O politicamente correto é um aparelho estatal, difundido na esfera
privada e pública, para domesticar, condicionar e intimidar as pessoas, criando
na mentalidade coletiva uma espécie de trauma-reflexo: não mexo com certas
coisas e estatutos, não uso certos termos pois serei processado ou não terei/
perderei o emprego.
Ou um condicionamento perfeito: passo a difundir exatamente aquilo que
soa coletivamente bem, porque assim me sinto bem e pertencente.
A maioria dos seres humanos precisa dessa sensação de participação em
um corpo coletivo. Seja num churrasco, seja numa empresa, seja na estrutura do
comunismo, que lida muito bem com essa parte mesquinha da natureza humana.
A adesão ao partido e seus valores “religiosos” começa desse medo
intrínseco de destoar da maioria. E começa do espalhamento de determinados
valores, pela mídia, como os valores da maioria esclarecida. Logo, eu vou
aderir ao que é “bonito”, ou seja, instituído.
Essa doutrinação da intimidação e condicionamento tem por finalidade
fazer com que as pessoas, portanto sejam cúmplices do estatuto do partido
comunista. O que não sabem é que o partido vende e planta uma espécie de
justiça universal funcional e benéfica, sobretudo a ele, pois representativa
dos grupos que ele inventa e elege como portadores de uma ética superior. E com
essa justiça vem a censura a possíveis atos de extremidade ideológica (ou
existencial) que, em sua lógica combustiva, balancem a lógica propagandística e
clean dessa nova justiça universal.
As pessoas mais críticas não vão se tornar muito valentes ou capazes
para, ao chegar das horas extremas, no frigir dos ovos, questionar a inversão
moral que caracteriza basicamente o estado comunista e essa nova justiça
estético-universal.
É assim que funciona o politicamente correto. Condicionando a mente em
bloco, dentro de uma tática de institucionalismo/ servilismo. É por causa dele
que os seus amigos acham Olavo de Carvalho uma “fraude” ou um “louco”. É porque
elas foram preparadas para ser um escudo ativo opinador dos valores do estado
brasileiro. Treinadas e domesticadas justamente por esse “coletivismo correto”,
a serviço dos revolucionários.
Claro que isso não compreende ou comporta apenas os assuntos da agenda
comunista revolucionária. Essa doutrinação é generalizada, difundida em todas
as esferas possíveis, ganhando contornos de ferramenta sistêmica. Pois são nos
pequenos exemplos e desvios do dia-a-dia que a mente realmente se condiciona.
Flávio Gomes vem fazendo propaganda desse governo, descarada ou
dissimuladamente, há anos, usando internet e veículos como o estado de São
Paulo (rádio) para fazer apologia das virtudes do estado brasileiro atual.
Hoje foi demitido porque descumpriu com a norma do partido dominante, e
fez isso na esfera que seria + ou - privada (sem entrar no mérito da ESPN ser
claramente uma emissora comunista e portanto já ser esperado tal tratamento, de
traços estatais totalitários).
Dedicado militante, foi tratado como um simples cidadão fora dos rumos
do partido, que pede a polidez e a racionalidade psicótica dos aparelhadinhos
do passe-livre e do twitter.
Talvez, como militante assíduo, tenha se achado intocável. Mas não, nada
disso.
Foi rebaixado a um exemplo para o resto.
Bem-feito.
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