Colegas,
Nesta hora em que mais um colega troca nossa instituição por outra, fico feliz porque ele está buscando uma situação mais adequada de trabalho e de vida, mas preocupado conosco.
Para cobrir as carências de profissionais tanto aqui no Cefet como nas Universidades e Empresas Privadas, recorre-se a concursos, seleções etc. Então seleciona-se os profissionais, certo? Acho que não. Acredito que não fazemos mais estas escolhas. É uma ilusão achar que os escolhemos. Eles nos escolhem.
Nosso nível de salário não é mais tão diferente em relação a Universidade então, o que estamos fazendo para tornar nossa instituição mais atraente?
Não temos mais ex-alunos se tornando professores com a mesma incidência do passado. O vínculo afetivo com a instituição, o orgulho de seguir os passos dos mestres, fez muitos colegas ex-alunos se doarem alem do esperado, se sacrificarem aos olhos dos demais, que não entendiam porque aquele professor trabalhava tanto. E hoje?
Voltando as questões atrativas e desafiadoras que não conseguimos empreender e que merecem atenção, tem uma outra questão: que condições “impomos” a estes profissionais, muitas vezes intimidados em seu estágio probatório?
O texto a seguir fala de “Talentos e o Futuro da sua Empresa” e, mesmo que façamos parte de uma autarquia federal é interessante saber que o mundo gira, as pessoas fazem, criam, aprendem e crescem por estarem conseguindo abrir a mente e ver alem de seus próprios umbigos. O autor faz uma provocação dizendo que quando pessoas pedem demissão, na verdade "...as pessoas não se demitem (...), demitem-se de seus líderes."
Um abraço
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José Lamartine Neto
CEFET-BA/DTEE/Automação
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"Todos nós nascemos originais e morremos cópias." (Carl Gustav Jung)
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Talentos e o Futuro da sua Empresa
Por Silvio Celestino
23/09/2007
Texto disponível em http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Talentos_e_o_futuro_de_sua_empresa.htm
Sem profissionais com habilidades extras o destino de seu negócio será basicamente o crescimento moderado a estagnação ou o declínio até o desaparecimento e o que é pior: tudo a custa de muito esforço. A criação de talentos dentro da organização é portanto, uma questão que assegura o futuro da empresa. Este processo é feito basicamente a partir de desafios. São eles que estimulam os profissionais a se desenvolverem. Quanto mais percebe sua capacidade de enfrentar e superar desafios, mais interesse o profissional desperta por novas habilidades. É este desenvolvimento em suas várias dimensões que formam o talento do profissional e o torna valioso para a empresa. A criação dele começa, portanto, com a habilidade de se criar desafios e saber alinhar os propósitos do profissional ao da empresa.
Entretanto, uma vez criado, o próximo estágio que se impõe é a retenção deste profissional nos quadros da organização. Neste ponto é importante observar que as pessoas não se demitem das empresas, demitem-se de seus líderes. O indivíduo sabe que do mesmo modo que teve de se esforçar para lapidar seus talentos, a empresa teve uma contribuição decisiva não apenas proporcionando-lhe o emprego, mas treinamento e desafios para seu crescimento. Entretanto, o empresário não deve esperar reconhecimento por isso. Muitos se desiludem por achar que pelo fato de terem investido valores e tempo no desenvolvimento do empregado, este lhe deve lealdade ou mesmo compromisso para manter-se em seu posto por um tempo que represente o retorno sobre o investimento no treinamento. A realidade é que as pessoas para ficarem na empresa devem perceber que são respeitadas, pagas adequadamente e que possuem futuro. Por esta razão que se deve ter um profundo interesse em se manter antes de mais nada um clima organizacional positivo a partir do respeito a todos seus liderados. Além disso a empresa deve ter ações constantes para o crescimento. É a falta de crescimento que gera dúvidas sobre as possibilidades de futuro do profissional dentro da empresa. Quando se tem de forma permanente o crescimento como meta, os desafios automaticamente ficam cada vez maiores, realimentando o ciclo.
Contudo, se você decide pagar menos a seus funcionários para ter dinheiro para treiná-los, é melhor nem fazer o treinamento. Salários não são determinados pelo quanto você investe na formação de seu empregado, pelo prestígio de sua marca ou mesmo por seu carisma. Salários são determinados primordialmente pelo mercado. O melhor que a empresa pode fazer é pagar em acordo com ele e preocupar-se de forma constante e consistente com a formação de seus líderes. Eles são os principais responsáveis pela perda de talentos na organização devido acima de tudo por sua pouca formação em habilidades de liderança e que muitas vezes foram aprendidas de forma empírica e quase sempre inadequada. Não é raro nos workshops de liderança que ministro ver líderes que não sabem dar um feedback, fazer o follow up, delegar ou ao menos se comunicarem apropriadamente com seus liderados. Não há como se criar e reter talentos com executivos sem as habilidades mínimas de liderança.
Gerar desafios constantes alinhando propósitos empresariais e pessoais, pagar salários em acordo com o mercado e desenvolver continuamente seus líderes são ações que aumentam as possibilidades de se criar e reter talentos na empresa. São eles que garantem o futuro da organização.
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2 comentários:
Muito bom o seu texto sr. Lamartine. Neste momento me preparo para concurso de docência para o departamento de antropologia da UFBA, situação que aguardo há mais de 8 anos. Ou seja, estou me demitindo dos meus patrões-empresários, estou me demitindo da situação de professor-horista de faculdades privadas a que estive submetida desde os anos 1998. Arrependo-me de não ter levantado naquele domingo para fazer a prova do CEFET e ser hoje parte desta instituição(faltei a prova do último concurso para Sociologia). Despeço-me e volto aos meus planos de aula.
Cara Roca,
Procurei uma forma de agradecer seu comentário e desejar-lhe muito boa sorte neste concurso para UFBa.
Quanto a seu concurso para o Cefet, pena ter dormido até mais tarde, mas voce não podia adivinhar o futuro.
Só vemos como as coisas estão ligadas, ou seja, os fios que dão sentido a nossa vida, quando olhamos para traz.
Um abraço, obrigado e boa sorte
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