sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A NÓS HETEROS, RESTA TER FILHOS PARA ELES DOUTRINAREM


 
ggb

“Sobre nós, pais e mães, fica, na visão de Jean Wyllys e Luiz Mott, a missão de ter filhos. Aos ativistas gays fica a missão de doutrinar nossos filhos no homossexualismo, para que se tornem os novos gays e as novas lésbicas que o movimento homossexual precisa”. (Mídia Sem Máscara)

fonte - http://pelegrini.org/politica/11977


A integra da entrevista encontra-se dividido em cinco partes:

http://www.youtube.com/watch?v=GiU2IkfSXyo
http://www.youtube.com/watch?v=zcNQdvjSv-k
http://www.youtube.com/watch?v=YhJZhYO55qQ
http://www.youtube.com/watch?v=Iui5g-f5nBw
http://www.youtube.com/watch?v=897DqzFJsiY

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domingo, 17 de fevereiro de 2013

YOANI SÁNCHEZ, A DESINFORMATSIYA CUBANO-BRASILEIRA E A MÍDIA IDIOTA NACIONAL, por HEITOR DE PAOLA

YOANI SÁNCHEZ, A DESINFORMATSIYA CUBANO-BRASILEIRA E A MÍDIA IDIOTA NACIONAL

HEITOR DE PAOLA
17/02/2013

Anunciam para amanhã (18/02) a chegada ao Brasil, via Recife, da mais famosa blogueira cubana, tida como de oposição ao regime comunista, Yoani Sánchez.

Esta señorita é certamente o maior sucesso da desinformatsiya cubana e, como sempre acontece com os agentes de desinformação comunista, encanta os idiotas úteis de todo o mundo. É desnecessário re-escrever o que já publiquei anteriormente sobre esta mentirosa e falsa oposicionista cubana. Republico abaixo o artigo DE CUBA CON CARIÑO - UN REGALO DE LOS HERMANITOS CASTRO A LOS IDIOTAS ÚTILES DE BRASIL. Faz-se, no entanto, necessário comentar a montagem de mais uma manobra de desinformação para dar mais credibilidade à impostora: a invenção de uma vasta operação de espionagem sobre sua visita ao Brasil por parte dos serviços de informação de Cuba em conluio com o governo brasileiro. Divulgada pela Revista Veja, foi engolida a isca com anzol e tudo pelo ‘coleguinha’ blogueiro brasileiro, o famoso (?) Tio Rei (da cocada preta) Reinaldo Azevedo, supostamente muito bem informado (ver os textos Yoani a sujeira do governo cubano e de petistas e ESCÂNDALO, BAIXARIA E ILEGALIDADE).

É claro que existiu uma vasta operação que envolveu os dois governos comunistas, de Raúlzito e Dilmita, mas foi uma operação tipicamente comunista de desinformação exatamente para atrair a mídia nacional, e, via idiotas úteis como o acima mencionado, escandalizar a população. Dilma, Lula, os irmãos Castro e demais comunas devem estar rindo à socapa da imbecilidade da mídia nacional!

Vale lembrar que num documento do KGB chamado Manual do Diretório RT, desinformatsiya era definida como ‘a aberta apresentação ao inimigo de falsa informação ou materiais e documentos especialmente preparados com a finalidade de enganá-lo e induzi-lo a decisões e ações que correspondem aos interesses da URSS’ [[i]]. Antes o KGB e o GRU já haviam plantado com sucesso dezenas de falsas informações, das quais duas devem ser referidas aqui.

A primeira foi a criação de um grupo de resistência interna ao governo comunista chamado Trust, usado para desorientar os inimigos de fora e de dentro da URSS. Incluía vários ardis – falsos líderes de resistência, exércitos imaginários para confundir com a verdadeira e autêntica resistência que estava presa e sofrendo o diabo – até parece que Yoani é pura imitação cubana, pois os verdadeiros dissidentes cubanos ao invés de fazer compras em feiras maravilhosas às quais os cubanos não têm acesso (ver abaixo as fotos da Veja. deve ser nas áreas de acesso exclusivo dos membros do partido) ou beberem alegremente com os amigos, dormem sobre seus próprios excrementos nas masmorras.
 
O projeto WIN, desenvolvido na Polônia em 1941 era outro grupo ‘de oposição’ para ser visto pelo ocidente [[ii]].





Além do já citado artigo, forneço links para outros. Leiam a vejam se esta señorita merece a credibilidade que lhe está sendo dada pela mídia brasileira.
 
 



[i] Political Intelligence the Territory of USSR, Andropov Institute of the KGB, Moscou, 1989

[ii] WIN é a abreviatura para a frase em polonês Liberdade e Independência. Segundo o relatório para Moscou: ‘Desinformar o inimigo envolveu fornecer alguma informação autêntica (para estabelecer credibilidade) junto com puros engodos’ (Operação César, publicação do Partido Comunista Polonês, 1954)

 
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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Doutrinação Ideológica escolar - Klauber Cristofen Pires




 
Por Klauber Cristofen Pires

 
O problema da doutrinação ideológica nas escolas ainda se apresenta como um grande desafio a ser vencido. Afora a entidade Escola sem Partido e uns poucos pais atentos, praticamente nada mais tem servido de obstáculo à sanha de autores e professores inescrupulosos, que se valem da confiança dos genitores e da ingenuidade dos estudantes para influenciá-los com suas doutrinas espúrias, a fim de torná-los futuros “agentes de transformação social”.

Necessária se faz a união decidida dos responsáveis familiares para que revertamos este que a meu ver se trata de escandaloso crime: influenciar crianças desde a tenra idade. Ressalto que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069/1990) lhes prevê a proteção integral, “assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade” (Art. 3º). E que “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais” (Art. 5º).

Os autores de livros didáticos, as instituições de ensino e os professores que se acumpliciam no mister de conduzir de forma tendenciosa a educação das crianças, visando com isto concretizar seus projetos políticos, agem de forma deliberada e consciente, portanto dolosa, pois usam de uma notória posição de superioridade e muito pior do que isto, de uma relação de confiança, para melifluamente incutir nos jovens de cabeça tenra a sua próprias concepções de mundo tais como postulados fossem.

A criança tem o direito de receber a informação isenta, ampla e intelectualmente honesta. Aliás, qualquer cidadão em qualquer idade tem este direito, senão que afirmo haver muito maior ênfase no que toca aos primeiros, obviamente, por se encontrarem em situação de especial fragilidade.

Há quem dissemine por aí que nenhum discurso há de ser plenamente isento, e que qualquer palestrante busca conquistar os seus ouvintes segundo suas convicções, mesmo que sem perceber. Trata-se de maliciosa camuflagem. O educador – o autor do livro didático ou o professor - tem o dever de apresentar e explicar fidedignamente as diferentes correntes sobre fatos controversos, por mais simpática que lhe possa parecer uma em particular. O educador pode até defender este ou aquele ponto de vista sobre qualquer assunto, mas se falsifica ou omite fatos e versões, ou mesmo se apresenta suas convicções pessoais como verdades axiomáticas, então está a agir de forma intelectualmente desonesta, e isto é objetivamente demonstrável.



É o caso do livro didático Geografia – Espaço e Vivência - 8º ano - Atual Editora – Editora Saraiva, 2011 - de Levon Boligian, Rogério Martinez, Wanessa Pires Garcia Vidal e Andressa Turcatel Alves Boligian.

No Capítulo 2, à página 26, os autores estatuem:

“Nas sociedades capitalistas, a acumulação de capital torna-se possível
porque há duas classes ou grupos sociais distintos: os capitalistas e
os trabalhadores. Assim, a divisão do trabalho é baseada nessas
classes sociais, e não no sexo ou na idade, como ocorre nas
sociedades nômades e agrícolas que examinamos.

