segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A calculadora da Texas chamada TI-Nspire e os ídolos de pedra de Maui

O amigo, Engenheiro Elétricista e brilhante cientista, escreveu em sua página no FB o texto a seguir.

"Quando eu era adolescente, fazia parte da Associação de Astrônomos Amadores da Bahia. Na época, Alexandre Araripe me mostrou uma calculadora HP programável que tinha um jogo que simulava o pouso do modulo lunar, fiquei chocado, lembro de ter dito a ele: " O cara que criou isto é deus". Não foi UM cara mas muitos, eles não são deuses, um tempo depois eu faria um microprocessador discreto, um passo para fazer uma calculadora programável.

 Hoje eu vi uma calculadora da Texas chamada TI-Nspire, a calculadora tem touchpad, ponteiro de mouse e tudo, impressionante. Logo depois eu lembrei de um documentário que vi na BBC. O documentário fala da Ilha da Páscoa e sobre uma teoria que explica a presença daqueles ídolos de pedra, os Maui.

 Esta teoria diz que os nativos que viviam em uma ilha vizinha, chegaram àquela outra ilha com barcos improvisados, lá se instalaram e depois de algum tempo resolveram esculpir aqueles ídolos. Acontece que a coisa virou uma espécie de competição. Cada grupo começou a criar seu próprio ídolo. Para mover os ídolos eles empregavam troncos de coqueiros, o que fez com que houvesse um tipo de desmatamento levando a extinção do coqueiro e de outras espécies que conviviam no ecossistema. Sem alimento e sem coqueiros para improvisar jangadas, eles acabaram presos em uma armadilha criada por eles próprios.

 Cada vez mais esta calculadoras internalizam o conhecimento fazendo dos usuários meros apertadores de botões, cada vez mais imbecilizados. No final, por uma "comodidade", estarão impossibilitados, pelas próprias mãos, de criar coisas parecidas com as ferramentas das quais são usuários......"

Um comentário:

José Lamartine de A. L. Neto disse...

Estou de volta...

Aproveitando a deixa do texto, fico me perguntando o quanto estamos dependentes de datashows, notebooks, e em breve outros mimos tecnológicos que parecem nos aumentar a competência docente. Só parece porque, isso é evidente, não tem representado incremento de qualidade proporcional ao investimento feito.

Um comentário feito aqui na intranet do prof. Ramon Fontes foi muito feliz em um ambiente avesso a processos de avaliação de desempenho. Em parte de seu comentário está posto “realização de pesquisas no intuito de verificar o resultado da distribuição desses equipamentos e a diferença que eles fizeram / ou não para aqueles que receberam e não tiveram instrução de como manuseá-los"

Sou do tempo em que dar aulas por aqui era sinônimo de quando negro (verde) com giz branco, as vezes tínhamos o "mimo" de alguns palitos de giz coloridos para incrementar os inúmeros desenhos e esquemas de peças e aparelhos que desenhávamos no quadro. Os alunos, naturalmente, copiavam tudo já que não existia este negócio de fotografar o quadro na ilusão de que também capturam o conhecimento. Os textos e apostilas era uma coleção de recortes entremeados com textos datilografados em máquinas Olivetti, manuseados por quem tinha o certificado de uma boa escola de datilografia. A prova era parte datilografada, parte desenhada no "estêncil" quem imprimia um "negativo na matriz que ia ao mimeografo a álcool para rodar, ou melhor, imprimir, uma a uma, as provas. Era sempre bom deixar o álcool evaporar um pouco antes da aplicação da mesma para não afetar os alunos.

Estamos caminhando rapidamente para usa situação inusitada. Algo conquistado ao longo dos últimos milênios, daqui a um tempo as pessoas nem conseguirão fazer um "O" com um copo o que dirá de um manuscrito...

Na lista das maiores universidades do país, a UNICAMP ainda usa quadros com giz

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,unicamp-e-a-unica-universidade-brasileira-entre-as-100-melhores-novatas-do-mundo,1044412,0.htm
http://www.fee.unicamp.br/feec2011/recursosFEEC.htm
http://www.fec.unicamp.br/~admsite/salas_aula.html

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