“A mesma invenção de Gutenberg que finalmente permitiu a impressão de textos em grande escala evoluiu para criar um paradoxo. Hoje a maior parte da pesquisa no Brasil é transformada em papel impresso, que por sua vez é lido e citado por outros papéis impressos. A cada citação um contador é incrementado e a performance da pesquisa acaba não sendo mais medida em transformação da riqueza em mais riqueza, mas sim na transformação da riqueza em papel e em um índice de citação. Este último usado para dar ao "especialista em artes gráficas" status e com isso mais poder de transformar mais riqueza em mais papel impresso. As árvores perdem e a reciclagem ganha. Talvez, no final, as funções da pesquisa no Brasil sejam, promover os "especialistas em artes gráficas" e enriquecer os empresários de reciclagem. Não conheço o mercado de reciclagem, mas se ele estiver empregando muitas pessoas e enriquecendo seus proprietários, estamos inovando de modo disruptivo ao criar um novo ecossistema de conversão de pesquisa em riqueza”.
Comentário irônico de um amigo a respeito
deste modelo de estímulo a geração de saber adotado pela CAPES, batizado por
alguns de CAPESGAME.
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