Essa característica é chamada pelos estudiosos de
“divisão social do trabalho”
 
Os autores cometem no parágrafo acima duas mentiras. A primeira é a de que a produção livre ou capitalista teria fundado duas classes distintas e estanques, assim como a sociedade das abelhas ou mesmo a sociedade humana de castas, como milenarmente tem ocorrido na Índia. Ora, justamente o oposto é que é verdadeiro: o sistema capitalista enterrou os privilégios de nascença, sexo, raça ou religião. Atente-se como é fato incontroverso que um sem número de trabalhadores veio a abrir negócios como empresários e vice-versa, ou exercer ambas as funções simultaneamente, bem como há trabalhadores que logram obter bem mais renda que muitos empresários. Ainda, tal afirmação omite que a maioria dos empresários trabalha muito, e a bem da verdade, sem gozar muitos dos direitos trabalhistas conferidos aos seus próprios empregados. A segunda mentira é afirmar que o conceito de “divisão social do trabalho” provém dos “estudiosos”, como se fosse matéria pacífica. Trata-se, isto sim, de um conceito fundado por Karl Marx e utilizado por seus seguidores para explicar um fenômeno que é peculiar à sua doutrina, qual seja, o de propor que haja uma exploração dos trabalhadores pelos empresários (“mais-valia”).

Adiante, prosseguem:

Na verdade, o salário não corresponde ao valor real daquilo que é
produzido pelo trabalhador, ficando o capitalista com o
excedente, ou seja, o lucro. É dessa forma que o
capitalista consegue acumular capital por meio
da exploração da força de trabalho
e dos meios de produção.
 
“Na verdade,”? Eis a mentira mais deslavadamente apregoada nas últimas décadas no sistema de ensino brasileiro. Karl Marx era um sujeito extremamente sórdido e tratante: Além de adulterar a divulgação dos dados estatísticos do parlamento britânico, conhecidos como “blue books”, invertendo os dados de trinta anos antes com os da época de sua consulta, como forma de “demonstrar” a alegada queda do nível de vida dos trabalhadores ingleses, quando, ao invés, esta estava aumentando de qualidade, vivia a defender sua teoria contra as objeções de cientistas sérios valendo-se de isolá-la em casos cada vez mais específicos, até ao ponto de propor que os empresários expropriavam somente “a última hora de trabalho” dos seus empregados.
 
Saliente-se que o próprio pensador alemão provavelmente resignou-se perante os que seriamente demonstraram a falsidade de sua teoria, como Karl Menger, Böhm-Bawerk, Jevons e Walras, ou não teria desistido de publicar o segundo e terceiro volumes de “O capital”, que já estavam prontos antes mesmo de estruturado o primeiro. Karl Marx, nesta época, contava 49 anos, e vivia o auge no auge de sua prolífica atividade intelectual. Estes volumes restantes somente foram editados e publicados por Engels, em 1884, quase trinta anos depois da publicação do primeiro volume (Ação Humana, 2ª ed., p. 80).

A completa falsidade da afirmação dos autores complementa-se com a fundamental falácia da teoria objetiva do valor, segundo a qual os bens produzidos deveriam ser valorizados segundo a quantidade de horas trabalhadas empregadas neles. Para facilmente deduzirmos o seu absurdo, basta-nos perguntar qual seria o salário justo do empregado de uma firma que empreendesse dez horas de labor para produzir um bem muito pouco desejado pelos consumidores, como por exemplo, uma tv em preto e branco acionada a válvulas.

Fato é que jamais algum economista marxista conseguiu definir o valor ideal do homem-hora, e sim que todos os seus esforços sempre se concentraram na também malograda estipulação de um salário “vitalmente necessário”, isto é, decorrente não da produtividade dos trabalhadores, mas de suas necessidades pessoais (O quê os consumidores têm com isso?) Não obstante, foi esta teoria que deu vida à lei do salário mínimo vigente em diversos países – e observem como são díspares entre si.

Sem delongar-me mais que o necessário para o propósito desta exposição, aponto para o mais importante: observem, prezados pais, mães e professores idôneos, como astutamente os autores omitem que a sentença declarada como “verdade” por eles trata-se da “teoria marxista da mais-valia”. Tal omissão não é despropositada. Além de dificultar a pesquisa voluntária por parte dos estudantes, eis que “mais-valia” representa uma importante palavra-chave, que poderia fazê-los se defrontar com o fato de ser apenas uma teoria em meio a outras tantas que lhe objetam, a omissão se reveste de um caráter subliminar: fazer com que os jovens, nesta época, absorvam o ensino apenas intuitivamente e relembrem dele lá na frente, no ensino superior, quando aí sim saberão que se trata da dita teoria e se identifiquem mais facilmente com ela.

As críticas acima não são exaustivas. Toda a obra é repleta de afirmações tendenciosas, como a seguir:
 
“Acredita-se que cerca de 15% das espécies de seres vivos do
planeta foram extintas durante o século XX, vítimas das
transformações causadas à natureza pelas sociedades humanas,
sobretudo pela sociedade capitalista industrial.” (p. 31)
 
Seria bom que os autores pudessem explicar como a área verde dos Estados Unidos é hoje maior do que a da época da colonização, enquanto a União Soviética transformou o piscoso mar de Aral em um putrefato e desértico cemitério de navios.

No capítulo 4, o livro acentua o seu caráter advogatício do socialismo: 

“A maneira como o capitalismo se organiza e se desenvolve
tem sido apontada como a principal causa dos grandes dilemas
que enfrentamos, ou seja, esse sistema não tem sido
capaz de assegurar uma convivência harmoniosa
entre os seres humanos e destes com a natureza.

Nessa perspectiva, muitos estudiosos afirmam que a profunda
crise pela qual passa o mundo de hoje é gerada
pelo sistema capitalista”. (p. 49)
 
Que estudiosos são esses? A crise atual tem sido criada pelo sistema capitalista ou pelo progressivo intervencionismo estatal?

Na mesma página, os autores citam como problemas decorrentes do capitalismo: “a difícil relação capital versus trabalho” (os salários dos trabalhadores dos países capitalistas têm sido piores do que os dos socialistas?), “a devastação da natureza” (O que dizer da destruição do mar de Aral e da desertificação da China, que hoje recebe ajuda japonesa em obras de replantio?), “o aumento das desigualdades sociais” com aumento da miséria enquanto alguns acumulam verdadeiras fortunas (então por qual motivo os trabalhadores dos países mais capitalistas têm aumentado de renda com o passar dos anos?) e “perda de valores”, isto é, pelo aumento do consumo em detrimento das relações humanas, com destaque para uma foto de uma menina observando um mendigo (Que valores os cidadãos dos países socialistas podem preservar? Quem ainda não viu uma foto de cidadãos chineses passando ao largo de bebês, especialmente meninas, moribundas e largadas na sarjeta? Em quê a mais competente produção de bens e serviços capitalista pode prejudicar os valores humanos, senão até mesmo a propiciar que sejam melhor defendidos?

Adiante, à página 50, os autores expõem o sistema socialista sem mencionar nem sequer uma crítica a este modelo que ocasionou a morte de mais de cem milhões de vidas. Pelo contrário, o sistema é louvado como uma alternativa “às grandes desigualdades sociais que sempre marcaram o capitalismo” e resultante de uma “profunda análise” realizada pelos alemães Karl Marx e Friedich Engels.

Interessante, á página 51, é a explicação dos autores para a queda do socialismo, isto é, coerente com a velha tradição de colocar a culpa nos outros:

“O socialismo que foi implantado nos vários países do mundo não seguiu exatamente o modelo inspirado na teoria de Marx e Engels”.

Trata-se de flagrante mentira: Primeiro, porque Marx defendeu ostensivamente a emergência da ditadura do proletariado e a aniquilação de povos considerados inferiores, tais como os mexicanos, irlandeses e poloneses, e segundo porque nunca houve uma proposta terminativa do paraíso socialista: o devenir seria conhecido quando viesse. Agora vejam esta:

“Somava-se a esses problemas econômicos e políticos a grande campanha do mundo capitalista ocidental, especialmente dos Estados Unidos e seus aliados, contra o modo de vida socialista”.

Qual era exatamente o modo de vida socialista? Viver de racionamentos e trabalhos forçados nos Gulags?

Infelizmente, ainda não acabou a doutrinação ideológica.

No capítulo XI, os autores requentam a teoria da dependência latino-americana em relação ao imperialismo dos Estados Unidos (p. 106) e escreveram um paradoxal texto que tem como título “Cuba, país que rompeu com os Estados Unidos” (p. 109) no qual culpa o embargo econômico imposto pelos EUA pela crise que o regime atualmente enfrenta (???). Ainda assim, segundo os autores:

 
“Esse governo, de natureza ditatorial, introduziu uma ampla reforma
agrária, eliminando os latifúndios, e passou ao controle do
Estado os meios de produção, nacionalizando as empresas
estrangeiras. Além disso, priorizou de maneira absoluta os
setores de saúde e educação, fato que proporcionou uma
expressiva melhora nas condições de vida da população.”

