terça-feira, 10 de setembro de 2013

O politicamente correto é uma doutrinação da intimidação

Barcelusa

 

O politicamente correto é um aparelho estatal, difundido na esfera privada e pública, para domesticar, condicionar e intimidar as pessoas, criando na mentalidade coletiva uma espécie de trauma-reflexo: não mexo com certas coisas e estatutos, não uso certos termos pois serei processado ou não terei/ perderei o emprego.

Ou um condicionamento perfeito: passo a difundir exatamente aquilo que soa coletivamente bem, porque assim me sinto bem e pertencente.

A maioria dos seres humanos precisa dessa sensação de participação em um corpo coletivo. Seja num churrasco, seja numa empresa, seja na estrutura do comunismo, que lida muito bem com essa parte mesquinha da natureza humana.

A adesão ao partido e seus valores “religiosos” começa desse medo intrínseco de destoar da maioria. E começa do espalhamento de determinados valores, pela mídia, como os valores da maioria esclarecida. Logo, eu vou aderir ao que é “bonito”, ou seja, instituído.

Essa doutrinação da intimidação e condicionamento tem por finalidade fazer com que as pessoas, portanto sejam cúmplices do estatuto do partido comunista. O que não sabem é que o partido vende e planta uma espécie de justiça universal funcional e benéfica, sobretudo a ele, pois representativa dos grupos que ele inventa e elege como portadores de uma ética superior. E com essa justiça vem a censura a possíveis atos de extremidade ideológica (ou existencial) que, em sua lógica combustiva, balancem a lógica propagandística e clean dessa nova justiça universal.

As pessoas mais críticas não vão se tornar muito valentes ou capazes para, ao chegar das horas extremas, no frigir dos ovos, questionar a inversão moral que caracteriza basicamente o estado comunista e essa nova justiça estético-universal.

É assim que funciona o politicamente correto. Condicionando a mente em bloco, dentro de uma tática de institucionalismo/ servilismo. É por causa dele que os seus amigos acham Olavo de Carvalho uma “fraude” ou um “louco”. É porque elas foram preparadas para ser um escudo ativo opinador dos valores do estado brasileiro. Treinadas e domesticadas justamente por esse “coletivismo correto”, a serviço dos revolucionários.

Claro que isso não compreende ou comporta apenas os assuntos da agenda comunista revolucionária. Essa doutrinação é generalizada, difundida em todas as esferas possíveis, ganhando contornos de ferramenta sistêmica. Pois são nos pequenos exemplos e desvios do dia-a-dia que a mente realmente se condiciona.

Flávio Gomes vem fazendo propaganda desse governo, descarada ou dissimuladamente, há anos, usando internet e veículos como o estado de São Paulo (rádio) para fazer apologia das virtudes do estado brasileiro atual.

Hoje foi demitido porque descumpriu com a norma do partido dominante, e fez isso na esfera que seria + ou - privada (sem entrar no mérito da ESPN ser claramente uma emissora comunista e portanto já ser esperado tal tratamento, de traços estatais totalitários).

Dedicado militante, foi tratado como um simples cidadão fora dos rumos do partido, que pede a polidez e a racionalidade psicótica dos aparelhadinhos do passe-livre e do twitter.

Talvez, como militante assíduo, tenha se achado intocável. Mas não, nada disso.

Foi rebaixado a um exemplo para o resto.

Bem-feito.

 

 

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