quinta-feira, 17 de julho de 2008
A FABULA DOS PORCOS ASSADOS - Autor desconhecido
Uma das possíveis variações de uma velha história sobre a origem do assado é a seguinte: “Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque e alguns porcos morreram assados. Os homens da região, experimentaram carne assada e acharam deliciosa. Desde então, quando queriam comer porco assado, incendiavam um bosque.
Mas como tudo não corria às mil maravilhas, o processo começou a preocupar o SISTEMA, dados os prejuízos que eram imensos. As queixas se avolumavam, a exigir a reestruturação do SISTEMA. Congressos, seminários e conferências passaram a ser realizadas anualmente. No XXX Congresso, os especialistas atribuíram o problema a fatores vários: a indisciplina dos porcos, que não permaneciam onde deveriam ficar, a inconstante natureza do fogo, as árvores excessivamente verdes, a umidade da terra e ao serviço de informações meteorológicas local, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas.
Um dia, um incendiador AB/SODM-VCH - Acendedor de Bosques, Sudoeste Diurno, Matutino, bacharelado em Verão Chuvoso- chamado João Bom-Senso, resolveu proclamar que o problema era muito fácil de ser resolvido: bastava matar o porco, limpando e cortando adequadamente o animal, colocando-o numa armação metálica sobre brasas.
Avisado por um xeleléu, desses que vivem de congresso em congresso, o Diretor Geral de Assamento mandou chamar o João ao seu gabinete:
- Tudo o que o senhor disse está bem dito, mas não funciona. O que o senhor faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria?
- Não sei - disse João.
- E os especialistas em sementes e árvores importadas?
- Sei não.
- E os conferencistas e estudiosos, que ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos?
- Não sei - repetiu João.
- O senhor percebe a sua idéia não vem de encontro ao que necessitamos? O senhor não vê que, se tudo fosse simples, nossos especialistas já teriam encontrado a solução? O senhor com certeza compreende que eu não posso simplesmente convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas sem chamas! O que o senhor espera que eu faça?
- Não sei, balbuciou o João.
- Diga-me se os nossos engenheiros em Porcopirotecnia não são considerados personalidades científicas?
- Sim, parece que são.
- O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica que nosso SISTEMA é muito bom. Não é?
- Não sei.
- O senhor tem que trazer soluções para problemas específicos. Temos que melhorar o SISTEMA e não transformá-lo radicalmente, o senhor entende?
- Realmente, eu estou perplexo! - respondeu João.
- Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Recomendo-lhe que não insista nessa sua idéia, pois lhe seria prejudicial.
João Bom-Senso, coitado, não disse mais nem um "ai". Sem despedir-se, assustado, saiu de fininho e ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e Melhoramentos do SISTEMA: que falta faz o Bom-Senso!!
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Dois de Julho – sangue e camisa
Hoje fiquei triste quando presenciei as comemorações da independência da Bahia pela televisão.
A data magna da Bahia representa a luta que culminou também com a independência do Brasil em que o sangue de mais de 7 mil voluntários foi derramado na expulsão das tropas Portuguesas de nosso território. Vidas foram dadas por nós e o mínimo o que se espera é uma postura de respeito pelo sacrifício.
Algumas pessoas que honram seus hinos e bandeiras, por entender o seu significado independente de modernidades, chegam a colocar a mão direita no peito esquerdo. Na noite anterior os moradores da Liberdade, Barbalho, Centro Histórico, etc., estavam enfeitando as ruas e suas casas, como bons baianos.
No desfile os estudantes em trajes de gala, índios paramentados como os caboclos e caboclas e os encourados com seus trajes de vaqueiro, calça, colete, peitera, gibão, chapéu, sapatos e luvas, tudo de couro. Uma beleza de se apreciar. Um orgulho a lembrança da garra e coragem dos antepassados.
Porém parece que existe uma confusão entre esta festa cívica como se fora outra qualquer, pelo menos entre as autoridades civis. É possível que nossa baianidade ou tropicalidade seja desculpa para os mais importantes representantes do povo, eleitos democraticamente, estarem trajando apenas camisa, quando muito, de manga e dobrada nos punhos. O governador, o prefeito e o presidente da Câmara Municipal estavam bem combinados na indumentária, este até que inovou usando um boné branco. Não deu pra ver se tinha alguma griffe.
Só faltou aos citados senhores, na hora de cantarem os hinos, pousarem suas falanges na genitália ou no seu oposto. Não sei o que é pior.
Ao final das festividades, desfilando até chegar ao Campo Grande para o encerramento, todos os políticos estavam a rigor, de terno e gravata. Menos o governador, sem esta ultima.
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José Lamartine Neto
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