...

Mesmo sofrendo o embargo econômico promovido pelos Estados Unidos,
Cuba conseguiu colocar em andamento as reformas econômicas planejadas
pelo regime socialista. Isto foi possível com o apoio que o país recebeu
da União Soviética, seu mais importante parceiro comercial.
A União Soviética adquiria grande parte do principal
produto cubano: o açúcar.

Aos fatos: as melhoras de saúde e educação não passam de propaganda oficial. Não se pode falar de educação em um país onde a informação é absolutamente censurada. O que existe, quando muito, é uma instrução utilitária que sirva aos cubanos para exercerem as funções para as quais forem alocados pelo estado. Quanto à saúde, é fato sabido que os médicos cubanos recorrentemente não logram demonstrar conhecimentos mínimos quando buscam reconhecimentos em diversos outros países, inclusive o Brasil. Quanto aos êxitos da reforma agrária, a famosa “libreta”, a caderneta de racionamento que cada cubano tem de apresentar ao governo, contém itens que somente são entregues de maneira fictícia (os cidadãos são obrigados a assiná-la mesmo sem ter recebido os bens), sendo que o que recebem mal dá para uma semana. O próprio jornal Granma, em diversas reportagens, reconhece o grave problema da produção de alimentos da ilha e comemora índices de produtividade que no Brasil seriam considerados irrisórios. Consta até que a OMS teria determinado ao governo cubano, por meio de uma resolução, aumentar a dieta dos seus governados de 1600 para 1800 calorias diárias, por conta de uma epidemia de avitaminose.

Somente como uma piada que se pode conceber que o problema da falta de prosperidade de um país socialista resida no embargo econômico imposto por um país capitalista! Ora, se é para o socialismo ser a resposta para o bem estar da humanidade, Cuba é que estaria a impor um embrago aos EUA! O fato é que este país desperdiçou muito do dinheiro externo que recebeu em diferentes momentos - e o povo vive uma miséria extrema e sofre com a total ausência de direitos civis. No entanto, no livro em comento, as fotos só são de crianças bem vestidas recebendo aulas de computação e de paradisíacos resorts – que os cubanos são proibidos de frequentar como hóspedes.

Peço licença para esquivar-me de comentar mais disparates desta trupe de aliciadores de menores! Creio, no entanto, que o exposto já serve de prova abundante da suprema desonestidade intelectual contida nesta obra de verdadeiros cafajestes e tarados ideológicos.

Senhores pais e mães, senhores professores probos! Ajudem a denunciar este livro. Se ele está sendo usado na escola dos seus filhos ou de seus alunos, prestem queixa ao estabelecimento, bem como ao Ministério Público, e cooperem com esta denúncia, divulgando-a ao máximo. Ou queremos que nossos filhos se transformem em dóceis ovelhas eleitorais?

 


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O que os nazistas copiaram de Marx - por Ludwig von Mises

O que os nazistas copiaram de Marx
por , terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


KarlMarxWithHitlerMask.jpgO marxismo afirma que a forma de pensar de uma pessoa é determinada pela classe a que pertence. Toda classe social tem sua lógica própria. Logo, o produto do pensamento de um determinado indivíduo não pode ser nada além de um "disfarce ideológico" dos interesses egoístas da classe à qual ele pertence. A tarefa de uma "sociologia do conhecimento", segundo os marxistas, é desmascarar filosofias e teorias científicas e expor o seu vazio "ideológico". A economia seria um expediente "burguês" e os economistas são sicofantas do capital. Somente a sociedade sem classes da utopia socialista substituirá as mentiras "ideológicas" pela verdade.
Este polilogismo, posteriormente, assumiu várias outras formas. O historicismo afirma que a estrutura lógica da ação e do pensamento humano está sujeita a mudanças no curso da evolução histórica. O polilogismo racial atribui a cada raça uma lógica própria.

O polilogismo, portanto, é a crença de que há uma multiplicidade de irreconciliáveis formas de lógica dentro da população humana, e estas formas estão subdivididas em algumas características grupais.

Os nazistas fizeram amplo uso do polilogismo. Mas os nazistas não inventaram o polilogismo. Eles apenas criaram seu próprio estilo de polilogismo.

Até a metade do século XIX, ninguém se atrevia a questionar o fato de que a estrutura lógica da mente era imutável e comum a todos os seres humanos. Todas as interrelações humanas são baseadas nesta premissa de que há uma estrutura lógica uniforme. Podemos dialogar uns com os outros apenas porque podemos recorrer a algo em comum a todos nós: a estrutura lógica da razão.

Alguns homens têm a capacidade de pensar de forma mais profunda e refinada do que outros. Há homens que infelizmente não conseguem compreender um processo de inferência em cadeias lógicas de pensamento dedutivo. Mas, considerando-se que um homem seja capaz de pensar e trilhar um processo de pensamento discursivo, ele sempre aderirá aos mesmos princípios fundamentais de raciocínio que são utilizados por todos os outros homens. Há pessoas que não conseguem contar além de três; mas sua contagem, até onde ele consegue ir, não difere da contagem de Gauss ou de Laplace. Nenhum historiador ou viajante jamais nos trouxe nenhuma informação sobre povos para quem A e não-A fossem idênticos, ou sobre povos que não conseguissem perceber a diferença entre afirmação e negação. Diariamente, é verdade, as pessoas violam os princípios lógicos da razão. Mas qualquer um que se puser a examinar suas deduções de forma competente será capaz de descobrir seus erros.

Uma vez que todos consideram tais fatos inquestionáveis, os homens são capazes de entrar em discussões e argumentações. Eles conversam entre si, escrevem cartas e livros, tentam provar ou refutar. A cooperação social e intelectual entre os homens seria impossível se a realidade não fosse essa. Nossas mentes simplesmente não são capazes de imaginar um mundo povoado por homens com estruturas lógicas distintas ente si ou com estruturas lógicas diferentes da nossa.

Mesmo assim, durante o século XIX, este fato inquestionável foi contestado. Marx e os marxistas, entre eles o "filósofo proletário" Dietzgen, ensinaram que o pensamento é determinado pela classe social do pensador. O que o pensamento produz não é a verdade, mas apenas "ideologias". Esta palavra significa, no contexto da filosofia marxista, um disfarce dos interesses egoístas da classe social à qual pertence o pensador. Por conseguinte, seria inútil discutir qualquer coisa com pessoas de outra classe social. Não seria necessário refutar ideologias por meio do raciocínio discursivo; ideologias devem apenas ser desmascaradas, denunciando a classe e a origem social de seus autores. Assim, os marxistas não discutem os méritos das teorias científicas; eles simplesmente revelam a origem "burguesa" dos cientistas.

Os marxistas se refugiam no polilogismo porque não conseguem refutar com métodos lógicos as teorias desenvolvidas pela ciência econômica "burguesa"; tampouco conseguem responder às inferências derivadas destas teorias, como as que demonstram a impraticabilidade do socialismo. Dado que não conseguiram demonstrar racionalmente a validade de suas idéias e nem a invalidade das idéias de seus adversários, eles simplesmente passaram a condenar os métodos lógicos. O sucesso deste estratagema marxista foi sem precedentes. Ele tornou-se uma blindagem contra qualquer crítica racional à pseudo-economia e à pseudo-sociologia marxistas. Ele fez com que todas as críticas racionais ao marxismo fossem inócuas.

Foi justamente por causa dos truques do polilogismo que o estatismo conseguiu ganhar força no pensamento moderno.

O polilogismo é tão inerentemente ridículo, que é impossível levá-lo consistentemente às suas últimas consequências lógicas. Nenhum marxista foi corajoso o suficiente para derivar todas as conclusões que seu ponto de vista epistemológico exige. O princípio do polilogismo levaria à inferência de que os ensinamentos marxistas também não são objetivamente verdadeiros, mas sim apenas afirmações "ideológicas". Mas isso os marxistas negam. Eles reivindicam para suas próprias doutrinas o caráter de verdade absoluta.

Dietzgen ensina que "as idéias da lógica proletária não são idéias partidárias, mas sim o resultado da mais pura e simples lógica". A lógica proletária não é "ideologia", mas sim lógica absoluta. Os atuais marxistas, que rotulam seus ensinamentos de sociologia do conhecimento, dão provas de sofrerem desta mesma inconsistência. Um de seus defensores, o professor Mannheim, procura demonstrar que há certos homens, os "intelectuais não-engajados", que possuem o dom de apreender a verdade sem serem vítimas de erros ideológicos. Claro, o professor Mannheim está convencido de que ele mesmo é o maior dos "intelectuais não-engajados". Você simplesmente não pode refutá-lo. Se você discorda dele, você estará apenas provando que não pertence à elite dos "intelectuais não-engajados", e que seus pensamentos são meras tolices ideológicas.

Os nacional-socialistas alemães tiveram de enfrentar o mesmo problema dos marxistas. Eles também não foram capazes nem de demonstrar a veracidade de suas próprias declarações e nem de refutar as teorias da economia e da praxeologia. Consequentemente, eles foram buscar abrigo no polilogismo, já preparado para eles pelos marxistas. Sim, eles criaram sua própria marca de polilogismo. A estrutura lógica da mente, diziam eles, é diferente para cada nação e para cada raça. Cada raça ou nação possui sua própria lógica e, portanto, sua própria economia, matemática, física etc. Porém, não menos inconsistente do que o Professor Mannheim, o professor Tirala, seu congênere defensor da epistemologia ariana, declara que a única lógica e ciência verdadeiras, corretas e perenes são as arianas. Aos olhos dos marxistas, Ricardo, Freud, Bergson e Einstein estão errados porque são burgueses; aos olhos dos nazistas, estão errados porque são judeus. Um dos maiores objetivos dos nazistas é libertar a alma ariana da poluição das filosofias ocidentais de Descartes, Hume e John Stuart Mill. Eles estão em busca da ciência alemã arteigen, ou seja, da ciência adequada às características raciais dos alemães.

Como hipótese, podemos supor que as capacidades mentais do homem sejam resultado de suas características corporais. Sim, não podemos demonstrar a veracidade desta hipótese, mas também não é possível demonstrar a veracidade da hipótese oposta, conforme expressada pela hipótese teológica. Somos forçados a admitir que não sabemos como os pensamentos surgem dos processos fisiológicos. Temos vagas noções dos danos causados por traumatismos ou por outras lesões infligidas em certos órgãos do copo; sabemos que tais danos podem restringir ou destruir por completo as capacidades e funções mentais dos homens. Mas isso é tudo. Seria uma enorme insolência afirmar que as ciências naturais nos fornecem informações a respeito da suposta diversidade da estrutura lógica da mente. O polilogismo não pode ser derivado da fisiologia ou da anatomia, e nem de nenhuma outra ciência natural.

Nem o polilogismo marxista e nem o nazista conseguiram ir além de declarar que a estrutura lógica da mente é diferente entre as várias classes ou raças. Eles nunca se atreveram a demonstrar precisamente no quê a lógica do proletariado difere da lógica da burguesia, ou no quê a lógica ariana difere da lógica dos judeus ou dos ingleses. Rejeitar a teoria das vantagens comparativas de Ricardo ou a teoria da relatividade de Einstein por causa das origens raciais de seus autores é inócuo. Primeiro, seria necessário desenvolver um sistema de lógica ariana que fosse diferente da lógica não-ariana. Depois, seria necessário examinar, ponto por ponto, estas duas teorias concorrentes, e mostrar onde, em cada raciocínio, são feitas inferências que são inválidas do ponto de vista da lógica ariana mas corretas do ponto de vista não-ariano. E, finalmente, seria necessário explicar a que tipo de conclusão a substituição das erradas inferências não-arianas pelas corretas inferências arianas deve chegar. Mas isso jamais foi e jamais será tentado por ninguém. Aquele gárrulo defensor do racismo e do polilogismo ariano, o professor Tirala, não diz uma palavra sobre a diferença entre a lógica ariana e a lógica não-ariana. O polilogismo, seja ele marxista ou nazista, jamais entrou em detalhes.

O polilogismo possui um método peculiar de lidar com opiniões divergentes. Se seus defensores não forem capazes de descobrir as origens e o histórico de um oponente, eles simplesmente taxam-no de traidor. Tanto marxistas quanto nazistas conhecem apenas duas categorias de adversários. Os alienados — sejam eles membros de uma classe não-proletária ou de uma raça não-ariana — estão errados porque são alienados. E os opositores que são de origem proletária ou ariana estão errados porque são traidores. Assim, eles levianamente descartam o incômodo fato de que há divergências entre os membros daquela que dizem ser sua classe ou sua raça.

Os nazistas gostam de contrastar a economia alemã com as economias judaicas e anglo-saxônicas. Mas o que chamam de economia alemã não difere em nada de algumas tendências observadas em outras economias. A economia nacional-socialista foi moldada tendo por base os ensinamentos do genovês Sismondi e dos socialistas franceses e ingleses. Alguns dos mais velhos representantes desta suposta economia alemã apenas importaram idéias estrangeiras para a Alemanha. Frederick List trouxe as idéias de Alexander Hamilton à Alemanha; Hildebrand e Brentano trouxeram as idéias dos primeiros socialistas ingleses. A economia alemã arteigen é praticamente igual às tendências contemporâneas observadas em outros países, como, por exemplo, o institucionalismo americano.

Por outro lado, o que os nazistas chamam de economia ocidental — e, portanto, artfremd [estranho à raça] — é em grande medida uma conquista de homens a quem que nem mesmo os nazistas podem negar o termo 'alemão'. Os economistas nazistas gastaram muito tempo pesquisando a árvore genealógica de Carl Menger à procura de antepassados judeus; não conseguiram. É um despautério querer explicar o conflito que há entre a genuína teoria econômica e o institucionalismo e o empiricismo histórico como se fosse um conflito racial ou nacional.

O polilogismo não é uma filosofia ou uma teoria epistemológica. É apenas uma postura de fanáticos de mentalidade estreita que não conseguem conceber que haja pessoas mais sensatas ou mais inteligentes que eles próprios. Tampouco é o polilogismo algo científico. Trata-se da substituição da razão e da ciência pela superstição. É a mentalidade característica de uma era caótica.

Artigo extraído do livro Omnipotent Government: The Rise of Total State and Total War,originalmente publicado em 1944.
Ludwig von Mises foi o reconhecido líder da Escola Austríaca de pensamento econômico, um prodigioso originador na teoria econômica e um autor prolífico. Os escritos e palestras de Mises abarcavam teoria econômica, história, epistemologia, governo e filosofia política. Suas contribuições à teoria econômica incluem elucidações importantes sobre a teoria quantitativa de moeda, a teoria dos ciclos econômicos, a integração da teoria monetária à teoria econômica geral, e uma demonstração de que o socialismo necessariamente é insustentável, pois é incapaz de resolver o problema do cálculo econômico. Mises foi o primeiro estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana, uma ciência que Mises chamou de "praxeologia".

O Almoço dos 420 !

Palavras do Ex-ministro Jarbas passarinho, por ocasião do almoço de solidariedade ao Cel Carlos Alberto Brilhante Ustra, realizado hoje, 21 de novembro de 2006 em Brasília. Ao ato, compareceram cerca de 420 pessoas, entre militares das três forças e civis, muitos acompanhados de suas esposas.

Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, no crepúsculo de minha vida, recebo com honra a excelsa a missão que me cometeram nossos camaradas de farda: saudar um patriota que a mentira, a difamação e a calúnia, arma dos covardes, intenta retratar como réprobo.
 

De que o acusam e quem o acusa? Do crime – como se crime fosse defender com o risco da própria vida a sua, a nossa Pátria. Seus acusadores, esses sim, são militantes de um partido comunista que tem, ainda hoje, em Stalin o seu herói, um tirano que, por quase trinta anos, matou ou mandou assassinar milhões de pessoas de seu próprio povo por terem ousado discordar de sua figura sinistra. Eles mentem, difamando, a história, ao revés, prova que eles, sim, são os violadores cruéis dos direitos humanos. Prova-o o famoso discurso de Krushev, um libelo documentado no vigésimo Congresso do partido Comunista da União Soviética, que revelou as perversidades, as torturas, as execuções dos caídos em desgraça nos quase trinta anos de terror do déspota que disputou com Hitler a autoria das inapagáveis manchas da civilização do século vinte. No Brasil, esses stalinistas, inimigos figadais da liberdade, a título de escarmentar os civis que ajudaram a localizar seus esconderijos, retalharam, friamente e pouco a pouco, o corpo de um adolescente na presença de seus pais no Araguaia. E ainda têm a desfaçatez de se dizerem combatentes pela liberdade. 

Na área urbana, eram conduzidos principalmente por um desertor ladrão de armas e munição do seu quartel e por um defensor da prática do terrorismo. Aquele que não mereceu vestir a farda do glorioso Exército brasileiro, assassinou filhos do povo, vigilantes de bancos, seguranças de embaixadores e cometeu a maior perfídia militar, ao estourar, a coronhadas de fuzil, o cérebro de um tenente que se oferecia para refém, num ato nobre, para salvar a vida de comandados feridos em entrechoque. O outro, um comunista histórico, influiu na conduta covarde dos terroristas que estilhaçaram o corpo de um pobre soldado sentinela de quartel do Exército, eliminaram oficiais estrangeiros que estudavam nos educandários brasileiros, tinham como companheiros de felonia jovens dominicanos que conduziram, conscientes da indignidade da sua conduta, à emboscada fatal. Esta saga sádica mereceu deles, como se fora uma proeza, um livro premiado em Cuba, onde contam como mataram covardemente em nome de uma causa que nega Deus. Quem praticou torpezas tais, pôde deixar sórdidos discípulos que, décadas depois da lei de anistia, como agora, ousam tentar manchar a reputação de soldados exemplar, para servir ao ódio ideológico e que até apelidaram de justiçamento o assassínio de seus asseclas suspeitos de deserção.

Jovem major do Exército, concluinte da Escola de Comando e Estado Maior, foi o senhor designado para dirigir o órgão de contra-insurreição em São Paulo. A missão apátrida dos agressores armados jamais recebeu apoio popular, condição essencial para a vitória das guerrilhas. Nunca o tiveram. Derrotados, mistificam, dizendo-se vencidos pela violência contra os direitos humanos que nunca respeitaram. Tentam, com requintes de falsidades, fazê-lo objetivo de sua odienta ideologia, logo o senhor que se conduziu no cumprimento de seu dever, opondo ao ódio o tratamento humanitário, auxiliado generosamente por sua digna esposa, na esperança de fazê-los refletir sobre a insanidade a que se haviam associado.

O senhor está pagando o preço de ver-se vítima do rancor dos vencidos, mas como usamos dizer em tática, da ação judicial tardia há uma missão deduzida. Revanchistas, ao que visam – depois de receberem do governo indenizações vultosas, para compensar a derrota na luta armada que desencadearam – e imitar revanchistas vizinhos, que revogaram a lei da anistia e da obediência devida. Obediência que foi devida à defesa da Pátria, da liberdade de culto, de não ter medo nem ter fome, que os países comunistas remanescentes no mundo não respeitam.

Patriota, coronel Ustra, o senhor honrou o compromisso que jurou ao receber a espada de Oficial. Nunca a desembainhou sem razão e, depois de cumprir a missão, não a embainhou sem honra. Defendeu a Pátria que nos ensinou Ruy Barbosa “não ser um sistema, nem uma seita, nem uma forma de governo. É o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade”.

Queira aceitar a nossa solidariedade, o reconhecimento de sua luta ingente contra a calúnia, ao repetir, neste século, a divisa empolgante da Cavalaria Medieval: “Perca-se tudo, menos a honra”.
Jarbas Passarinho – 21 de novembro de 2006.
 
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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Pensando como os revolucionários

A técnica da “solução agravante”, que já mencionei em artigo anterior, é uma das constantes históricas mais salientes do movimento revolucionário. Os casos são tantos e tão evidentes que chega a ser espantosa a ingenuidade com que liberais e conservadores continuam discutindo (e não raro aceitando) as propostas sociais esquerdistas pelo sentido literal dos seus objetivos proclamados, sem atinar com o astuto mecanismo gerador de crises que elas sempre trazem embutido.

A dificuldade, nesse caso, vem do descompasso entre a mentalidade científico-positivista dominante na prática do capitalismo e a visão histórico-dialética que orienta o movimento revolucionário. Aquela segue uma lógica linear em que, definido um objetivo, os meios se encadeiam racionalmente para produzir um efeito que, uma vez alcançado, pode ser medido e avaliado objetivamente em termos de sucesso ou fracasso.

A lógica revolucionária opera sempre com dois objetivos simultâneos e antagônicos, um declarado e provisório, o outro implícito e constante. O primeiro é a solução de algum problema social ou de alguma crise. O segundo é a desorganização sistemática da sociedade e o aumento do poder do grupo revolucionário.

Entre o problema apontado e a solução proposta há sempre um "non sequitur", um hiato lógico, camuflado sob forte apelo emocional. Mas entre os meios adotados e o objetivo verdadeiro a conexão é sempre de uma lógica perfeita, inexorável. O problema sai intacto ou agravado. O movimento revolucionário sai fortalecido.

Em seu já clássico The Vision of the Annointed (New York, Basic Books, 1995), Thomas Sowell fornece, entre outros exemplos, o da educação sexual, proposta nos anos 60 como remédio infalível contra a proliferação dos casos de gravidez e de doenças venéreas entre meninas de escola.
Contra a advertência óbvia de que quanto mais ouvissem falar de sexo mais as garotas se interessariam em praticá-lo, a medida foi adotada em metade das escolas americanas. Resultado: a incidência de doenças venéreas entre as estudantes aumentou em 350% em quinze anos, e os casos de gravidez passaram de 68 por mil em 1970 para 96 por mil em 1985, enquanto o número de abortos ultrapassava o de nascimentos. Diante do fato consumado, os promotores da ideia genial passaram à etapa seguinte: promover o livre acesso às clínicas de aborto para as menores de idade.

Outro exemplo, mais claro ainda – que não está no livro –, é a conhecida estratégia Cloward-Piven . Concebida por dois discípulos do revolucionário profissional Saul Alinsky, Richard A. Cloward e Frances Fox Piven, seu objetivo nominal era "acabar com a pobreza". O verdadeiro objetivo só transparecia obscuramente na exposição dos meios. "Se esta estratégia for implementada – prometiam os autores –, o resultado será uma crise política que poderá levar a uma legislação que garanta uma renda anual e portanto acabe com a pobreza."

O plano não explicava como extrair da tal crise a legislação pretendida, nem de onde proviriam os recursos para garantir a cada cidadão americano uma renda anual; detalhava apenas os meios de produzir a crise (subentendendo, sem a mais mínima razão, que esta geraria por si o fim da pobreza). Esses meios consistiam em recrutar o maior número de pessoas e convencê-las a exigir da Previdência Social todos os benefícios a que legalmente tinham direito, quer precisassem deles ou não.

É evidente que nenhum sistema de previdência social do mundo tem meios de fornecer todos os benefícios a todo mundo ao mesmo tempo. Em suma: não se tratava de eliminar a pobreza, mas de quebrar a Previdência e, junto com ela, os bancos, espalhando a pobreza em vez de eliminá-la e impondo quase que automaticamente a maior intervenção do Estado na economia.

O resultado foi atingido em 2008, favorecendo a eleição de Barack Hussein Obama, o qual, não por coincidência, tivera como seu único emprego na vida o de "organizador comunitário" incumbido de por em ação… a estratégia Cloward-Piven.

Mas o exemplo mais lindo de todos é a política do mesmo Barack Hussein Obama no Oriente Médio. Objetivo nominal: implantar a democracia moderna nos países islâmicos. Meio adotado: espalhar dinheiro e armas entre os movimentos de resistência às ditaduras locais, fingindo ignorar que esses movimentos são orientados principalmente pela Fraternidade Muçulmana e estão repletos de agentes da Al-Qaeda. Resultado obtido: elevar ao poder a Fraternidade Muçulmana, trocando ditaduras pró-americanas ou neutras por ditaduras fundamentalistas islâmicas ferozmente anti-americanas. Passagem à etapa seguinte: campanhas de propaganda destinadas a intimidar os americanos para que não digam uma palavra contra o Islã.

Nesses casos e numa infinidade de outros, os críticos liberais e conservadores falam de "fracasso" das políticas adotadas, fazendo de conta que os objetivos dos revolucionários são os mesmos deles próprios e recusando-se a enxergar o cálculo subjacente planejado para fazer de cada um desses fracassos da nação ou da sociedade um sucesso espetacular do movimento revolucionário.

Se o leitor entendeu como a coisa funciona, sugiro-lhe agora um exercício: a esquerda americana, aproveitando-se do impacto da tragédia de Sandy Hook, está clamando por maior controle governamental das armas em poder dos civis. Objetivo nominal: prevenir novas matanças de inocentes. De quanto tempo você precisa para descobrir qual será o resultado efetivo?

Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia

http://www.dcomercio.com.br/index.php/opiniao/sub-menu-opiniao/102171-pensando-como-os-revolucionarios

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A folia do "idiota latino-americano" - Bruno Braga

Bruno Braga.

 


 
 


Não, estas fotos não são da folia de Carnaval no Brasil. Não são imagens do Sambódromo da Marguês de Sapucaí, nem das ruas de Salvador, na Bahia. Elas não foram exibidas com destaque na televisão, não foram impressas nos jornais de grande circulação. Mas, trata-se da maior “Marcha pela Vida” realizada nos Estados Unidos.

Milhares de pessoas se reuniram na capital Washington, no dia 25 de Janeiro. A manifestação ocorreu durante a funesta celebração do 40o aniversário da decisão da Suprema Corte americana, que por meio do processo “Roe Vs. Wade”, em 1973, permitiu o aborto no país. Protagonista da contenda judicial, Norma McCorvey – “Jane Roe” – juntou-se à luta contra o aborto depois de confessar que mentiu quando reivindicou o direito de interromper a gravidez: mentiu que havia sido estuprada para que o ativismo conseguisse, enfim, a legalização do aborto.

Agora, as fotos expostas abaixo foram exaustivamente exibidas, e são realmente do Carnaval brasileiro. Elas registram o desfile da escola de samba “Acadêmicos do Salgueiro” no sambódromo do Rio de Janeiro - 10 de Janeiro de 2013. O grupo decidiu prestar uma homenagem a Che “El Chancho PORCO” Guevara: vestiu os integrantes de sua bateria – e algumas crianças e jovens – como guerrilheiros, e colocou um tamborim com o rosto do revolucionário “pop” nas mãos da rainha da escola.







Porém, a agremiação, que se orgulha de ser a primeira escola a exaltar o negro nos desfiles de carnaval, estava glorificando um racista – além de um delinquente e assassino covarde. A “Acadêmicos do Salgueiro” – cantando o “revolucionar com os seus ideias” na Avenida - não incorporou ao seu samba enredo o pensamento “sublime” que “inspirava” o célebre revolucionário catinguento:

“Um revolucionário deve se tornar uma fria máquina de matar movida apenas pelo ódio”

“O caminho da liberdade passa pelo da bala”.

A Salgueiro poderia entusiasmar ainda mais as crianças e jovens que vestiu com o uniforme de guerrilheiro – e também o Brasil e o mundo - cantando a realização da juventude idealizada por Che: “os dias mais felizes de um jovem são aqueles em que vê suas balas acertando o inimigo”. E então todos comemorariam com seus pais ao som do batuque - não apenas a festa do carnaval, mas a “extasiante” descoberta que o próprio Che confessou a seu pai: “Papai, eu queria confessar que agora eu descobri que gosto de matar”.

A “Acadêmicos do Salgueiro” apresentou a folia do “idiota latino-americano” [1]. Que não depende, porém, dos surdos, caixas e tamborins da bateria “Furiosa”. Mesmo sem máscara e fantasia ele continua cantando o “idealismo” delinquente de Che “El Chancho PORCO” Guevara - desfilando um “antiamericanismo” febril, agora com expressão grave e em tom de seriedade. A Sapucaí é apenas um momento de apoteose deste peculiar produto “cultural”, e confuso “estado mental”.

 
Notas.
[1]. BRAGA, Bruno. “Para não ser mais um” [http://b-braga.blogspot.com.br/2012/11/para-nao-ser-mais-um.html].

Involução da fantasia no carnaval da Bahia

SEMANA DO CARNAVAL DE SALVADOR

Da Mortalha ao Abadá: a Involução da Fantasia.
 Por Pedrinho Rocha



 “Mortalha” surgiu em meio ao louco final dos anos 60. Era uma fantasia prática, barata e irreverente, contrapartida a tantos “caretas” que ainda povoavam um carnaval moldado ao estilo europeu. O careta era o pierrô mascarado; a mortalha era a liberdade descarada. Essa fantasia também tinha um capuz, mas logo o governo militar proibiu as máscaras. As mortalhas trocaram suas cruzes e cores fúnebres pelo colorido psicodélico e frases que expressavam as novas liberdades: sexo, comportamento e drogas. No carnaval era proibido proibir!

 Na metade dos anos 70 a mortalha já era vestimenta predileta dos pequenos blocos que não tinham grana para fantasias mais elaboradas. Alguns desses tornaram-se grandes e viraram ícones da folia, com suas mortalhas desejadas e disputadas que combinavam perfeitamente com o ritmo cadenciado das batucadas. Foi o caso do Jacú, Barão, Top 69… Por volta dos anos 80 surgiu também o “macacão”, fantasia simbolo de blocos como o Traz-os-Montes e Clube do Rato, mas a mais nova safra de grupos como o Camaleão, Saku-Xeio e Pinel elevaram a mortalha à condição de unanimidade para os foliões do carnaval de Salvador. Isso até início dos anos 90, quando surgiu o abadá no bloco Eva. Ano seguinte todos os blocos fizeram o mesmo.

 Ainda acho que a mortalha foi, de todas, a fantasia mais prática e livre. Podia-se tudo… Representou também um período muito importante da festa e de muitas gerações. Mas, com a introdução do trio elétrico nos blocos, por volta de 1980, o som frenético das guitarras já não combinava com aquela enorme túnica hippie e terminou por decretar, 10 anos depois, o fim da mortalha. O fim da fantasia.

 Antes de eu criar o abadá para o Eva, oferecí a idéia para meus tradicionais clientes na época, os blocos Pinel e Beijo, mas nenhum topou a brincadeira. Uns 3 anos depois de criado o abadá, propus, para o mesmo Eva, lançar a idéia de 3 abadás, um para cada dia, mas acharam a operação complicada e não quiseram. Foi a vez do Bloco Cheiro comprar a idéia e proporcionar uma das maiores mudanças de hábito no carnaval: sair um dia em cada bloco, ou melhor, sair um dia com cada banda.

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O Boff e o Bento

Depois de ler o texto a seguir, faço uns comentários sobre algumas das opiniões deste ex-franciscano (por expulsão). Então, vamos ao texto...

"As ambiguidades de Bento XVI, segundo Leonardo Boff"
 Pedro Peduzzi
 Repórter da Agência Brasil

 Apesar de serem a mesma pessoa, Joseph Ratzinger e o Papa Bento XVI eram duas personalidades diferentes. A opinião é do teólogo e professor universitário Leonardo Boff, um dos poucos brasileiros que conviveram com o líder católico que anunciou hoje (11) o fim de seu pontificado.

Ex-integrante da ordem franciscana e um dos expoentes da Teologia da Libertação no Brasil, Leonardo Boff falou à Agência Brasil sobre o papa Bento XVI "de função ambígua e polêmica" e de atitudes rígidas.

 "Uma coisa é o Ratzinger professor e acadêmico, que era extremamente gentil e inteligente, além de amigo dos estudantes. Dava metade do salário aos estudantes latinos e da África. Outra coisa é o Bento XVI, que exerce função autoritária e centralizadora, sem misericórdia com homossexuais e [adeptos da] camisinha", disse Boff.

 O teólogo define Ratzinger da fase pré-papal como um pastor e professor extremamente erudito e de fácil acesso. "Era pessoa simples que, ao se tornar cardeal, mudou de comportamento e passou a assumir posições duras. Tratava com luvas de pelica os bispos conservadores e com dureza teólogos da libertação que seguiam os pobres".

 Segundo Boff, dois aspectos caracterizaram o Ratzinger da fase posterior. "Primeiro, o confronto com a modernidade, no encontro com as culturas e com outras religiões. Tinha a compreensão de que a Igreja Católica era o único porta-voz da verdade, e a única capaz de dar rumo a toda humanidade. Por isso, teve dificuldades com muçulmanos e judeus".

 O segundo aspecto tem origem à época em que era cardeal. "Ele pedia aos bispos que impedissem que padres pedófilos fossem levados aos tribunais civis. Na medida em que a imprensa mostrou que havia não apenas padres, mas também bispos e cardeais suspeitos dessa prática, o Vaticano teve de aceitar a realidade. Ratzinger carrega essa marca de, quando cardeal, ter sido cúmplice desses crimes", declarou Boff.

 Na avaliação do ex-franciscano, outro ponto fraco da atuação de Bento XVI como maior líder da Igreja Católica foi o de levar um papado tradicional, voltado para dentro da Europa. Na opinião de Boff, o papa construiu "uma igreja baluarte: fortaleza cercada de inimigos por todos os lados", e contra os quais tinha de se defender.

 "Acho que o projeto dele era uma reforma da igreja ao estilo do passado, voltada para dentro e tendo como objetivo político a reevangelização da Europa. Nós, fora de lá, consideramos esse projeto como ineficaz e como opção pelos ricos. Projeto equivocado", argumentou. "Não é um papa que deixará marcas na história".

Voltei...

Leonardo Boff, ex-integrante da ordem franciscana e um dos expoentes da Teologia da Libertação no Brasil, foi expulso por ser um dos fundadores e promotores desta teologia que vai de encontro a toda a história de luta da igreja contra um regime que assassinou milhões de pessoas, de seus próprios compatriotas, comprove dando uma foliada no livro escrito por socialistas sob o comando do francês Stephane Courtois chamado “O livro Negro do Comunismo” e tirem suas próprias conclusões. A partir da primeira edição (1998), ainda em francês, o economista Roberto Campos fez um artigo muito interessante (http://joselamartine.blogspot.com.br/2012/05/o-livro-negro-do-comunismo-artigo.html) que até hoje, 14 anos depois, não se vê nada de destaque em algo tão importante para a historia da humanidade. Mas voltemos ao tema do texto do Boff.

É evidente que como representante da igreja, o papa, por dever de ofício, deve combater tudo aquilo que oferece risco aos valores e tradições da instituição. Não devemos esquecer que a igreja é uma instituição hierarquizada que funciona na base da ordem e da disciplina. Não existe esta coisa de a maioria vence como nos sistemas democráticos em que um bem falante manipula de tal forma a massa que se comporta bovinamente a ponto desta se achar com poderes de mudar o mundo. O pior é que a mídia, as universidades, os sistemas culturais de um modo geral são os instrumentos que mexem os fios de controle de uma sociedade que se comporta como marionetes. Logo, quem tem a força na sociedade? Quem mais sabe manipular e Leonardo Boff  é um destes instrumentos.

É obvio que neste ponto ninguém divulga que existe diferença entre homossexuais e o feroz movimento LGBT e seu combate insistente contra a igreja católica. Usam dados fraudulentos e inundam de notícias dramática o mundo da internet e das mídias de uma forma geral (http://www.cacp.org.br/assassinatos-contra-gays-dados-manipulados/).
Porque não vão combater os mulçumanos e judeus radicais? Estes sim, em muitos grupos de interpretação condenam à morte quem é homossexual. Mas onde está o movimento gaysista nesta hora? Atacando a igreja católica, uma das mais tolerantes. Logo, a afirmação do ex-franciscano por expulsão de que o papa assumiu “função autoritária e centralizadora, sem misericórdia com homossexuais” não é verdadeira e desvia a atenção para o que interessa a eles que é desgastar a imagem da igreja, como se ela fossa a grande culpada de tudo de ruim que acontece com estes grupos.

Neste outro ponto o ex-franciscano (por expulsão) usa de meias-verdades quando afirma que o papa tratava com “luvas de pelica os bispos conservadores e com dureza teólogos da libertação que seguiam os pobres”.

Da para notar que a Teologia da Libertação é um movimento político dentro da igreja que se utiliza de toda retórica cristã para criação de uma militância de esquerda entre os mais pobres. Isso é que é inteligência desta turma revolucionária, pois se utiliza de pessoas humildes e, certamente de pouca instrução, para manipular-lhes as escolhas com base em uma visão de mundo marxista, que por sinal não oferece solução para nada, apenas mostra uma forma de interpretá-lo.

Como podes ver, ao invés de Teologia da Libertação deveria se chamar Teologia da Escravidão intelectual, porque uma vez contaminados com esta forma de ver o mundo, é muito difícil fazer as pessoas saírem deste paradigma.

Sugiro a leitura do texto a seguir. É muito mais inteligente http://mises.org.br/Article.aspx?id=1487

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A esquerda ataca o elo mais fraco novamente (Almeidinha como espantalho)


por Paulo Kogos, quarta-feira, 23 de janeiro de 2013



almeidinha.jpg
Na Idade Média ocidental, era comum que jovens nobres treinassem para o combate militar. O sonho de muitos deles era se tornar um cavaleiro. Mas antes que estivessem aptos para combater outro homem, capaz de revidar, estes aspirantes treinavam contra espantalhos. Disparavam suas flechas, investiam suas lanças e brandiam suas espadas contra um homem de palha, que não se movia nem retaliava. Era uma etapa inicial do treinamento daqueles combatentes sem aptidão para um enfrentamento real. No campo do embate de ideias, onde armas e exércitos são substituídos por palavras e argumentos, os combatentes sem aptidão para um enfrentamento real também preferem atacar espantalhos a atacar oponentes reais. Mas o motivo aqui não é treinamento e sim uma desesperada tentativa de vencer através de um tipo de artifício trapaceiro, uma desonestidade intelectual. Consiste em distorcer o argumento, as ideias e até mesmo o "ethos" do oponente de forma falaciosa, construindo assim um falso alvo muito mais fácil de atacar que o alvo verdadeiro. O nome desta técnica é 'falácia do espantalho'.
Um exemplo dela é qualificar um opositor das cotas raciais nas universidades como racista, para então atacar o racismo e assim desqualificar qualquer argumento forte contra as cotas. O racismo é de fato um conceito abominável e infundado, portanto fácil de atacar. Mas existem argumentos fortíssimos contra as cotas, e estes são difíceis de rebater (mesmo porque a defesa das cotas raciais sim que é intrinsecamente racista). A falácia do espantalho pode ser encarada como uma forma covarde de debate intelectual.
Covarde também é a maneira que a esquerda escolheu de se reengajar na luta contra o capitalismo e contra a liberdade após sua ideologia ter se revelado criminosa e epicamente falha. O alvo da vez não são os ricos poderosos nem as massas empobrecidas. Não são os gigantes intelectuais do livre mercado, como Mises e Hayek, e nem os guerreiros da liberdade como Ron Paul. O alvo é o elo mais fraco: o modo de vida do cidadão comum desprovido da fortuna dos ricos e do apelo emocional dos pobres. Não me surpreende que uma ideologia que escolha um alvo de forma tão covarde também escolha um método covarde de atacá-lo, como a falácia do espantalho.
Quem leu meu primeiro artigo deve se lembrar de nosso pacato e medíocre amigo Almeidinha, o estereótipo da classe média urbana brasileira, o inofensivo homem comum cuja maior aspiração é curtir uma aposentadoria tranquila enquanto tenta assistir ao Domingão do Faustão em meio à algazarra dos netos após o almoço de família, tendo tido uma vida de trabalho honesto. Desta vez, a acusação contra Almeidinha é de homofobia. E mais uma vez escrevo uma defesa do nosso pacífico amigo, em nome de um julgamento justo, com o devido processo da lei.
Matheus Pichonelli, autor do texto "A Cruzada de Almeidinha pelo Direito Hetero", afirma:



