domingo, 31 de maio de 2009

A direita fala

Assunto: [intracefet] A direita fala!

Data: Dom, Maio 31, 2009 6:55 pm

Para: intracefet@ifba.edu.br

Deu na tribuna da Bahia

Frustração

Foi apresentado na Câmara de Salvador projeto do vereador Joceval Rodrigues que declara de utilidade pública a área do antigo Colégio Marista. O projeto foi redigido após a provocação antigo Cefet, que demonstrou o interesse na desapropriação do prédio, que atualmente se encontra fechado para transferir a Reitoria do IFBa para o local e ampliar em mais de três mil e quinhentas vagas para os cursos profissionalizantes do Instituto. Infelizmente o vereador Alfredo Mangueira, que foi o relator do PL na CCJ, deu seu voto contrário.

R.N.

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Boa tarde.

Qual o interesse oculto em impedir que uma instituição de ensino funcione onde funcionava outra?

MISTÉRIOS!!!

É por isso que o Brasil é o Brasil. Interesses menores sempre sobrepujam os mais importantes.

Se estiver errado aceito respostas.

Tudo de bom,

R.P.

Aláfia.

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Olá amigos,


Este questionamento de direita e esquerda é bastante interessante. Longe de achar que a postura do vereador é adequada, na verdade seria até reprovável, procuro visualizar as razões que levam as pessoas a tomarem suas decisões, como a desse político.


Quando vi o questionamento a respeito das razões ocultas que estão escondidas na decisão do "nobre" vereador, aliado ao título da mensagem "a direita fala", acabou me encaminhando para um exercício bastante livre de imaginação.


Em um texto na internet do doutor em ciências sociais, diplomata, autor de vários trabalhos sobre relações internacionais e política externa, Paulo Roberto de Almeida, diz que

"O primeiro elemento a ser aqui notado, na caracterização das diferenças entre esquerda e direita, seria que a primeira é “instintivamente” anti-capitalista, ainda que pouca gente na esquerda, atualmente, acredite, que se vá conseguir “liquidar”, de fato, com o chamado “modo de produção capitalista”. A esquerda continua a xingar o capitalismo e a acusá-lo das piores perversões sociais, mas uma vez no poder se contenta apenas em administrar o capitalismo realmente existente. Ou seja, a esquerda só é socialista da boca para fora, como rótulo cômodo..." (Almeida, 2006)


O filósofo esloveno ZIZEK (2003), bastante acostumado a este tema, pergunta e ao mesmo tempo constata:

"Como será a multiplicidade de poder? Houve a mesma constatação nos últimos anos de decadência do socialismo realmente existente: a coexistência não-antagonística, no campo da oposição, de uma multiplicidade de tendências político-ideológicas, desde os grupos liberais de direitos humanos, passando por grupos empresariais 'liberais', até grupos conservadores e de operários esquerdistas. Esta multiplicidade funcionou bem enquanto esteve unida na oposição a "eles", a hegemonia do Partido; uma vez eles próprios no poder, o jogo terminou..." (Zizek, 2003, p. 171)


De que forma isso tem a ver com a postura do vereador? Será que isso é só imaginação?

A economia de mercado, nesta forma avassaladora que vivenciamos dá conta de solucionar os problemas? Acredito que não.

E nossa forma de fazer política, com suas relações de amizade, subserviência, compadres, comadres, afilhados, padrinhos está ou não a serviço do capital?


Que papel o dinheiro (capital) ou o poder assume? Segundo o “velho” Freud (1977), já que está fazendo 70 anos de falecido, o "dinheiro envolve poderosos fatores sexuais" que como elemento mediatizador da realização de desejos, daquilo que satisfaz (também o poder?), promove a aquisição de insígnias fálicas como equivalentes simbólicos (QUINET, 2007, p.84).


Numa sociedade que não tem no dinheiro esta mediação tão exagerada, se desenvolve outros mecanismos para a satisfação dos desejos, talvez com a existência de cargos públicos, estrutura de decisão, conhecimento, técnica, burocracia, etc.

Será que podemos dizer que os ideais de esquerda foram suficientes neste ponto para satisfazer seus membros, os históricos lutadores vermelhos?

O que eles acham dos cargos (eletivos ou não), patrimônios, influência e etc, etc. quem possuem? Além da responsabilidade que o poder e o dinheiro trazem, não tem também a satisfação?

Quem não quer evitar a dor e conseguir prazer. A moral e a ética é outro papo...


O conferencista, psicólogo e consultor de empresas Waldez Ludwig em entrevista no Jô Soares, afirmou que esta temática que envolve instituições, dinheiro, poder, etc., permeia a história da humanidade. Porem o consumo realizado pelas pessoas hoje, existe para atender muito mais que as necessidades de sobrevivência. Nossa mídia que o diga... A riqueza exagerada e a opulência representam desejos ilimitados, sem barreiras, líquido? E o poder sobre a vida e morte de alguém, sobre a guerra, o controle da opinião pública, a violência e a falta de segurança...?


Por fim acredito que os rótulos que usamos hoje em dia, como sempre foram, são formas classificatórias de estigmatizar ou discriminar alguém ou algo pela cor, gênero, classe social, posições políticas ou econômicas, país de origem, língua, ideais, idéias, etc., etc.

O que seria deste país se não pensássemos de forma diferente uns dos outros? Não sei.

O que coloco como regra pessoal é que não posso é tomar o meu pensar e a minha medida como referencia para os demais.


Quanto ao título "a direita fala", do jeito que as coisas estão, é bom ficarmos atentos ao "Falo à esquerda".


Usei estas referencias:

ALMEIDA, Paulo Roberto de. Esquerda versus direita: de volta a um velho debate... 2006. Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/059/59almeida.htm


QUINET, Antonio. As 4+1 Condições da Análise. 11a. edição. Rio de Janeiro, Editora Jorge Zahar, 2007.


FREUD, Sigmund. Sobre o início do tratamento: novas considerações sobre a técnica da psicanálise (1913). In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (v. XII), Rio de Janeiro, Imago. 1977


ZIZEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do real. Cinco ensaios sobre o 11 de setembro e datas relacionadas (Estado de Sítio). São Paulo. Boitempo editorial, 2003


Um abraço a todos

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José Lamartine Neto

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sábado, 23 de maio de 2009

Problemas de discriminação

Oi Nathi,

Esta mensagem é bem legal sobre combate ao racismo e a discriminação. Sai da teoria e vai para ação.

Quando comentei na aula de Marilda, apos o filme "Olhos Azuis", que isso é bom na teoria mas na prática não funciona, ela me olhou danada da vida. Acredito que o momento não era de dispersão dos colegas, e sim de aproveitar e comentar o filme.

Fui irônico, é verdade, pelos discursos que vejo de brancos e negros, de homens e mulheres, de novos e velhos, de empregados e desempregados, quem tem carro e quem vai de buzú, etc. Apesar da lei proibir a prática, o problema continua a existir. Não é só a lei que resolve e sim a cultura, só que isso leva tempo, muito tempo, principalmente se não se valoriza a educação.

Este preconceito, ou estigma, ou seja lá o que for, existe dentro de nossa própria sala de aula, entre nossos colegas e professores, cotistas ou não cotistas, etc.

Então, se não estamos conseguindo resolver nossos próprios problemas de discriminação, como vamos resolver lá fora???? Será que conseguiremos arrumar primeiro a nossa casa pra depois arrumar a dos outros???

Beijo

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José Lamartine Neto

terça-feira, 19 de maio de 2009

As escolhas de "Alice".

Um amigo me escreveu ontem...


Lama,

Quanto a sua mensagem sobre a proposta de pauta da reunião de manhã que provoquei, é porque não consigo calar, quando noto a
lgumas coisas. Se for para apenas levantar pontos negativos, para que vamos nos reunir? Precisamos encontrar uma saída. Lembrei-me de Cadidé na quinta-feira, na cantina, quando disse que nunca viu tanta reclamação. Meu medo é que a reunião torne-se um muro das lamentações e que as lágrimas nos impeçam de ver soluções ou pelo menos caminhos possíveis de serem trilhados. Quando propus uma divisão do problema, é para colegiadamente chegarmos a resultados positivos e não ficarmos rodando, rodando sem um resultado objetivo e principalmente exequível.

Como tudo são apenas palavras, pois tudo é teoria, nada disse existe na prática - como você disse na 5ª feira, apenas para provocar. Mas nunca é demais lembrar Alice no País das Maravilhas: (não sei o texto original, mas a idéia é basicamente a seguinte) - qual é o caminho que devo seguir? Pergunta Alice. O coelho responde: Para onde você quer ir? Não sei. Ela responde. Estão qualquer caminho lhe serve.

Se não soubermos o que queremos, poderemos tomar caminhos, minimamente incorretos ou tortuosos.

Abraços nesta tarde chuvosa.
Claudio R.



É isso mesmo.
Tenho falado muito com meus alunos sobre isso: fazer escolhas, decidir, escolher. Nem sempre temos as respostas e, se não saímos do lugar é porque talvez continuemos com o mesmo padrão de pensamentos, como se fossem automáticos.
Pra quem não sabe onde vai, qualquer lugar serve. É uma triste verdade. Mas o que é verdade também é que se paga um preço. Por tudo se paga um preço.
Apesar de se desejar ter tudo, ao fazer uma escolha, escolhemos também não ficar com algo, abrir mão. Escolhemos algo par ter, ao mesmo tempo em que escolhemos outro algo para não ter. É muito louco isso porque não dá pra ficar com tudo.
Maturidade. Nem sempre se cresce em tudo, custa caro e na maior parte das vezes dói pra conseguir.
Remexer nos cantos empoeirados onde juntamos coisas pode até refletir, por analogia, nossos próprios esconderijos emocionais secretos e intocáveis.

Em momentos de crise reconhecemos mais fácil nossas dificuldades, mas, reconhecer os próprios talentos faz muita diferença.

Abraço
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José Lamartine Neto


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Transito sob o viaduto do Aquidabã, ufa...

O Aquidabã é uma passagem do transito de Salvador que está se tornando enlouquecedor para motoristas, taxistas, passageiros e usuários de transporte urbano em geral.



Exibir mapa ampliado


O horário das 17h30 até as 19h30 é algo assombroso. Passei por esse sufoco de andar 6 metros

em uma hora. É isso mesmo, seis metros.

Nossa Engenharia de Transito é uma coisa do outro mundo. Fizeram um desvio para os ônibus urbanos entrarem na parte coberta do Aquidabã para logo em seguida, 95% destes mesmos ônibus terem que pegar a via contrária, bloqueando quem deseja ir para Nazaré, Dique ou Bonocô.

A estratégia destes motoristas é ficar “colado” um atrás do outro como comboio neste cruzamento, não permitindo que os automóveis sigam seu destino.

Na verdade o motorista de carro tem que ficar esperto para pegar o motorista do ônibus no vacilo e encaixar o seu, se não, não vai.

Da pena de ver o trabalhador cansado dentro dos ônibus parados, em pé, cochilando de cansaço, com vidros fechados, não por causa do ar-condicionado, mas por causa da chuva. Parecem gado dentro de caminhão boiadeiro, conformados com seu destino.

Dentro do taxi, num calor medonho, sem ar-condicionado, uma TV preto-e-branco mostrava o apresentador Datena falando as mazelas, os crimes horripilantes...

Que fim de dia...


A seguir apresento um artigo sobre Educação vs. Trânsito que escrevi na Faculdade.


José Lamartine Neto

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Quanto vale ou é por quilo?

Comentários do filme, por - José Lamartine Neto (2009)

Filme: Quanto vale ou é por quilo?
Direção: Sérgio Bianchi (2005)
Gênero: drama


O filme faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, com uma fachada de solidariedade.
A trama que ocorre nos nossos dias, envolve uma ONG que implanta um projeto Informática na periferia em uma comunidade carente. Dentre os vários profissionais que trabalham nesta Organização, existe uma que descobre irregularidades, que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, um dos gestores decide que ela precisa ser eliminada.
O filme retrata cenas do século XVII, registrado em documentos oficias, da relação entre senhores e escravos. Em uma delas, um capitão-do-mato sustenta a família pela captura de escravos fugitivos, recebendo o pagamento após entregá-los ao seu dono. Nos dias atuais, o personagem Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver, uma clara analogia, numa sofisticação dos métodos, adaptando-os aos instrumentos atuais.
O filme trata também da denuncia como negócio e, tematizando o uso econômico da miséria, faz da denúncia seu próprio negócio.
Com a participação da sociedade civil, neste atual jogo democrático, em prol de demandas não atendidas pelo Estado, as ONG’s, ou o terceiro setor, aparecem no filme funcionando como empresa, objetivando o lucro tendo incorporando seu discurso típico da responsabilidade social, solidariedade e sucesso.
Fazendo um paralelo com “A Violência urbana e a exclusão de jovens” de MELLO (2008) o filme mostra, de uma forma diferente a mesma violência e exclusão perversa, usando o discurso de exaltação do social ou solidariedade, usando o marketing na mídia para promover essa nova indústria, que gerencia a miséria e os miseráveis.
O uso da mídia/marketing como elemento de manipulação de uma verdade conveniente, como na seleção dos atores mirins para o comercial, aprofunda os elementos de formação de preconceitos e estereótipos, cujo objetivo é associar uma imagem de sucesso que deve ser investida.
O maior benefício que os recursos captados geram, segundo o filme, é para sustentação da “máquina”. Os jovens, beneficiários, são detalhe menor.
A participação fraudulenta nas licitações, o baixo rendimento dos recursos pelo bem que podem gerar é a denúncia do filme. Onde o Estado falta ou é ineficiente, permite o surgimento da corrupção e dos desvios com conseqüente aumento da distancia entre ricos e pobres, ampliando a exclusão social.

REFERENCIA:
MELLO, S.L. A Violência urbana e a exclusão de jovens. In SAWAIA, B. As artimanhas da exclusão – Análise psicossocial e ética da desigualdade social. 8ª. Edição. Petrópolis, RJ. Ed.Vozes, 2008


domingo, 10 de maio de 2009

A neurose está morrendo para nascer a perversidade

Quando o Estado se exime de sua responsabilidade, minimizando-se como reflexo da política neoliberal, alguem (ou algo) vai assumir este espaço.
A violência é só um reflexo de uma sociedade que se transforma, desligando-se de suas referências históricas, sendo guiado por novas forças que pregam o prazer a qualquer custo sem se preocupar com as consequencias, ou seja, as lições do passado e as consequencias no futuro, ficam em segundo plano pelo imediatismo do presente.


Os sentimentos de culpa ou remorso estão acabando face ao prazer e gozo que se obtém pela saciedade dos desejos, ao consumir. Não que o presente não seja importante, é obvio que sim. O problema é a desvinculação progressiva que ocorre entre o passado e o futuro, ou seja, a culpa e o medo. É a ditadura da liberdade e o direito ao extremo. A neurose está morrendo para nascer a perversidade?

Um abraço

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José Lamartine Neto

segunda-feira, 4 de maio de 2009

IFBAHIA piora no ENEN 2009

IFBAHIA, ex-famoso CEFET, ex-famosa ESCOLA TÉCNICA...hoje em SEXTO lugar???!!! E nós ainda temos que comemorar por não ter sido décimo, vigésimo ou lanterna? Ora, me faça uma garapa... (R.C.)


Acho difícil comemorar quando se regride em direção a uma “segunda divisão”.


