Meus caros,
Discutir a verdade parece ser algo incomodo considerando que se trata de algo relativo a interesses de momento e a perenidade de uma verdade ideal fica sempre ofuscada. A pós-modernidade nos traz esta característica onde a segurança é substituída pela liberdade. Liberdade individual total, não só de ser o que quer mas, de ser reconhecido com tal. O que vemos é um conflito de convivências com as "diversas verdades", ou se preferirem, meias-verdades.
Certos assuntos deixam de entrar na pauta ou perdem importância frente a outros assuntos de valor duvidoso. Em se tratando de questões ideológicas (seja de direita, esquerda ou "muito pelo contrario") a maneira mais vil de desviar o impacto de uma afirmação verdadeira é atribuí-la a alguma motivação ideológica, implícita como repugnante. Desta forma não precisa nem entrar no mérito dos fatos alegados.
Viram a entrevista do Cabo Anselmo em 30 de agosto de 2009 no Canal Livre da Band? Pois bem, ainda está disponível
1-http://www.youtube.com/watch?v=7_2YqlEXuoE
2-http://www.youtube.com/watch?v=5_-KGM-amx0
3-http://www.youtube.com/watch?v=DidHN9d4Adg
4-http://www.youtube.com/watch?v=P4wvIYLV_mY
5-http://www.youtube.com/watch?v=SF5JeP7xUqY
6-http://www.youtube.com/watch?v=HNVZ2Jl5As0
7-http://www.youtube.com/watch?v=v4vCooOp_qY
"Anselmo revelou a consciência moral madura de um homem que preferiu dedicar-se à meditação séria do seu passado (...) em vez de comprazer-se na autovitimização teatral, interesseira e calhorda, que hoje rende bilhões aos ex-terroristas enquanto suas vítimas não recebem nem um pedido de desculpas." (O.C.)
“Quando, de uns vinte anos para cá, os artigos de opinião na “grande mídia” começaram a ficar cada vez mais curtos, tornou-se claro, para mim, que isso não se devia ao alegado intuito de economia de espaço (uma desculpa que não fazia sentido numa época em que o número de páginas dos jornais aumentava a cada semana), mas a um propósito consciente de bloquear toda discussão séria, reduzindo os artigos a uma compactação de slogans e passando a favorecer, automaticamente, sempre o lado mais mentiroso. Quem quer que tenha estudado um pouco a técnica da argumentação conhece esta regra infalível: toda mentira tem o privilégio de poder expressar-se com mais brevidade do que a sua refutação. Em trinta linhas, você pode acusar um sujeito de trinta crimes imaginários. Ele precisará de pelo menos trezentas para provar que não os cometeu. Artigos longos, de análise refletida, como aqueles que você poderia ler nos anos 50, subscritos por um Otto Maria Capeaux, por um Júlio de Mesquita Filho, por um Álvaro Lins, tornaram-se proibitivos na mídia atual, substituídos pela mentira breve e contundente, sustentada tão somente numa rotulação infamante, oferecida como prova cabal.
(...)
Imaginem, agora, o impacto de longo prazo exercido, sobre as mentes dos leitores, por esse bombardeio incessante, obsessivo, que só a análise longa e trabalhosa – inacessível, em geral, ao leitor comum – pode neutralizar. Que os próprios autores dessa patifaria institucionalizada citem com freqüência o método Goebbels é, com toda evidência, apenas uma autovacina preventiva contra a denúncia de que não há, em todo o território nacional, outros praticantes mais tenazes desse método do que eles próprios.”
Se percebe claramente que o espaço dado na mídia totalmente sem equilíbrio. Com muita frequência vemos nomes como:
"O Sr. Quartim de Moraes, Sr. Marco Aurélio Garcia, Sr. Emir Sader e similares – seu nome é legião" dando suas opiniões em artigos e livros extensamente propalados e "(...) respaldo intelectual a regimes genocidas (o primeiro deles fez até uma candente apologia de Stalin), mas têm uma extensa folha de realizações práticas em prol desses regimes, bem como da sua extensão ao Brasil, que é o sonho das suas vidas."
O que parece é que existe apenas uma verdade, esta que é fortemente implantada em mentes despreparadas. O que afirmo é que, se querem ser honestos com a historia e com suas intelectualidades é imprescindível que façam diferente do procedimento da mídia. Como educadores nossos alunos aprendem não só o que dizemos mas como fazemos, se somos corretos, se somos justos, e se o “fiel” da nossa balança mostra o resultado do conteúdo das coisas que avalia, mesmo que não gostemos muito. Me sentiria meio infantil fingir que não reconheço as coisas que vejo.
--
José Lamartine Neto
Trechos de
"Como ler a mídia nacional", “Dois códigos morais” e "Exemplo didático" de Olavo de Carvalho publicado no Diário do Comércio. Disponível em http://www.olavodecarvalho.org/index.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário