A CARTA DE INTENÇÕES DE BERTRAND RUSSELL
ESCRITO POR LUCIANO AYAN | 30 ABRIL 2012
http://www.brilhodefogo.com/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=1585:a-carta-de-intencoes-de-bertrand-russell&catid=186:quentes&Itemid=98
Ter, 01 de Maio de 2012 08:20
Que o discurso dos anti-religiosos sempre me pareceu suspeito desde o início não é novidade.
Também, após várias investigações, tornou-se claro para mim que a principal motivação deste discurso era política.
E qual a motivação maior? O governo global.
Mas para obter esse governo global seria vital a destruição das identidades de cada povo. A eliminação da religião seria, naturalmente, uma das metas.
Claro que todos os esquerdistas gritariam “teoria da conspiração, teoria da conspiração!”.
Mas que tal observarmos as palavras de Bertrand Russell, ídolo de todos os autores neo-ateus, em “A Última Oportunidade do Homem”?
Vejamos:
"Pode evitar-se a guerra por algum tempo por meio de paliativos, expedientes ou uma diplomacia sutil, mas tudo isso é precário, e enquanto durar o nosso sistema político atual, pode ser considerado como quase certo que grandes conflitos irão surgir de vez em quando. Isso acontecerá inevitavelmente enquanto houver diferentes Estados soberanos, cada um com as suas forças armadas e juiz supremo dos seus próprios direitos em qualquer disputa. Há somente um meio de o mundo poder libertar-se da guerra, é a criação de uma autoridade mundial única, que possua o monopólio de todas as armas mais perigosas.
Para que um governo mundial pudesse evitar graves conflitos, seria indispensável possuir um mínimo de poderes. Em primeiro lugar precisava de ter o monopólio de todas as principais armas de guerra e as forças armadas necessárias para o seu emprego. Devia também tomar as precauções indispensáveis, quaisquer que fossem, para assegurar, em todas as circunstâncias, a lealdade dessas forças ao governo central.
O governo mundial tinha de formular, portanto, certas regras relativas ao emprego das suas forças armadas. A mais importante determinaria que, em qualquer conflito entre dois Estados. cada um tinha de se submeter às decisões da autoridade mundial. Todo o emprego da força, de um Estado contra o outro, tornaria o agressor um inimigo público e implicaria o emprego, contra ele, das forças armadas do governo mundial. Estes seriam os poderes essenciais para salvaguardar a paz. Uma vez conseguidos, outros se lhes seguiriam. Haveria necessidade de corpos constituídos para desempenhar as funções legislativas e judiciais; mas tais corpos desenvolver-se-iam naturalmente se as condições militares fossem realizadas; o que é difícil e vital é dotar de uma força irresistível a autoridade central.
O governo mundial pode ser democrático ou totalitário; pode ter a sua origem no consentimento ou na conquista; pode ser o governo nacional de um Estado que conseguiu conquistar o mundo ou, pelo contrário, uma autoridade em que cada Estado, ou cada ser humano, tenha iguais direitos. Por minha parte creio que se tal governo se con stituir um dia será à base do consentimento nalgumas regiões e à base da conquista noutras. Numa guerra mundial entre dois grupos de nações, pode suceder que os vencedores desarmem os vencidos e comecem a governar o mundo por meio de instituições unificadoras desenvolvidas durante o conflito. Gradualmente, à medida que se desvaneça a hostilidade provocada pela guerra, as nações vencidas poderão ser admitidas como associadas. Não creio que a espécie humana tenha suficiente habilidade política ou um elevado espírito de tolerância para estabelecer um governo mundial somente à base do consentimento. Por isso penso que um elemento de força deve ser necessário, tanto para o seu estabelecimento como par a a sua protecção durante os primeiros anos."
Se os comunistas russos e chineses, além dos nazistas, tiveram a liberdade total de exercer barbáries CONTRA SEU PRÓPRIO POVO em regimes totalitários, e esta autoridade veio através da promessa de luta por um “mundo belo e justo”, o que Bertrand Russell propõe?
Simplesmente estender a idéia totalitária para todo o globo. Não há mais como defender Bertrand Russell.
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