quarta-feira, 17 de junho de 2009

Burocracia nas organizações e o Psicólogo

Um pouco de história...

O termo burocracia já era carregado de forte conotação negativa no século XVIII, quando usado por uma monarquia absoluta. Max Weber concebeu a Teoria da Burocracia como algo que tornasse a organização eficiente e eficaz, garantindo com ela a rapidez, racionalidade, homogeneidade de interpretação das normas; a redução dos atritos, das discriminações e subjetividades internas, assim como a padronização da liderança.

Funciona?...
O Modelo Burocrático foi um marco para as organizações e proporcionou um direcionamento para as mesmas, apesar das suas limitações e conseqüentes disfunções (internalização das regras, excesso de formalismo e papelório, exibição de poderes de autoridade e dificuldade no atendimento a clientes), não se pode desprezar sua importância.

Mas, mesmo assim, a burocracia ainda é visualizada como um símbolo de ineficiência, pelas pessoas que compõem uma organização e que desconhecem a sua teoria.

O que está mudando?...
Então, o que se percebe é que a burocracia está levando as organizações pós-modernas às chamadas "desburocratizações", ou seja, uma maior consciência de todo o processo administrativo.

A multiplicidade de procedimentos, flexibilidade estrutural, variação em produtos e serviços, etc., antes considerados inimigos da eficiência, passam a ser a chave do sucesso.

O papel do ser humano...
Para isso, as organizações precisam aproveitar mais do potencial de seus recursos criativos, uma vez que eles não vêem recebendo a atenção devida na grande maioria dos casos.

O novo sistema, algumas vezes, é considerado liberal, podendo trazer dignidade e autonomia para quem trabalha (ou usufrui dos produtos e serviços), eliminando a teia de normas controladoras e confusas que envolvem a maioria das pessoas em sua vida funcional.

Portanto, acredito que tudo isso não é apenas teoria; é realidade. A organização pós-moderna se caracteriza pela responsabilidade, pela autonomia, pelo risco e pela incerteza.

Se essas mudanças são boas ou ruins, só o tempo dirá. Neste processo, o papel do Psicólogo organizacional é fundamental para ajudar nas transformações necessárias, em que os maiores bens são frutos da inovação e esta é feita por pessoas criativas e autônomas.

Só para lembrar, a "Fábula dos Porcos Assados" retrata, de forma criativa, esta questão.

José Lamartine Neto

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