(Almeidinha) que é machão, não pode sair às ruas com bandeiras de orgulho "hétero" nem fazer passeata em nome da sua comunidade. Pelo contrário, se fizer piada sobre gays, quem vai preso é ele. O Almeidinha pensa que privilégio tem lado, cor e orientação sexual.
Privilégio de fato tem lado, cor, orientação sexual, classe social, gênero, nacionalidade, clã, ideologia, sobrenome e até mesmo grau de conexão política. É por isso que se chama privilégio e não direito. Os direitos legítimos são universais. Todos os seres humanos o têm igualmente. Independentemente de qualquer coisa, todas as pessoas possuem direito à vida, à liberdade, à propriedade e à busca da felicidade (exceto, é claro, se violarem estes mesmos direitos de alguém). Já os privilégios são discriminatórios por definição.
Quando restritos ao âmbito privado, eles podem ser moralmente condenáveis, mas são legítimos. Vejamos alguns exemplos:
"Apenas homens fortes e ágeis possuem o privilégio de poder trabalhar na minha empresa de segurança privada como seguranças".
"Apenas moças orientais bonitas e magras possuem o privilégio de poder trabalhar como garçonete no meu sushi bar".
"Apenas pessoas que sabem jogar xadrez possuem o privilégio de poder entrar no meu círculo de amigos mais íntimos"
Estes são todos exemplos de privilégios legítimos, e em minha opinião, moralmente corretos. Não há nada de condenável neles. Agora veja os exemplos abaixo:
"Apenas brancos heterossexuais possuem o privilégio de poder entrar no meu restaurante; não gosto nem confio em gays, nem em negros, amarelos ou indígenas".
"Apenas palmeirenses tem o privilégio de poder ser meu amigo".
Estes privilégios são legítimos, embora o primeiro seja cretino e moralmente abominável e o segundo seja ridículo e bobo. Condenáveis, mas legítimos, pois estão no âmbito privado e não violam direitos naturais.
Quando um privilégio não é legítimo? Quando envolve violação dos direitos naturais previamente descritos. Quando envolve coerção. É o caso de uma agressão física contra um grupo. É também o caso de todos os privilégios concedidos a um grupo pela força das leis estatais. Todos os privilégios políticos e corporativistas se encaixam nesta categoria. O privilégio de fazer leis e inventar impostos, o privilégio de deter o monopólio dos serviços de justiça, o privilégio de receber uma concessão do estado ou ganhar uma licitação, o privilégio de receber milhões para projetar as medonhas construções de Brasília, e o privilégio de ter toda a sociedade pagando os seus estudos sob a mira de uma arma (é o caso dos alunos de escolas públicas, embora eles não tenham culpa) são todos ilegítimos.
Um dos direitos naturais envolve a liberdade de expressão. Todos nós temos o direito de proclamar nosso orgulho de alguma coisa ou de insultar alguém, embora nem sempre estas atitudes sejam moral ou cientificamente corretas. Ter orgulho de ser o melhor aluno da sua escola envolve um mérito pessoal, mas ter orgulho de ser brasileiro (ou sueco, ou dinamarquês) é algo infundado. Ambas as expressões, porém, são legítimas. Chamar um racista de "racista imundo" é legítimo e louvável. Chamar um negro de "negro imundo" (ou um branco de "branco imundo") pode até ser ridículo, mas também é legítimo, pois não envolve violação de direitos naturais. Proibir estas manifestações seria uma violação do direito à liberdade de expressão. Não existe algo como "direito de não ser ofendido".
Conceder a um determinado grupo o privilégio de não ser ofendido, impedindo assim o exercício da liberdade de expressão de outros grupos, é ilegítimo. E quanto ao direito dos gays de se manifestar pelo orgulho gay, os heterossexuais também o possuem (embora ambas as atitudes sejam risíveis, pois motivo de orgulho mesmo é driblar impostos corporativos, como fez Eric Schmidt, CEO da Google). A esquerda não sabe a diferença entre direito e privilégio.
E o problema do preconceito contra os gays? Se os gays sofrem mais preconceitos que os héteros, a maneira correta de corrigir o problema é com mais liberdade. Mais liberdade econômica garantirá o sucesso profissional dos gays de maneira meritocrática, punindo os preconceituosos com perdas contábeis (o idiota que deixasse de contratar um homem como Alan Turing, brilhante criptoanalista homossexual, para seu departamento de information security estaria perdendo receita). Mais liberdade social nos permitirá maiores possibilidades de minar a homofobia, seja xingando um homofóbico na imprensa, seja impedindo a entrada de pessoas homofóbicas em seu restaurante, tudo isso sem medo de sofrer processos judiciais.
Mas voltemos ao Almeidinha. Nosso amigo está neste momento tentando chegar a uma reunião na "firma", mas está preso no trânsito por causa de uma passeata na Avenida Paulista. Para ele, não importa se a passeata é de gays, héteros, professores ou se é pela preservação dos besouros-elefantes-de-pata-vermelha. O coitado quer apenas ir trabalhar. Almeidinha não quer e nem tem tempo de fazer passeata pelo orgulho hétero. "Passeata é coisa de vagabundo", disse ele ao colega de escritório enquanto falava ao celular no trânsito (o maior crime que ele já cometeu na vida). Almeidinha é bem igualitário nesse ponto: todas as passeatas são coisa de vagabundo, inclusive passeata de orgulho hétero.
Almeidinha também não usa twitter. O filho mais novo dele, de 16 anos, usa muito. Vive twittando no iPhone na hora do jantar. "Isso é coisa de molecada desocupada, quando eu tinha a sua idade eu já trabalhava", disse Almeidinha ao moleque sem tirar o olho da cotação das ações na Bovespa. É estranho que o idealizador do personagem "Almeidinha" o conheça tão mal. Mas acusá-lo de homofobia é demais. É a falácia do espantalho.
Sim, nosso amigo ri de piadas de gays, e ri também de piadas de papagaio, de português, de loira, de médico (as favoritas dele são as piadas de Lula, das quais eu gosto muito também). Desde quando isso é homofobia? Ou papagaiofobia, lusofobia, loirafobia, iatrofobia (fobia de médicos), lulofobia (bem, confesso que eu e o Almeidinha somos lulófobos mesmo, mas neste caso sobram motivos).
E se há algo que o Almeidinha não fez foi procurar no Google o número de pessoas assassinadas por ano no Brasil, o número de gays assassinados no Brasil e então comparar a taxa de homicídio de ambos os grupos para finalmente concluir que é mais seguro ser gay. Existem três motivos para isso.
O primeiro é que Almeidinha tem mais o que fazer, como verificar se o Hugo Chávez realmente morreu (se for o caso, ele irá mais feliz pro escritório) ou conferir o dólar paralelo. O segundo motivo é que Almeidinha estudou estatística na faculdade e ele sabe que um estudo neste sentido teria que envolver diversas variáveis, modelos e testes de hipótese — e ainda assim não seria conclusivo. O terceiro motivo é que Almeidinha não é homofóbico. Homofobia é um tipo de pensamento coletivista e nosso amigo tende a ser mais individualista. Para ele, a criminalidade em si é um problema a ser combatido, seja a vítima quem for. Crimes podem ter motivações coletivistas, mas são, em última instância, cometidos contra indivíduos.
No Brasil, crimes motivados por racismo, homofobia, xenofobia e outras aberrações coletivistas ainda são raros (talvez consigamos reverter o quadro através de ações afirmativas, como cotas, e então passaremos a ter mais crimes de ódio). Se Almeidinha ler no jornal que um casal gay foi assassinado, seu pensamento será algo mais fundamentado, como "bandido bom é bandido morto", ou "pagamos imposto e não temos segurança", ou "devia ter pena de morte no Brasil", e não algum devaneio pseudo-estatístico preconceituoso, que é muito mais típico das esquerdas.
É o que Almeidinha pensaria se seu barbeiro, seu endocrinologista, seu colega de trabalho ou seu agente de turismo (todos gays) fossem assassinados. E quando os monstruosos grupos de skinheads cometem algum destes horrendos crimes contra os gays, a culpa é dessa nova esquerda, que defende uma versão pervertida de "direitos humanos", e não do nosso bonançoso e trabalhador amigo Almeidinha.

Paulo Kogos é um anarcocapitalista anti-político. Estuda administração no Insper e escreve para o blog Livre & Liberdade.

http://mises.org.br/Article.aspx?id=1506

 

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