Quando se fala em inserção no mercado de trabalho, dentro de uma ótica capitalista, competitiva, fica parecendo, para alguns colegas, que se é contrário ao social. Não é nada disso. Basta ver o sucesso das olimpíadas de Matemática e de Física. Só recebe prêmio quem é bom. É mérito, competência.


Quando perdemos posições no ranking das escolas, uma parte de nossa credibilidade vai junto para o buraco. Nossa imagem enquanto instituição formadora de cidadãos habilidosos e competentes fica arranhada. Nossos alunos perdem espaço competitivo já que outras instituições formadoras estão atuando.


Estamos fazendo alguma revolução educacional? Pelos resultados acredito que seja difícil. Penso que formá-los criticamente é um dever. Mas formá-los competentes é uma obrigação.


Temos colegas muito bons não só academicamente como em política, no discurso em defesa de classes ou de “minorias”, hoje resguardadas por lei e por cotas.Pois bem, o que motiva um profissional a ser bom? Dizem por aí que se é ruim porque se ganha pouco ou porque as condições de trabalho são precárias. Tudo bem, concordo. Agora, faço uma pergunta: um jogador de um time de futebol de periferia faz gol contra com a desculpa de que ganha salário mínimo? Não faz, sabe por quê? Porque ele joga o melhor que pode, na esperança de que isso possa mudar a sua vida. O que tem de diferente entre eles e nós? Que elementos existem em um e falta no outro?


Será que é a motivação, expectativa positiva, companheirismo, objetivos comuns, foco, paixão, “vestir a camisa”, envolvimento, satisfação, comprometimento, liderança, empatia, competição, cooperação, inclusão, competência, alegria, carinho, harmonia, autoridade, etc.?


E que tal a exclusão, ciúme, inveja, fofoca, conluio, compadrio, incompetência, falsidade, maldade, disputa, rejeição, hostilidade, agressividade, insatisfação, tristeza, autoritarismo, etc.?


Tenho cá minhas opiniões. Só sei que uma ex-aluna postou um comentário no meu site de relacionamento no dia 01 de maio quando viu uma fotografia de alguns professores que teve, dizendo:


“Alguns responsáveis pela minha formação... e hj ganho meu bom din-din... rsssss”.


Ela foi incluída, além da família, e provavelmente amigos, etc. Infelizmente é uma ex-aluna antiga.

Não dá pra se falar de inclusão e não propiciar condições para nosso aluno não ganhar dinheiro. Basta ver o exemplo dos nossos velhos esquerdistas como estão bem de vida.


José Lamartine Neto

Notícia boa pra cachorro.

A respeito da notícia "Obama dá o cachorrinho a sua filha, como tinha prometido na epoca de sua campanha" divulgado pela mídia televisiva em abril de 2009, só posso dizer o seguinte...

É uma notícia boa pra "cachorro" e essa "coisa" em que se tornou nossa televisão? O que não for vendável não aparece e isso se reflete em todas a áreas. No artístico-cultural tem umas novelas que nem como comédias funcionam, se tratarmos da música, o que se salva? Além disso tem o BBB, as noticias sensacionalistas que prendem os telespectadores por semanas como uma novela da vida real e, o mais interessante, sem precisar de atores, roteiristas, autor, etc. Apenas uma postura ideológica para marketeira para em um produto atraente sem necessariamente ser bonito.


Por falar em ideológico, os sentimentos que motivam as pessoas à reivindicação são a raiva e a injustiça. É bom notar que por aqui tudo acaba em festa, em pizza em marmelada e ninguém faz muita coisa. Quando é que algo diferente vai acontecer se os sentimentos reinantes são desta eterna alegria que nos condenam com tanta festa e tanta comemoração? Já viu alguem querer defender seus direitos com os dentes arreganhados, sorrindo? Não? Nem nunca verá.

José Lamartine Neto

O anúncio de Olavo Bilac

O anúncio de Olavo Bilac Autoria desconhecida Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade rural, um ...