Dr. Lyle Rossiter, Jr., um psiquiatra forense, explica a loucura do liberalismo (1*) no seu novo livro The liberal mind: the psychological causes of political madness. Você pode ler um trecho logo abaixo, e mais em seu site libertymind.com.
(1*): O termo liberalismo, dentro da estrutura político-cultural americana, significa esquerdista.
Como todos os outros seres humanos, o liberal moderno revela seu verdadeiro caráter, incluindo sua loucura, naquilo que ele valoriza e desvaloriza, no que ele articula com paixão. De especial interesse, entretanto, são os vários valores que a mente liberal moderna despreza por completo: sua agenda não aponta o indivíduo como a derradeira unidade econômica, social e política; não idealiza a liberdade individual e a estrutura legal e ordem essenciais para mantê-la; não defende os direitos básicos da propriedade e do contrato; não aspira a ideias de autêntica autonomia e reciprocidade; não prega uma ética de auto-confiança e auto-determinação; não louva a coragem, indulgência ou paciência; não celebra as éticas do consenso ou as bençãos da cooperação voluntária. Não advoga pela retitude moral ou compreende o papel crítico da moralidade nas relações humanas. A agenda liberal não enxerga a origem da competência, aprecia sua importância ou analiza as condições de desenvolvimento e as instituições sociais que promovem sua realização. A agenda liberal não entende ou reconhece a auto-determinação ou impõe-lhe limites estreitos através da coerção estatal. Não celebra o genuíno altruísmo ou a caridade pessoal. Não aprende as lições da história que os males do coletivismo têm a ensinar.
Aquilo que apaixona a mente liberal é um mundo cheio de pena, aflição, necessidades, desditas, pobreza, dúvida, desconfiança, raiva, exploração, discriminação, vitimização, alienação e injustiça. Aqueles que ocupam este mundo são operários, minorias, adolescentes, mulheres e os desempregados. Eles são pobres, fracos, doentes, injustiçados, enganados, oprimidos, marginalizados, explorados e vitimizados. Eles não têm qualquer responsabilidade por seus problemas. Nenhuma de suas agonias é atribuível a faltas ou falhas suas mesmas: não é atribuída a más escolhas, maus hábitos, julgamento errôneo, "wishful thinking", falta de ambição, indulgência derrotista, doenças mentais ou defeitos de caráter. Nenhuma condição das vítimas é causada por falha em planejar o futuro ou aprender com a experiência. Ao revés, a raiz da causas de todos estas desgraças recai em condições sociais censuráveis: pobreza, doença, guerra, ignorância, desemprego, preconceito racial, discriminação étnica e de gênero, tecnologia moderna, capitalismo, globalização e imperialismo. Na mente liberal radical, esse sofrimento é inflingido ao inocente por vários predadores e perseguidores: o grande negócio, as grandes corporações, capitalistas selvagens, imperialistas americanos, os opressores, os ricos, a riqueza, os poderosos e os egoístas.
A cura liberal para esta miséria sem fim é um governo bastante autoritário que regula e administra a sociedade como se um berço fosse por meio de uma pesada agenda de redistribuição. É um governo a todo o lado fazendo tudo para todos. O mote liberal é "Um governo em que confiamos". Para livrar as pessoas de suas vidas atribuladas, a agenda recomenda a negação de responsabilidade pessoal, encoraja a auto-compaixão e a pena pelo outro, fomenta dependência do governo, promove a liberação sexual, racionaliza a violência, desculpa as obrigações financeiras, justifica o roubo, ignora a rudeza, prescreve a censura e acusação, desabona o casamento e a família, legaliza todo tipo de aborto, desafia as tradições sociais e religiosas, declara a desigualdade como sendo injusta, e rebela-se ante os deveres de cidadania. Através de múltiplos direitos a bens, serviços e status social não batalhados, o político liberal promete assegurar a todos bem-estar material, prover a todos cuidado médico, protejer a auto-estima de todos, corrigir a desvantagem social e política de todos, educar todo cidadão e eliminar todas as distinções de classe. Com os intelectuais liberais compartilhando a glória, o político liberal é o herói nesse melodrama. Ele ganha crédito por prover seus eleitores com qualquer coisa que queiram ou precisem mesmo que não tenham produzido por esforço próprio quaisquer desses bens, serviços ou status que lhe são transferidos mas, ao contrário, tenham tirado de outros por meio da força.
