimentos era equivalente a "cooptar" o povo. Em Brasília, como “idéia genial do Sr. Cristovam Buarque”, esta é hoje abençoada pela UNESCO, espalhada por todo o mundo e não deixa de ser o conceito por trás do programa Fome Zero, do ilustre Presidente Lula.

O sucesso da campanha ABC – que incluía o Método Laubach e a bolsa-escola - foi extraordinário, sendo mais tarde encampado pelo governo militar, sob o nome de MOBRAL. Sua filosofia, no entanto, foi modificada pelos militares: os professores eram pagos e não mais voluntários, e a bolsa-escola de alimentos não mais adotada. Este novo programa, por razões óbvias, não foi tão bem sucedido quanto a antiga Cruzada ABC, que utilizava o Método Laubach.

A maior acusação à Cruzada ABC, que se ouvia da parte da esquerda pernambucana, era que o Método Laubach era "amigo da ignorância" - ou seja, não estava ligado à teoria marxista, falhavam em esclarecer seus detratores - e que conduzia a “um analfabetismo maior”, ou seja, ignorava a promoção da luta de classes, e defendia a harmonia social. Recentemente, foi-me relatado que o auxílio doado pelo MEC a pelo menos um programa de alfabetização no Rio de Janeiro – que utiliza o Método Laubach, em vez do chamado “Método Paulo Freire” - foi cortado, sob a mesma alegação: que o Método Laubach estaria "produzindo o analfabetismo” no Rio de Janeiro. Em face da recusa dos diretores do programa carioca, de modificarem o método utilizado, o auxílio financeiro do MEC foi simplesmente cortado.

Não há dúvida que a luta contra o analfabetismo, em todo o mundo, encontrou seu instrumento mais efetivo no Método Laubach. Ainda que esse método hoje tenha sido encampado sob o nome do Sr. Paulo Freire. Os que assim procederam não apenas mudaram o seu nome, mas também o desvirtuaram, modificando inclusive sua orientação filosófica. Concluindo: o método de alfabetização de adultos, criado por Frank Laubach, em 1915, passou a ser chamado de “Método Paulo Freire”, em terras tupiniquins. De tal maneira foi bem sucedido esse embuste, que hoje será quase que impossível desfazê-lo.


BIBLIOGRAFIA

AYRES, Antônio Tadeu. Como tornar o ensino eficaz. Casa Publicadora das Assembléias de Deus, Rio de Janeiro, 1994.
BRINER, Bob. Os métodos de administração de Jesus. Ed. Mundo Cristão, S.P., 1997.
CAMPOLO, Anthony. Você pode fazer a diferença. Ed. Mundo Cristão, SP, 1985.
GONZALES, Justo e COOK, Eulália. Hombres y Ángeles. Ed. Alfalit, Miami, 1999.
GONZALES, Justo. História de un milagro. Ed. Caribe, Miami (s.d.).
GONZALES, Luiza Garcia de. Manual para preparação de alfabetizadores voluntários. 3ª ed., Alfalit Brasil, Rio de Janeiro, 1994.
GREGORY, John Milton. As sete leis do ensino. 7ª ed., Rio de Janeiro, JUERP, 1994.
HENDRICKS, Howard. Ensinando para transformar vidas. Ed. Betânia, Belo Horizonte, 1999.
LAUBACH, Frank C.. Os milhões silenciosos falam. s. l., s.e., s.d.
MALDONADO, Maria Cereza. História da vida inteira. Ed. Vozes, 4ª ed., S.P., 1998.
SMITH, Josie de. Luiza. Ed. la Estrella, Alajuela, Costa Rica, s.d.
SPACH, Jules, Todos os Caminhos Conduzem ao Lar, Recife, PE, 2000.



(*) O autor é historiador


Obs.: Essa é a moral comunista: apropriar-se da autoria intelectual de outros pensadores e dizer que é sua criação. Você já leu "Sobre a moralidade de Karl Marx", de Ipojuca Pontes? Pois leia, e vai saber que todos os chavões "criados" por Marx não passam de simples roubo, coisa típica de "petralha" (F.Maier).



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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Moedas digitais emitidas por bancos centrais é totalitária

A ameaça totalitária representada por moedas digitais emitidas por bancos centrais

Por Leandro Ruschel
Em 09/08/2023



Poucos instrumentos ameaçam mais a liberdade individual do que moedas digitais emitidas por BCs, como a Drex, anunciada pelo Banco Central do Brasil, ontem.

Nas palavras de Augustin Carstens, Diretor Geral do BIS, uma espécie de banco central dos bancos centrais:

"Nós não sabemos quem está usando uma nota de US$ 100, hoje. A maior diferença com a CBDC (Central Bank Digital Currency) é que os BCs terão CONTROLE ABSOLUTO nas regras que determinarão o uso da moeda, e a tecnologia para fazer tais regras valerem."

