O novo quilombo dos Palmares
Estudos recentes mudam a visão que predominou no século XX sobre os povoados
O que se pensava
• O quilombo era uma sociedade igualitária, com uso livre da terra e poder de decisão compartilhado
• Zumbi lutava contra a escravidão
• Zumbi foi criado por um padre, recebeu o nome de Francisco e aprendeu latim
• Ganga-Zumba, líder que antecedeu Zumbi, traiu o quilombo ao fechar acordo com os portugueses
O que se pensa hoje
• Havia em Palmares uma hierarquia, com servos e reis tão poderosos quanto os da África
• Zumbi e outros chefes tinham seus próprios escravos
• As cartas em que um padre daria detalhes da infância de Zumbi provavelmente foram forjadas
• Ao romper o acordo com Portugal, Zumbi pode ter precipitado a destruição do quilombo
José Lamartine Neto
CEFET-BA/DTEE/Automação
----------------------------------------------
"Todos nós nascemos originais e morremos cópias." (Carl Gustav Jung)
++++++++++++++++++++++++++++++
Prezados,
Sabemos de a muito tempo, que a Revista Veja, não se constitui em um orgão
Talvez, esta seja mais uma tentativa da classe burguesa brasileira de desconstruir o mito e o heroi "Zumbi" e a resistência do "Quilombo de Palmares"
++++++++++++++++++++++++++++++
Caro Prof. J. C.,
Não acrescentei estas informações sobre os autores citados na revista que "não se constitui em um orgão informativo de confiança" porque acreditei que antes de qualquer "julgamento", se buscasse a origem das informações e fosse feito as devidas ponderações.
Ronaldo Vainfas
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787526J3
Autor do "Dicionário do Brasil Colonial (1500 - 1808)"
Manolo Garcia Florentino
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1A
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783821Z5
Flávio dos Santos Gomes
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4782975P2
Livro - Histórias de Quilombolas - Mocambos e comunidades de senzalas no rio de janeiro, século XIX, Companhia das Letras.
De que é que se tem medo???
Ora, como fazemos parte de uma mesma Instituição Educacional convido-o a fazer uma reflexão sobre estas práticas, uma vez que o papel democrático da escola tem que ir alem de uma "contaminação ideológica" seja lá em que sentido for (direita, esquerda, centro...).
A escola e seus integrantes devem servir de referencial de tratamento igualitário, aquilo que queremos para a sociedade (ou reproduzir as disparidades)? É justamente este forma de conduta que criará o cidadão que lutará por seus direitos.
Se temos uma postura discriminatória quanto às questões polemicas, é isso que ensinamos aos nossos alunos, a discriminarem. Devemos combater estereótipos através de conteúdos mas, principalmente, das nossas práticas.
A propósito, escrevi em junho e agosto de 2008 algo que tem haver com isso, portanto o convido a ler em
http://joselamartine.blogspot.com/2008/06/despeito.html
http://joselamartine.blogspot.com/2008/08/escolha-minha-mesmo.html
Um cordial abraço
--
José Lamartine Neto
CEFET-BA/DTEE/Automação
Nenhum comentário:
Postar um comentário