Porque existe um caso de amor
entre esquerdistas e terroristas?
Esquerdistas amam terroristas
islâmicos. É sentimental. É carnal. Eles se adoram. Estudantes de faculdades de
ciências humanas habitualmente usam Keffiehs em sinal de solidariedade aos
palestinos. Quando dos atentados de 11 de setembro, esquerdistas no mundo
inteiro enxergavam justiça poética na derrubada das torres americanas nas mãos
dos “povos oprimidos”. Recentemente, professores universitários de Paris
declararam ao Hisbolah que “sua luta é a nossa luta”. Engraçado observar esse
fenômeno porque, a primeira vista, não poderia haver dois grupos mais
distintos.
Esquerdistas acreditam em
direitos iguais para mulheres. Terroristas islâmicos acreditam em deixar
mulheres trancadas em casa debaixo de burcas. Esquerdistas acreditam em gays
saindo do armário e fazendo passeatas. Terroristas islâmicos acreditam em cortar
o pescoço dos gays. Esquerdistas são pró-aborto. Terroristas islâmicos são
anti-aborto. Esquerdistas tendem a seguir a tradição marxista do ateísmo.
Terroristas islâmicos são… bem… islâmicos.
No entanto, por trás dessas
diferenças cosméticas, existe uma profunda convergência em termos de visão de
mundo. Ambos são autoritários. Ambos tendem ao totalitarismo no sentido de que
pretendem controlar todos os aspectos da existência humana. São violentamente
anti-capitalistas e ambos consideram que os indivíduos só existem para servir ao
coletivo. Acima de tudo, o fator que os une é o inimigo comum. Ambos detestam a
cultura da liberdade, ambos odeiam a democracia republicana. Mais
especificamente, ambos consideram os Estados Unidos como sendo o símbolo de tudo
o que impede as idéias deles de prosperarem. E se um País como Israel, por
exemplo, é amigo dos americanos, então certamente é inimigo da
esquerda.
Sob esse prisma é possível
entender essa estranha aliança e algumas posições bizarras das esquerdas. Elas
alegadamente defendem uma bandeira humanista e progressista. No entanto, quando
se defrontam com as maiores aberrações da política externa internacional, se
calam. Onde estão as esquerdas na hora de denunciar os abusos de direitos
humanos do Irã? Cadê as passeatas de estudantes contra o genocídio de cristãos
sudaneses, mortos às centenas de milhares pelo governo islâmico? Quem protestou
quando o governo islâmico dos talibans demoliu estátuas e monumentos budistas
milenares. Procure-se a voz de protesto, mas só se escutará silêncio. Agora ai
de Israel se resolver revistar um navio a caminho do Hamas. A Europa pára. As
universidades param. Bandeiras são queimadas, palavras de ordem são gritadas. É
uma hipocrisia tão grotesca na forma como tais humanismos são praticados, esse
humanismo seletivo e unidirecional, que só nos resta indagar sobre os motivos de
tal obsessão.
Denunciar a hipocrisia não
equivale a assinar embaixo de tudo o que o governo de Israel faz. Está aqui um
autor que condena categoricamente a expansão de assentamentos judaicos nos
territórios palestinos. O governo atual de Israel, um apanhado de partidos de
direita, extrema direita e religiosos, tem feito muito menos do que o possível
pela paz, para usar um eufemismo. No entanto, quando se acompanha as críticas
feitas a Israel, é preciso separar aquelas críticas inteligentes, construtivas e
factuais da gritaria automática que a turba da esquerda faz.
Ironicamente, as esquerdas que
atualmente bajulam o terrorismo seriam esmagadas completamente numa eventual
vitória da barbárie sobre a civilização. Não existe espaço para a “revolução
socialista” na agenda fundamentalista. Adeptos de uma visão estrita e combativa
do Islã, tais grupos levam ao pé da letra os conceitos de guerra santa do
Alcorão. Segundo tais grupos, o mundo está numa eterna divisão entre o
Dar-al-Islam (casa do Islã, ou seja, territórios governados pelo Alcorão) e o
Dar-al-Harb (casa da guerra, ou seja, o resto do Mundo). É dever de todo bom
jihadista empreender a guerra santa para que todo o Dar-al-Harb seja convertido
para o verdadeiro caminho.
Marcadores: Alexandre (nani) Ostrowiecki, Antissemitismo, Hamas, Holocausto Comunista, Terrorismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário