quinta-feira, 30 de abril de 2015

Comunismo e Nazismo: dois monstros idênticos




O artigo abaixo foi publicado no World Net Daily em 8 de julho de 2013. O autor é o general Ion Mihai Pacepa, o oficial de mais alta patente do bloco comunista que obteve asilo político nos Estados Unidos. O seu novo livro, Disinformation, em coautoria com o professor Ronald Rychlak, foi publicado pelo WND Books em junho de 2013

Comunismo e Nazismo: dois monstros idênticos
O livro “The Devil in History: Communism, Fascism and Some Lessons of the Twentieth Century”, do professor Vladimir Tismaneanu, é o livro definitivo sobre estas duas pestes bubônicas. Extremamente documentado e elegantemente escrito, traz à luz não apenas as semelhanças ideológicas entre fascismo e comunismo mas também os métodos de manipulação semelhantes usados por ambos para criar movimentos de massa destinados a fins apocalípticos.
Eu vivi tanto sob o Terceiro Reich quanto sob o Império Soviético e sei que um mero mortal qualquer que ousasse traçar um mínimo paralelo entre comunismo e nazismo acabaria atrás das grades – se tivesse sorte. Os nazistas, indignados, descartavam qualquer relação com o comunismo, do mesmo modo como os comunistas, nervosamente, rejeitavam qualquer comparação com o nazi-fascismo. Mas não os seus líderes. No dia 23 de agosto de 1939, quando o ministro das relações exteriores soviético, Vyacheslav Molotov, e o seu colega alemão equivalente, Joachim von Ribbentrop, se reuniram no Kremlin para assinar o infame Pacto de Não-agressão Hitler-Stalin, Stalin estava eufórico. Ele disse a Ribbentrop: “O governo soviético leva muito a sério este novo pacto. Eu posso garantir, sob a minha palavra de honra, que a União Soviética não trairá o seu parceiro.” (John Toland, “Adolf Hitler”. New York: Doubleday, 1976, p. 548)
Havia muitas razões para Stalin estar alegre. Tanto ele quanto Hitler acreditavam na necessidade histórica de expandir o território dos seus impérios. Stalin chamava isso de “revolução do proletariado mundial”. Hitler chamava de “Lebensraum” (espaço vital). Ambos basearam as suas tiranias no roubo. Hitler roubou a riqueza dos judeus. Stalin roubou a riqueza da igreja e da burguesia. Ambos odiavam religião, e ambos substituíram Deus pelo culto às suas próprias pessoas. Ambos eram também profundamente antissemitas. Hitler matou cerca de 6 milhões de judeus. Durante a década de 1930, apenas Stalin – oriundo da Geórgia, onde os judeus haviam sido escravos até 1871 – prendeu cerca de 7 milhões de russos (a maior parte judeus) sob a acusação de espionagem a serviço do sionismo americano e os matou.
“The Devil In History” não é o primeiro livro a estudar a relação entre fascismo e comunismo, mas é o primeiro escrito por um eminente estudioso em cujo sangue correm os genes dos dois movimentos. Os pais de Vladimir Tismaneanu lutaram pelo fascismo nas Brigadas Internacionais durante a Guerra Civil Espanhola, viveram em Moscou durante a Segunda Guerra Mundial como ativistas comunistas, compreenderam as tragédias provocadas pelo comunismo e terminaram a vida profundamente desencantados. O próprio Vladimir foi seduzido pelo marxismo (especialmente pelo neomarxismo da Escola de Frankfurt) até deixar a Romênia, aos 30 anos, em 1981. Ele se tornou professor anticomunista especialista em estudos soviéticos e do Leste Europeu quando o marxismo-leninismo estava com força total e chefiou a Comissão Presidencial da Romênia para o Estudo da Ditadura Comunista em seu país, que condenou fortemente as atrocidades do comunismo. O primeiro livro de Vladimir em inglês foi publicado em 1988. O título é revelador – “The Crisis of Marxist Ideology in Eastern Europe: The Poverty of Utopia” (“A crise da ideologia marxista no Leste Europeu: A pobreza da utopia”, tradução livre). Enquanto muitos kremlinologistas focavam os seus estudos nas elites comunistas e nos conflitos mortais, Tismaneanu percebeu que o comportamento das elites era explicado pelo sistema de crenças leninista. Os líderes comunistas eram assassinos, sem dúvida, mas eram assassinos com uma ideologia. Nicolae Ceausescu, a quem conheci muito bem, era um comunista fanático que acreditava realmente que o comunismo estava do lado certo da história.
“The Devil In History” é tanto um livro sobre o passado quanto um livro sobre o futuro. Em novembro de 1989, quando o Muro de Berlim foi derrubado, milhões de pessoas gritaram: “O comunismo morreu.” O comunismo soviético, como forma de governo, realmente morrera. Mas uma nova geração de pessoas, cujo conhecimento da vida sob o comunismo é pouco ou nulo, está tentando dar a esta heresia, agora vestida em trajes socialistas, uma nova vida na França, Grécia, Espanha, Portugal, Venezuela, Argentina, Brasil e Equador, e poucas pessoas estão prestando atenção a este fato. Em 15 de fevereiro de 2003, milhões de europeus tomaram as ruas, não para celebrar a liberdade desfrutada graças à luta dos americanos para impedir que eles se tornassem escravos soviéticos, mas para condenar o imperialismo americano, conforme descrito em “Empire” (de Michael Hardt e Antonio Negri, Harvard University Press, 2000), livro cujo coautor Antonio Negri, um terrorista disfarçado de professor marxista, esteve preso pelo envolvimento no sequestro e assassinato do primeiro ministro italiano Aldo Moro. O jornal New York Times chamou o atual Manifesto Comunista de Negri de “o livro quente e inteligente do momento”. (David Pryce-Jones, “Evil Empire, The Communist ‘hot, smart book of the moment’”, National Review Online, 17 de setembro de 2001)
Durante 27 anos da minha outra vida, na Romênia, eu estive envolvido em operações destinadas a criar inúmeros Antonios Negris para desempenhar o papel de guerreiros da Guerra Fria em toda a Europa Oriental e usá-los para jogar a região contra os Estados Unidos. “The Devil In History” é um estudo enciclopédico sobre como a máquina de desinformação soviética e pós-soviética usou aqueles Negris para converter o antigo ódio europeu pelos nazistas em ódio aos EUA, o novo poder de ocupação.
Em 1851, quando Luís Bonaparte, o vil sobrinho de Napoleão, tomou o poder na França, Karl Marx disse a sua agora famosa máxima: “A história sempre se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa.” “The Devil In History” documenta os atuais esforços dos esquerdistas para reviver as mentiras soviéticas, e isto mostra a sua natureza ridícula.
“The Devil In History” tem não apenas importância ideológica mas também histórica, pois torna o seu autor, Vladimir Tismaneanu, uma versão americana conservadora de Eric Hobsbawm, o mais respeitado historiador britânico.
Hobsbawm, morto há pouco com a idade venerável de 95 anos, era um polímata erudito, um esplêndido pesquisador e um excelente escritor. Infelizmente, também resolveu ser um marxista profissional e os marxistas são, por definição, mentirosos. Eles são obrigados a mentir porque a realidade de todas as sociedades marxistas tem sido desvatadora, a um nível espantoso. Mais de 115 milhões de pessoas foram mortas em todo mundo na tentativa de manter vivas as mentiras do marxismo.
O quarteto de livros mais respeitado de Hobsbawm – começando com “A Era das Revoluções” (1962) e terminando com “A Era dos Extremos” (1994) – aos quais ele dedicou a maior parte da sua vida, também são uma mentira: apresentam uma história da revolução, evolução e ‘descentralização’ marxista soviética que ignora totalmente os gulagui. São como uma história do nazismo ignorando o Holocausto, ou uma história do Egito desconsiderando os faraós e as pirâmides. Hobsbawm filiou-se ao Partido Comunista Britânico em 1936, e nele permaneceu mesmo após o seu eterno ídolo, a União Soviética, ter sucumbido. Hobsbawm jamais retirou a sua filiação ao Partido Comunista. Ele explicou: “O Partido… teve o primeiro, ou mais precisamente, o único direito real sobre nossas vidas… As exigências do Partido têm prioridade absoluta… Se ele mandar você abandonar a namorada ou a esposa, você deve fazê-lo.”
Vladimir Tismaneanu também se filiou ao Partido Comunista quando jovem – como eu fiz – mas rompeu com o Partido quando o comunismo ainda estava com força total – como eu fiz – e expôs os seus males ao resto do mundo – como eu também fiz. A bem da verdade, devo registrar a minha imensa admiração por Tismaneanu e dizer que o considero um bom amigo, embora jamais tenhamos nos encontrado. Sob o meu ponto de vista, ele é o maior especialista em comunismo romeno e um dos maiores estudiosos do mundo sobre o Leste Europeu. O seu “Stalinism for All Seasons” é o mais amplo estudo sobre o comunismo romeno e o seu “Fantasies of Salvation: Democracy, Nationalism, and Myth in Post-Communist Europe” recebeu o prêmio romeno-americano da Academy of Arts and Sciences. Por sua incansável atividade de pesquisa, Vladimir Tismaneanu se tornou um membro do prestigioso Institut fur die Wissenschaften von Menschenna Viena, Áustria, e recebeu o título de Public Policy Scholar do Woodrow Wilson International Center for Scholars.
A despeito da cobertura da imprensa sobre a corrida nuclear durante a Guerra Fria, nós, no topo do serviço de inteligência do bloco soviético naqueles anos, lutamos, naquela guerra, pela conquista das mentes – na Europa, na esquerda americana, no Terceiro Mundo – pois sabíamos ser impossível ganhar as batalhas militares. A Guerra Fria acabou realmente, mas, diferentemente das outras guerras, não terminou com um inimigo derrotado depondo as armas. No ano 2000, alguns dos meus antigos colegas do KGB tomaram o Kremlin e transformaram a Rússia na primeira ditadura de inteligência da história. Mais de seis mil antigos agentes do KGB estão nos governos federal e local da Rússia. Seria como tentar democratizar a Alemanha com os oficiais da Gestapo no comando.
Vladimir Tismaneanu é o analista político perfeito para os dias de hoje, pois é um especialista nos dois legados, nazista e comunista. A despeito de diagnósticos otimistas e do excessivo wishful thinking, estas duas patologias não estão mortas. O livro esclarecedor de Vladimir Tismaneanu é um antídoto contra os novos experimentos do radicalismo utópico e da engenharia social.
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Traduzido por Ricardo Hashimoto

fonte - https://www.epochtimes.com.br/comunismo-nazismo-farinha-mesmo-saco/#.VUKwGCFViko


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domingo, 26 de abril de 2015

Comunismo - 100 milhões de vítimas fatais

Comunismo gerou cerca de 100 milhões de vítimas fatais, apontam pesquisas

Por  em Mundo - Internacional


Recentemente, os governos do Canadá e Ucrânia deram um passo à frente para retificar os danos causados às vítimas dos regimes comunistas ao longo da história.

O governo canadense confirmou a construção de um monumento para as vítimas do comunismo próximo da Suprema Corte do Canadá, na capital Ottawa. Já o governo ucraniano aprovou lei que condena o comunismo e o nazismo e proíbe propaganda e símbolos de ambas as ideologias no país.

Na internet, surge o Museu Vítimas dos Comunistas. O site tem a proposta de manter viva na memória a história das tragédias causadas pelos regimes vermelhos. “O Museu Vítimas dos Comunistas tem caráter cultural e é mantido por um grupo de brasileiros fiéis à democracia, à liberdade, à família e à Pátria”, informa o site.

A publicação do Manifesto Comunista, em 21 de fevereiro de 1848, pelo alemão Karl Heinrich Marx (Karl Marx) marca o estabelecimento da ideologia comunista na sociedade. O resultado disso foram cerca de 100 milhões de mortes em um período de pouco mais de 150 anos.

Se computados todos os danos físicos e psicológicos causados à população mundial por meio das táticas comunistas de controle e dominação, conhecidas como os ‘nove traços’ sendo: a maldade, a hipocrisia, o incitamento, deixar livre a escória da sociedade, a espionagem, o roubo, a luta, a eliminação e o controle; facilmente esse número passa mais de um bilhão de vítimas ao longo desses mais de 150 anos.

Somando-se todas as mortes causadas por terremotos, furacões, epidemias e guerras dos últimos quatro séculos, não se produziu resultados tão devastadores, aponta o ‘O Livro Negro do Comunismo’. A publicação fornece números estimados de vítimas fatais:

China: 65 milhões de mortos
URSS: 20 milhões de mortos
Coreia do Norte: 2 milhões de mortos
Camboja: 2 milhões de mortos
África: 1,7 milhão de mortos
Afeganistão: 1,5 milhão de mortos
Vietnã: 1 milhão de mortos
Leste Europeu: 1 milhão de mortos
América Latina: 150 mil mortos

Documentos e relatos de sobreviventes expõem as atrocidades cometidas pelos regimes comunistas contra a humanidade.

A ‘Grande Fome’ na China e Ucrânia

Poucos ocidentais estão informados sobre a sanguinolenta realidade que predominou na China entre os anos de 1949 e 1976, durante o período de Mao Tsé-tung (ou Mao Zedong) como líder do Partido Comunista Chinês (PCC).

Segundo a publicação ‘Nove Comentários sobre o Partido Comunista Chinês’ o maior número de mortes da história chinesa foi registrado durante a ‘Grande Fome’ no período do ‘Salto para Frente’ (1958-1960). O artigo ‘Grande Fome’ no livro ‘Registros históricos da República Popular da China’ relata que “o número de mortes não naturais e a redução de nascimentos de 1959 a 1961 é estimado em cerca de 40 milhões de vítimas.”

A Ucrânia também passou por semelhante processo de dizimação da população através da fome. O ápice foi em 1933, quando Josef Stalin estipulou novas metas de produção e coleta de alimentos ao povo ucraniano, que já estava à beira da mortandade em massa por causa das políticas de confisco de alimentos iniciadas anos antes.

De acordo com Robert Conquest, autor do livro “A colheita do sofrimento” (The Harvest of Sorrow) nesse período “os cadáveres estavam por todos os lados, e o forte odor da morte pairava pesadamente no ar. Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados. As diferentes famílias camponesas reagiam de maneiras distintas à medida que lentamente iam morrendo de fome”.

A retificação em Yan’an: um “laboratório humano” para opressão

O PCC atraiu incontáveis jovens patriotas para Yan’an em nome da luta contra os japoneses (1937-1945), mas perseguiu dezenas de milhares deles durante o movimento de retificação em Yan’an. Desde que conseguiu o controle da China, o PCC descreveu Yan’an como a “terra santa” revolucionária, mas não fez nenhuma menção aos crimes que cometeu durante a retificação, de acordo com a publicação ‘Nove Comentários’.

O livro acrescenta que o movimento de retificação em Yan’an foi o maior, o mais sombrio e o mais feroz jogo de poder já conduzido no mundo humano. Sob o argumento de estar limpando pequenas toxinas burguesas, o Partido criou um ‘laboratório humano’ visando acabar com a moralidade, a independência de pensamento, a liberdade de ação, a tolerância e a dignidade do homem.

Extração forçada de órgãos

A extração forçada de órgãos é outro grave e sinistro crime contra a humanidade. Para financiar sua estrutura política, o Partido Comunista Chinês desde a década de 1980, vem extraindo órgão de prisioneiros políticos ainda vivos. Esse procedimento se acentuou a partir de 2000, após o início da perseguição ao Falun Gong, uma milenar disciplina de cultivo da mente e do corpo, que tem sido perseguida desde 1999 pelo PCC.

Os pesquisadores canadenses David Matas e David Kilgour, respectivamente um respeitado advogado de direitos humanos e um ex-membro do parlamento canadense, estimam que apenas entre 2000 e 2008, mais de 60 mil praticantes de Falun Gong provavelmente foram mortos por meio de captação de órgãos.

Novas investigações feitas pelo jornalista, Ethan Gutman, também trazem evidências que presos políticos e outros prisioneiros de consciência também estão sendo utilizados, para a colheita de órgãos como: cristãos, tibetanos, uigures e ativistas de direitos humanos.

Conclusão

Marx afirmava que o Socialismo não é uma forma de governo, mas é um Estado, um Estado policiado e projetado em que uma nação assume enquanto em “transição” de um modelo capitalista para uma sociedade comunista, enquanto a “utopia comunista” é o resultado final desejado da plena transição: um mundo sem polícia, sem propriedade, sem religião, sem classes sociais, até mesmo sem a necessidade de governo… uma terra imaginária de eterna harmonia.

Entretanto, na prática o que o Partido Comunista tem feito prova ser ele mesmo um culto do mal. As doutrinas do Partido Comunista são baseadas na luta de classes, nas revoluções violentas e ditadura do proletariado, o que resultou na chamada “revolução comunista” cheia de sangue e violência. O terror vermelho sob o comunismo vem trazendo desastres a dezenas de países no mundo ao custo milhões de vidas.


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terça-feira, 21 de abril de 2015

Paradoxo de Gutenberg


“A mesma invenção de Gutenberg que finalmente permitiu a impressão de textos em grande escala evoluiu para criar um paradoxo. Hoje a maior parte da pesquisa no Brasil é transformada em papel impresso, que por sua vez é lido e citado por outros papéis impressos. A cada citação um contador é incrementado e a performance da pesquisa acaba não sendo mais medida em transformação da riqueza em mais riqueza, mas sim na transformação da riqueza em papel e em um índice de citação. Este último usado para dar ao "especialista em artes gráficas" status e com isso mais poder de transformar mais riqueza em mais papel impresso. As árvores perdem e a reciclagem ganha. Talvez, no final, as funções da pesquisa no Brasil sejam, promover os "especialistas em artes gráficas" e enriquecer os empresários de reciclagem. Não conheço o mercado de reciclagem, mas se ele estiver empregando muitas pessoas e enriquecendo seus proprietários, estamos inovando de modo disruptivo ao criar um novo ecossistema de conversão de pesquisa em riqueza
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Comentário irônico de um amigo a respeito deste modelo de estímulo a geração de saber adotado pela CAPES, batizado por alguns de CAPESGAME.



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sábado, 18 de abril de 2015

BELO, BELEZA (de Voltaire)

Voltaire




BELO, BELEZA 



Perguntai a um sapo que é a beleza, o supremo belo, o to kalon. Responder-vos-á ser a sapa com os dois olhos exagerados e redondos encaixados na cabeça minúscula, a boca larga e chata, o ventre amarelo, o dorso pardo. Interrogai um negro da Guiné. O belo para ele é – uma pele negra e oleosa, olhos cravados, nariz esborrachado. Indagai ao diabo. Dir-vos-á que o belo é um par de cornos, quatro garras e cauda. Inquiri os filósofos. Responder-vos-ão com aranzéis. Falta-lhes algo de conforme ao arquétipo do belo em essência, o to kalon.

Assistia eu certa vez à representação de uma tragédia em companhia de um filósofo.

– Como é belo! – dizia ele.
– Que viu o sr. de belo?
– O autor atingiu seu fim.

No dia seguinte ele tomou um purgante que lhe fez efeito.

– O purgante atingiu seu fim – disse-lhe eu.
– Eis um belo purgante.

Ele compreendeu não se poder dizer que um purgante seja belo, e que para chamar belo a alguma coisa é preciso que nos cause admiração e prazer. Conveio em que a tragédia lhe inspirara estas duas emoções, e que nisso estava o to kalon, o belo.

Realizamos uma viagem à Inglaterra. Lá se representava a mesma peça, impecavelmente traduzida. Fez bocejarem todos os espectadores.

– Oh! – exclamou o filósofo – o to kalon não é o mesmo para os ingleses e os franceses.

Após muita reflexão concluiu ser o belo extremamente relativo, como o que é decente no Japão é indecente em Roma, o que é moda em Paris não o é em Pequim.


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SIGNIFICADOS:
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Significado de to kalón

Aquilo que liga o mundo divino e o terreno e que assegura à vida um significado e uma dimensão eterna é o kalón (MARTINS TERRA, 2001, p. 494).

"Nada existe de belo que não venha de Deus e não seja divino" (oudèn gár esti tôn kalôn, hò mé theoû te kaì theîon) (MARTINS TERRA, 2001, p. 494).

Significado de aranzel

1- Diz-se do discurso longo, confuso ou tedioso.
2- Narração que aborrece ou cansa. Lenga-lenga.


Fontes: 

François-Marie Arouet Voltaire. Dicionário Filosófico. Original de 1764. Edição Ridendo Castigat Mores. Disponível em http://ultimashoje.com/695

MARTINS TERRA. João Evangelista. O Deus dos Indo-europeus - Zeus e a proto-religião dos indo-europeus. São Paulo. loyola, 2001

Wikcionário, o dicionário livre. http://pt.wiktionary.org/wiki/aranzel




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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Detonando clichês do socialismo: "Jesus era um socialista, pois defendeu a redistribuição de riqueza para ajudar os pobres" (por LAWRENCE W. REED)


ESCRITO POR LAWRENCE W. REED | 01 ABRIL 2015 

(Nota do Editor da FEEComo uma organização não afiliada a nenhuma fé em particular, a FEE (Foundation for Economic Education) encoraja outras perspectivas em tais matérias. O Sr Reed deseja que os leitores entendam que sua perspectiva pessoal não tem intenção de fazer proselitismo para nenhuma fé ou igreja em particular, mas simplesmente iluminar sua interpretação da dimensão moral e econômica de Cristo.)

Você não precisa ser cristão para ser sensível à falsidade deste boato. Você pode ser uma pessoa de qualquer fé, ou de nenhuma fé afinal. Você só precisa ser sensível aos fatos.
Eu ouvi algo semelhante a este clichê cerca quarenta anos atrás. Como cristão, fiquei perplexo. Na visão de Cristo, a decisão mais importante que uma pessoa tomaria em sua vida terrena era aceitá-lo ou rejeitá-lo pelo que Ele afirmou ser – Deus encarnado e o Salvador da humanidade. Esta decisão era claramente uma decisão muito pessoal – uma escolha individual e voluntária. Ele constantemente enfatizou a renovação interior, espiritual, como muito mais decisiva que o bem estar material. Pensei: “Como Cristo poderia defender o uso da força para tomar coisas de alguns e dá-las a outros?” Eu simplesmente não conseguia imaginá-lo apoiando uma sentença de multa ou prisão para pessoas que não quisessem entregar seu dinheiro para programas de “bolsa família”.
“Espere um momento”, você diz. “Ele não respondeu: 'Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus' quando os fariseus tentaram pegá-lo no truque de denunciar os impostos romanos?” Sim, de fato, Ele disse isto. Pode ser encontrado no Evangelho em Mateus, capítulo 22, versículos 15 a 22 e depois em Marcos, Capítulo 12, versículos 13 a 17. Mas note que tudo depende somente do que pertenceria a César e do que não, o que é atualmente, mais propriamente, um endosso do direito de propriedade. Cristo não disse nada como “isto pertence a César se César simplesmente disser que pertence, não importa quanto ele queira, como ele pega ou como ele escolha gastá-lo”.
O fato é que alguém pode passar um pente fino nas Escrituras, e não encontrará uma palavra sequer de Cristo endossando a redistribuição forçada de riqueza por autoridades políticas. Uma sentença sequer.
“Mas Cristo não disse que veio confirmar a lei?” Você pergunta. Sim, em Mateus 5:17-20, Ele declara, “Não pensem que Eu vim para abolir a lei dos Profetas. Não vim para aboli-los, mas para levá-los à perfeição”. Em Lucas 24:44, Ele esclarece quando diz “... Isto é o que vos dizia quando ainda estava convosco: era necessário que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.Ele não estava dizendo: “Qualquer lei que o governo aprove, Eu apoio”. Ele estava falando especificamente da Lei de Moisés (primeiramente os Dez Mandamentos) e das profecias de Sua vinda.
Considere o oitavo dos Dez Mandamentos: “Não roubarás”. Observe o período após a palavra “roubarás”. Esta admonição não é lida como “Não roubarás a menos que a outra pessoa tenha mais que você”, ou “Não roubarás a menos que você esteja absolutamente certo de poder gastar melhor que a pessoa de quem você roubou”. Nem se diz “Não roubarás mas tudo bem se empregar alguém, como um político, para fazer isso por você”.
No caso das pessoas ainda estarem tentadas a roubar, o décimo mandamento corta o mal pela raiz num dos principais motivos para o roubo (e para redistribuição): “Não cobiçarás a casa de teu próximo, não cobiçarás a mulher de teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma de teu próximo”. Em outras palavras: se não é seu, mantenha suas mãos longe.
Em Lucas 12:13-15, Cristo é confrontado com uma solicitação de redistribuição. Um homem com uma queixa aproxima-se Dele e reclama: “Mestre, fale com meu irmão e faça-o dividir sua herança comigo”. O Filho de Deus, o mesmo Homem que realizou curas milagrosas e acalmou as ondas, respondeu deste modo: “Homem, quem fez de mim juiz ou árbitro entre vós? Tenha cuidado e abstenha-se de controvérsias, a riqueza de um homem não consiste na abundância material que ele possui”. Uau! Ele poderia ter igualado a riqueza dos dois homens com um movimento de Suas mãos, mas em vez disso, Ele escolheu denunciar a inveja.
“E a respeito da parábola do bom samaritano? Ela não representa um exemplo de programa de bem estar governamental, senão diretamente de redistribuição?” você pergunta. A resposta é um enfático NÃO! Considere os detalhes da parábola, como descrita em Lucas 10:29-37: Um viajante encontra um homem caído às margens da estrada. O homem tinha sido surrado, roubado e deixado semimorto. O que o viajante fez? Ajudou o homem, ele próprio, no local, com seus próprios recursos. Ele não disse “escreva uma carta ao imperador” ou “vá procurar sua assistente social” e foi embora. Se ele tivesse feito isso, ele seria conhecido hoje como o “bom pra nada samaritano”, se ele fosse de fato lembrado.
E a respeito da referência, nos Atos dos Apóstolos, aos primeiros cristãos vendendo seus bens mundanos e compartilhando este procedimento comunitariamente? Isto soa como uma utopia socialista. Analisando de perto, entretanto, fica claro que aqueles cristãos não venderam tudo que tinham e não foram obrigados a fazer isso. Eles continuaram encontrando-se em suas próprias casas, por exemplo. Em seu capítulo de contribuição ao livro “For the Least of These: A Biblical Answer to Poverty” de 2014, Art Lindsey, do Institute for Faith, Work and Economics, escreve:
“Novamente, na passagem dos Atos dos Apóstolos, não há menção ao estado sob qualquer condição. Estes primeiros crentes contribuíram com seus bens livremente, sem coerção, voluntariamente. Alhures nas Escrituras nós vemos que os cristãos são instruídos a doar somente desta maneira, livremente, “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria” (2 Coríntios 9:7). Há abundância de indicação de que os direitos de propriedade ainda estavam valendo...”