Já deve parecer até o presente momento que essas políticas sociais e paixões que as motivam contradizem tudo que é racional nas relações humanas, e que são portanto irracionais elas mesmas. Mas as concepções errôneas em que se baseiam essas paixões não podem ser vistas como mero escorregão cognitivo. O nível de irracionalidade do liberalismo moderno ultrapassa sobre maneira qualquer mau entendimento que possa ser atribuído a reunião de fatos mal feita ou ao erro lógico. De fato, segundo uma análise rigorosa, as distorções da habilidade normal da razão no liberalismo só podem ser entendidas como produto de psicopatologia. Tão extravagantes são os parâmetros de pensamento, emoção, comportamento e relacionamento característicos da mente liberal que seus protestos inflexíveis e demandas tornam-se compreensíveis apenas como desordens da psique. A mente liberal moderna, suas percepões distorcidas e sua agenda destrutiva são o produto de personalidades perturbadas.(2)
Como no caso de qualquer distúrbio de personalidade, defeitos deste tipo representam sérias deficiências no processo de crescimento. A natureza dessas deficiências é detalhada abaixo. Entre suas conseqüencias estão os esforços incisivos para deturpar a compreensão da natureza humana e negar certos requisitos indispensáveis das relações humanas. Em seus esforços para construir uma grande utopia coletivista em ordem a viver aquilo que Jacques Barzun chamou de "a vida incondicionada em que todo mundo estaria a salvo e tranqüilo através de um milhão de maneiras" o liberal radical procura atualizar no mundo real uma ficção idealizada que mitigará todas as dificuldades e curará todas as mágoas. ( Barzun 2000 ). Ele representa esta ficção, em essência uma peça de moralismo marxista, em vários teatros da ação humana, sobretudo nos mundos econômico, social e político. Mas a peça repetidamente malogra. Durante o século XX, as tentativas liberais radicais de criar um bravo mundo novo socialista falharam invariavelmente. No começo do século XXI suas tentativas continuam a resultar em economias estagnadas, declínio moral e destúrbio social agora espalhados pela Europa. Um crescente sistema de bem-estar social falido está colocando os Eua na trilha do mesmo destino se o liberalismo não for curado. Posto que os princípios da agenda liberal violam as regras da liberdade ordenada, seus esforços determinados a realizar fantasias visionárias acabarão inevitavelmente por se frustrar. Ainda assim, apesar de todas as evidências em contrário, a mente liberal moderna crê que sua agenda é uma ciência social saúdável. É, na verdade, péssima ficção científica. Ele persiste nesta agenda apesar de sua loucura.
Lyle H. Rossiter, Jr., MD é o autor de The liberal mind: the psychological causes of political madness. Ele recebeu sua educação de médico e psiquiatra na Universidade de Chicago e serviu por dois anos como psiquiatra no Exército americano. Presentemente, atua como profissional liberal na área de Chicago.
- *Nota do tradutor: o termo liberalismo, dentro da estrutura político-cultural americana, significa esquerdista. Não é possível entender o texto sem ter isso em conta. No Brasil, o termo liberal se aplica a indivíduos com visões muito díspares, abarcando tanto defensores do casamento gay e do aborto quanto defensores da moral judaico-cristã, unindo-os apenas a defesa da liberdade de mercado. Os segundos são essencialmente conservadores, no sentido americano do termo.
- grifos do tradutor.
Texto original disponível no link
http://www.townhall.com/columnists/LyleHRossiterJrMD/2006/12/04/the_liberal_mind_the_psychological_causes_of_political_madness
tradução Daniel Henriques Lourenço
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