Um amigo me escreveu ontem...
Lama,
Quanto a sua mensagem sobre a proposta de pauta da reunião de manhã que provoquei, é porque não consigo calar, quando noto algumas coisas. Se for para apenas levantar pontos negativos, para que vamos nos reunir? Precisamos encontrar uma saída. Lembrei-me de Cadidé na quinta-feira, na cantina, quando disse que nunca viu tanta reclamação. Meu medo é que a reunião torne-se um muro das lamentações e que as lágrimas nos impeçam de ver soluções ou pelo menos caminhos possíveis de serem trilhados. Quando propus uma divisão do problema, é para colegiadamente chegarmos a resultados positivos e não ficarmos rodando, rodando sem um resultado objetivo e principalmente exequível.
Como tudo são apenas palavras, pois tudo é teoria, nada disse existe na prática - como você disse na 5ª feira, apenas para provocar. Mas nunca é demais lembrar Alice no País das Maravilhas: (não sei o texto original, mas a idéia é basicamente a seguinte) - qual é o caminho que devo seguir? Pergunta Alice. O coelho responde: Para onde você quer ir? Não sei. Ela responde. Estão qualquer caminho lhe serve.
Se não soubermos o que queremos, poderemos tomar caminhos, minimamente incorretos ou tortuosos.
Abraços nesta tarde chuvosa.
Claudio R.
É isso mesmo.
Tenho falado muito com meus alunos sobre isso: fazer escolhas, decidir, escolher. Nem sempre temos as respostas e, se não saímos do lugar é porque talvez continuemos com o mesmo padrão de pensamentos, como se fossem automáticos.
Pra quem não sabe onde vai, qualquer lugar serve. É uma triste verdade. Mas o que é verdade também é que se paga um preço. Por tudo se paga um preço.
Apesar de se desejar ter tudo, ao fazer uma escolha, escolhemos também não ficar com algo, abrir mão. Escolhemos algo par ter, ao mesmo tempo em que escolhemos outro algo para não ter. É muito louco isso porque não dá pra ficar com tudo.
Maturidade. Nem sempre se cresce em tudo, custa caro e na maior parte das vezes dói pra conseguir.
Remexer nos cantos empoeirados onde juntamos coisas pode até refletir, por analogia, nossos próprios esconderijos emocionais secretos e intocáveis.
Em momentos de crise reconhecemos mais fácil nossas dificuldades, mas, reconhecer os próprios talentos faz muita diferença.
Abraço
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José Lamartine Neto
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