Isto pode frustrar os socialistas a aprender que as palavras e feitos de Cristo, repetidamente sustentadas desta maneira criticamente importante, referem-se às virtudes do capitalismo como contrato, lucro e propriedade privada. Por exemplo, considere a “Parábola dos Talentos”. Dos muitos homens na estória, o único que pega o dinheiro e o enterra é repreendido, enquanto o que investiu e gerou maior retorno é aplaudido e recompensado.
Ainda que não seja central à estória, boas lições de oferta e demanda bem como a santidade do contrato, são evidentes em Cristo na “Parábola dos Trabalhadores na Vinícola”. Um proprietário de terras oferece salário para atrair trabalhadores para um dia de trabalho urgente na coleta de uvas. Próximo ao fim do dia, ele percebe que precisa rapidamente empregar mais gente, e oferece por uma hora de trabalho o que havia previamente oferecido pagar aos primeiros trabalhadores por um dia de serviço. Quando um dos que tinham trabalhado o dia todo queixou-se, o proprietário de terras respondeu: “eu não estou sendo injusto com você, amigo. Você não concordou em trabalhar por um denário? Pegue seu pagamento e vá. Eu quero dar ao que foi empregado por último o mesmo que dei a você. Eu não tenho o direito de fazer o que quero com meu dinheiro? Ou você está com inveja porque estou sendo generoso?”
A bem conhecida “Regra de Ouro” veio dos lábios do próprio Cristo, em Mateus 7:12. “Então em tudo, faça aos outros o que você gostaria que fizessem a você, porque esta é a lei dos profetas”. Em Mateus 19:18, Cristo diz: “... ame a teu próximo como a ti mesmo”. Em nenhuma outra parte Ele remotamente sugeriu que você repugnasse seu próximo por sua riqueza, ou que procurasse tomar a riqueza dele. Se você não deseja que sua propriedade seja confiscada (e muitas pessoas não desejam, e não precisariam de um ladrão à disposição para dividir com ele de maneira alguma), então claramente você não deveria querer confiscar a propriedade de outros.
A doutrina cristã adverte contra a ganância. Como o faz em nossos dias o economista Thomas Sowell: “eu nunca entendi porque é “ganância” possuir o dinheiro que você mereceu mas não é ganância querer tirar o dinheiro de outros”. Utilizar o poder do governo para roubar a propriedade de outra pessoa não é exatamente altruístico. Cristo nunca sugeriu que acumular riqueza através do comércio pacífico era de alguma forma errado. Ele simplesmente suplicou às pessoas que não permitissem que a riqueza os dominasse ou corrompesse seu caráter. Por isto seu grande Apóstolo, Paulo, não disse que o dinheiro era mal na famosa referência em 1Timóteo 6:10. Aqui vai o que Paulo verdadeiramente disse: “Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”. De fato, os próprios socialistas não abandonaram o dinheiro de modo abnegado, eles estão clamando é pelo dinheiro de outras pessoas, especialmente o dos “ricos”.
Em Mateus 19:23, Cristo diz: “Em verdade vos digo, é difícil para um rico entrar no Reino dos Céus”. Um socialista poderia dizer: “Eureka! Aqui está! Ele não gosta de pessoas ricas” e então distorce a observação depois de reconhecer a justificativa de qualquer esquema do tipo “roube Pedro para pagar Paulo” que põe a montanha abaixo. Mas este conselho é inteiramente consistente com tudo o que Cristo falou. Não é um convite pra invejar os ricos, para tomar dos ricos e dar celulares “grátis” aos pobres. É um conselho para o caráter. É uma observação de que muitas pessoas deixam-se dominar pela riqueza, tanto quanto por outros meios em torno. É um alerta contra tentações (as quais vêm de muitas formas, não só pela riqueza material). Todos nós já não notamos que entre os ricos, como igualmente entre os pobres, existem boas e más pessoas? Todos nós já não vimos celebridades corrompidas por sua fama e fortuna, enquanto outros, entre os ricos, levam vidas dignas? Todos nós já não temos visto pessoas que permitem que a pobreza as desmoralize e debilite, enquanto outros, entre os pobres, veem a pobreza como um incentivo para melhorar de vida?
Nos ensinamentos de Cristo e em muitas outras partes do Novo Testamento, os cristãos,e, na verdade, todas as pessoas, são aconselhadas a serem “espíritos generosos”, a cuidar da família de alguém, a ajudar os pobres, assistir as viúvas e os órfãos, a revelar bondade e manter altivez de caráter. Como tudo isso pode ser traduzido no negócio sujo de coerção, compra de votos, esquemas de redistribuição politicamente dirigidos é um problema para prevaricadores com agenda. Não é um problema para estudiosos do que a Bíblia verdadeiramente diz ou não diz.
Examine sua consciência. Considere as evidências. Seja atento aos fatos. E pergunte-se: “Desejando ajudar os pobres, Cristo preferiria doar livremente seu dinheiro ao Exército da Salvação (ou a qualquer outra instituição de caridade) ou na mira de uma de arma ao departamento de assistência social do governo?
Cristo não era estúpido. Ele não estava interessado em profissionais públicos da caridade, postura na qual os fariseus legalistas e hipócritas se engajavam. Ele repudiou essa conversa fiada interesseira. Ele sabia que ela era sempre fingida, raramente indicativa de como eles conduziam seus afazeres pessoais, e que era sempre um fim de linha com abundância de enganos e desilusões pelo caminho. Dificilmente faria sentido para Ele defender os pobres apoiando políticas que minam o processo de criação de riqueza necessário para ajudá-los. Numa análise final, Ele nunca endossaria um esquema que não funciona e é orientado pela inveja e pelo roubo. A despeito das tentativas dos socialistas modernos em transformá-lo num Robin Hood, Ele nunca foi desses.


Da Foundation for Economic Education. Original aqui.

Tradução: Flávio Ghetti

Fonte - http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/15747-2015-04-01-21-18-27.html


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Doutrinação combina com educação? (por Osvaldo Lyra)


Osvaldo Lyra

Doutrinação combina com educação?

Publicada em 01/04/2015 07:16:11
Um episódio ocorrido recentemente na Universidade Federal da Bahia, em que uma professora da Faculdade de Comunicação teria insultado alunos da Faculdade de Direito, ao chamá-los de “coxinhas” (termo pejorativo usado para retratar os manifestantes em oposição ao governo Dilma Rousseff), trouxe à tona uma discussão até então adormecida nas unidades de ensino do país. Estaria em curso um processo de doutrinação ideológica nas escolas e universidades brasileiras? O tema, sensível e quase nunca tratado publicamente, chegou à Tribuna através de alunos da própria Ufba, que afirmam existir “um aparelhamento sistemático das universidades no Brasil”. O motivo, segundo disseram, é que não ser de esquerda nas faculdades, sobretudo públicas, se constitui num verdadeiro tormento. Muitos dos estudantes são moralmente achincalhados e intelectualmente perseguidos.
No episódio da Ufba, uma aluna que havia comparecido aos protestos no Farol da Barra, dia 15 de março, não teria tido coragem de se pronunciar em sala de aula, devido à pressão da professora. O argumento usado pelos integrantes da Universidade Federal da Bahia é que existe uma diferença muito grande entre ter opinião e impor ideologia. Eles dizem que a começar pelas bibliografias indicadas, “que são muito enviesadas”, não há espaço para pluralidade na vida acadêmica. Isso porque, autores, como Karl Marx e Paulo Freire, nitidamente alinhados à esquerda, são vendidos sob a áurea da neutralidade, passando uma sensação de falsa pluralidade, deixando de lado clássicos como Ludwic Von Mises, Aliomar Baleeiro e Ruy Barbosa.
No último dia 24, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados fez, pela primeira vez na história do país, uma audiência pública para debater a tentativa de doutrinação nas escolas públicas e privadas. À frente da ONG Escola Sem Partido, Miguel Nagib disse que a audiência preparava o caminho para uma lei nacional contra a doutrinação política e ideológica dos brasileiros. Para ele, o debate era para saber se as salas de aula estavam sendo usadas para favorecer, de forma direta ou indireta, governos, partidos e ideologias políticas, como vem denunciando, desde 2004, o movimento que lidera.
De acordo com Nagib, o uso da sala de aula para fins políticos e ideológicos afronta, a um só tempo, o princípio constitucional da neutralidade política e ideológica do Estado, e a liberdade de consciência dos estudantes, assegurada pelo art. 5º, VI, da Constituição Federal. “Mas não é só: ao abusar da liberdade de cátedra para tentar transformar seus alunos em réplicas ideológicas de si mesmo, o professor desrespeita os preceitos mais elementares da ética do magistério”, completou. Miguel Nagib diz ainda que muitos professores acreditam que, entre as quatro paredes da sala de aula, não têm contas a prestar à ética, pois, para eles, o que importa é transformar o mundo, construindo uma sociedade em conformidade com suas ideias de justiça.
O dirigente da ONG Escola Sem Partido cita ainda uma pesquisa do Instituto Sensus, que revelou, em 2008, que 80% dos professores reconhecem que seu discurso em sala de aula é politicamente engajado e que 60% dos pais e dos alunos têm a mesma opinião. E isso, tanto nas escolas particulares quanto nas unidades da rede pública.
Ideologias à parte, seja você de direita ou de esquerda, o fato é que o episódio da Ufba exige uma ampla discussão sobre o assunto. Não se pode permitir, num estado democrático de direito, que numa universidade os alunos não possam emitir suas opiniões, seja a favor ou contra o governo em questão. Uma escola e uma universidade devem incentivar, justamente, a diversidade, preparando e capacitando novos formadores de opinião. 




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