Ou seja, caso essas moedas sejam adotadas, na prática ninguém será mais dono do seu dinheiro, mas terá uma autorização de uso desses valores.

Já foi revelado que a Drex, moeda digital brasileira, já traz no seu código a possibilidade de congelamento imediato, e até mesmo cancelamento.

Alguém pode alegar que esse tipo de controle já existe. Por exemplo, através de uma ordem judicial dada, o BC envia ordem de bloqueio de contas para as instituições financeiras, que deixam então os valores indisponíveis, até que sejam eventualmente desbloqueados por nova ordem judicial.

Porém, há a possibilidade de utilização de dinheiro físico, o que impede o controle desses recursos, e gera a possibilidade de transações anônimas. Além disso, o processo de bloqueio judicial requer uma série de etapas e participação de várias instituições, enquanto o controle da moeda digital seria muito mais rápido e direto.

Com a moeda digital, o governo saberá em tempo real o que você está fazendo com os recursos e com quem você está transacionando. Sem dúvida, isso pode ser uma ferramenta de combate ao crime, mas por outro lado produz o grave risco de autoritarismo.

Caso você não tenha percebido, há uma onda autoritária em curso, não apenas no Brasil, em que até mesmo a mera expressão de certas ideias está sendo tratada como crime, enquanto crimes reais, como corrupção e lavagem de dinheiro, são tratados como atividades legais, dependendo do partido de quem pratica.

Observamos até mesmo em democracias maduras, como a canadense, um ataque frontal ao direito de protesto, como ocorreu no caso do "Comboio da Liberdade", em que canadenses protestaram contra as medidas implementadas pelo governo durante a pandemia, como lockdowns e vacinações forçadas. O governo canadense baixou Lei Marcial, e usou o bloqueio de contas bancárias como principal instrumento de pressão sobre os manifestantes. Caso a moeda digital já estivesse implementada, o controle seria muito mais rápido e efetivo.

Se quisermos ter uma ideia de qual regime poderemos alcançar com esse tipo de moeda, é só dar uma olhada para a China, que tem implementado um outro tipo de instrumento de controle, chamado de Sistema de Crédito Social, associado a mecanismos de reconhecimento biométrico.

Nesse sistema, você ganha pontos por ser um "bom cidadão". Entra como critério a sua ficha criminal, suas finanças, notas escolares, hábitos de saúde e especialmente o seu comportamento nas redes sociais. Falar mal do governo é algo grave, que retira vários pontos da sua nota de crédito social.

Quem tem uma nota muito baixa deixa de ter acesso a crédito para comprar uma casa ou um carro, e também perde acesso ao ensino superior, por exemplo. Nos casos mais graves, a pessoa não pode mais utilizar o serviço público de transporte. Há relatos de pessoas impedidas até mesmo de entrar na própria casa. Com a implementação da moeda digital, tal controle passa a ser feito diretamente no meio de pagamento.

O governo pode definir que certa pessoa possa utilizar os seus recursos apenas para comprar comida, por exemplo, sem acesso a nenhum tipo de entretenimento. É a prisão sem muros perfeita, que nem mesmo George Orwell chegou a imaginar. Fale mal de uma autoridade, e você perde o direito à cervejinha. Volte a falar bem, e o final de semana estará garantido...

Juda Agung, diretor-assistente do Banco Central da Indonésia afirmou que as moedas digitais oferecerão uma alternativa às criptomoedas. É praticamente certo que os governos buscarão banir o uso de criptos assim que a moeda digital esteja em funcionamento.

Um outro risco é operacional. Enquanto criptomoedas operam em sistemas descentralizados, mais resistentes aos ataques cibernéticos, as moedas digitais, por definição, operam através de um sistema central, muito mais frágil. Hoje a maior parte das moedas já são transacionadas de forma digital, mas em sistemas descentralizados e independentes.

Por conta da ameaça que a moeda digital oferece à privacidade e à liberdade econômica, vários estados americanos estão em processo de proibir o seu uso, como a Flórida. Não por acaso, são estados controlados por Republicanos. Já os Democratas, cada vez mais enamorados de ideias autoritárias, são entusiastas da implementação do novo sistema.

Até mesmo o presidente do FED, Jerome Powell, já se posicionou contra a sua implementação:

"Nós não queremos um mundo em que o governo enxerga, em tempo real, cada transação que qualquer pessoa faça utilizando moeda digital".

Tal mundo nada mais seria que um pesadelo totalitário.



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O anúncio de Olavo Bilac

O anúncio de Olavo Bilac Autoria desconhecida Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade rural, um ...