quinta-feira, 27 de junho de 2013

Não temos direita

por José Lamartine de A. L. Neto *

Não temos uma direita, certamente uma das coisas que os militares fizeram foi acabar de vez com a oposição, a voz dos conservadores. O ultimo de verdade foi Carlos Lacerda (que nem é do meu tempo).

O que temos hoje é um desmantelamento logístico das forças armadas, a criação da aberração de uma força militar paralela subordinada ao Ministério da Justiça (Força Nacional) com prerrogativas idênticas à das polícias e dos militares das Forças Armadas. Uma policia particular. Se existe reserva moral neste país parte dela está lá com este militares e digo isso porque conheço alguns deles e tenho parentes com quem convivo. Logo, confirmo a qualidade moral destas pessoas.

Infelizmente partidos de esquerda e profissionais simpatizantes da esquerda dominaram a cena nacional nas últimas décadas, infiltradas gramscianamente em todas as instituições do país, disseminando mudanças culturais, comportamentais e éticas baseadas em novelas globais (não mexam em meus comunistas dizia Roberto Marinho), teatros, músicas, filmes, e a mais recente onda de disseminação do Politicamente Correto, a nova ditadura dos costumes, etc. Foi o que ficou conhecido como estratégia da "Válvula da panela de Pressão" termo cunhado pelo então mentor intelectual do militares, General Golbery do Couto e Silva, na esperança de que permitir o acolhimento dos esquerdistas nas universidades, jornais, produtoras de cinema e teatro fosse o suficiente para que os militares caíssem nas graças das esquerdas. O idiota não tinha lido uma linha dos "Cadernos do Cárcere" de Antônio Gramsci.

Não temos oposição legitima. Temos um arremedo de esperneio no meio de alguns representantes da classe religiosa cristã, católica ou não, (exceto a esquerdista CNBB) que tem coragem de se expor e defender o que acredita. Os demais, se é que eles existem, metem o rabinho entre as pernas com medo de turba raivosa a acusá-los no mínimo de fascistas, nazistas, extremistas de direita, e agora acrescentados dos termos homofóbicos, racista, etc. Ora, uma breve leitura da historia nos mostra que os partidos cristãos da Alemanha foram os únicos que se opuseram de fato a Hitler quando este subiu ao poder. Os comunistas ficaram calados pois lhes era útil ter um ponta de lança nos seus planos expansionistas, como de fato ocorreu. Veja que ao fim da II Guerra Mundial quem mais cresceu em termos de território e influencia foi a URSS.

Quando o muro de Berlin ruiu na década de 1980 imediatamente Fidel Castro e Lula decidiram repetir a experiência do Leste Europeu aqui na America Latina com o “Foro de São Paulo”, a maior organização de partidos de esquerda do planeta, sistematicamente ocultadas da população por mais de 15 anos por estes mesmos jornalistas que se dizem defensores da liberdade e da verdade. Nada de novo já que a Organização Latino Americana de Solidariedade (OLAS) fundada em 1966 com sede em Cuba,foi idealizada por Salvador Allende estendendo idéias de Che Guevara. Esta OLAS pariu a UNASUL em 2004, uma imitação barata da ex-União Soviética, sendo que líderes dizem que é um projeto ao estilo da União Européia, pouco provável, uma vez que o finado Hugo Chavez afirmara que a Unasul seria uma União Bolivariana Comunista. Estes conglomerados vêm sistematicamente sufocando qualquer oposição, seja com suborno, fraudes (como das urnas eletrônicas), mensalões, nomeações de juízes simpatizantes nas supremas cortes, etc.

Nelson Rodrigues  em entrevista à VEJA em 1969 disse:

“Eu sou um anticomunista que se declara anticomunista. Geralmente, o anticomunista diz que não é. Mas eu sou e confesso. E por quê? Porque a experiência comunista inventou a antipessoa, o anti-homem. Conhecíamos o canalha, o mentiroso. Mas, todos os pulhas de todos os tempos e de todos os idiomas, ainda assim, homens. O comunismo, porém, inventou alguém que não é homem. Para o comunista, o que nós chamamos de dignidade é um preconceito burguês. Para o comunista, o pequeno burguês é um idiota absoluto justamente porque tem escrúpulos”.

Ninguém fala dos milhões de assassinados pelos regimes comunistas/socialistas no século 20 que segundo estudiosos comunistas, mas com um mínimo de honestidade intelectual, afirmam no “O livro negro do Comunismo” chega a cifra de 100 milhões de vidas. Então, não temos direita neste país, somente algumas poucas pessoas com duas bolas como teve Nelson Rodrigues, que tem coragem de se expor e dizer que não concordam com esta empulhação.

* Psicólogo especialista em Saúde Mental com ênfase de Dependência Química, Família e Comunidade, é aluno do doutorado em Difusão do Conhecimento - UFBA

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