segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ASSERTIVOS ou FACILITADORES

Caros leitores,


As relações são guiadas por três tipos de posturas: Autoritária, submissa ou a assertiva.


A postura autoritária não respeita a posição e os sentimentos das outras pessoas, sendo associados a arrogância, violência, brutalidade, gritos, opressão, etc. É o exercício explícito do “controle”. Pode também encobrir alguns medos, disfarçados por este comportamento.


A outra postura é a submissa que assume um comportamento débil na defesa de seus próprios interesses, sendo que na maior parte das vezes, acaba cedendo ao arrogante. Sofre humilhações, descriminação e desrespeito.


Já na postura assertiva ocorre a busca pelo equilíbrio. Defende seus direitos pela firmeza de suas posturas. Neutraliza o arrogante. Busca ser ele mesmo pois entende que a liberdade do outro começa quando termina a sua. Ser assertivo é viver e usufruir os seus direitos, solicitar o que quer, expressar os pontos de vista sobre assuntos, idéias, ideais, e conceitos de forma direta, com integridade, buscando honestidade e respeito aos outros.


Ser assertivo é se expor com altivez, se fazer visível e respeitado, criar uma parceria consigo próprio. Ser assertivo é deixar de ser perfeito, mas tornar-se humano, incoerente, falível, porém real. A assertividade nos remete a uma relação de responsabilidade. Sermos responsáveis e cobrarmos responsabilidades.

A falta da assertividade é caracterizada pela facilitação. Esta é tão danosa quanto a postura submissa, sendo omissa.


Quando falamos de relação institucional, falamos na verdade da relação entre pessoas que podem ou não fazer parte desta mesma instituição.


Como anda nossa postura assertiva? Nossa instituição enquanto órgão público respeitável está, internamente, sendo assertivo? Será que teme-se uma confusão com a postura autoritária permitindo a facilitação?

Quando falta a assertividade, persiste os comportamentos sem limite, característica da facilitação. Ser “bom” demais pode ser uma má idéia.


Porque este “bolodoro” todo?

Estudiosos como Lev Semionovitch Vygotsky, Henri-Alexandre Wallon, Urie Bronfenbrenner, dentre muitos, nos falaram da importância do ambiente, da aprendizagem social, das interrelações, do sistemas, da mediação, ZDP, modelos bioecológicos, etc. E o que estamos fazendo na prática???


Vejo cenas de corar de vergonha até cães no cio ocorrendo na presença de professores, visitantes ou seja lá quem for. Alunos nos contam dos banheiros com porta fechada por dentro escutando-se o som característico de relação de profunda intimidade. Quer me chamar de moralista? Chame.

Vocês tem filhas, irmãs??? Não, então sigam adiante. Provavelmente não entenderia com cuidar dos filhos dos outros.Eu não acho isso normal tendo uma filha. Uma casa com lei e ordem que não são respeitados, termina sabe como? Assim: Oh meu Deus, onde foi que eu errei???


Mudando do “U” para alças, de quem é a responsabilidade pela retirada e limpeza dos inúmeros cartazes e avisos que estão colados em todos os locais possíveis? Certamente não é de quem faz a poluição visual.

A limpeza das paredes recentemente pintadas ou ladrilhadas é mais uma responsabilidade que a instituição assume.


Como podemos conciliar com uma prática realmente responsável? Eu digo prática, porque falação já tem muita.

Nós que trabalhamos ou estudamos aqui estamos sendo ASSERTIVOS ou FACILITADORES?


Um abraço


José Lamartine Neto
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